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19/09/2023 às 19h44min - Atualizada em 19/09/2023 às 19h44min

Maioria da população é contra aborto e descriminalização de drogas (até mesmo os eleitores de Lula)

Além de se posicionarem contra a prática do aborto e a descriminalização de drogas, os petistas mostraram-se favoráveis à redução da maioridade penal. Os simpatizantes de Lula também acreditam que o Coronavírus foi criado pelo regime comunista chinês

Assessoria de imprensa
Foto: Divulgação
A pesquisa intitulada “A Cara da Democracia”, realizada entre 22 e 29 de agosto, demonstrou que a maioria dos brasileiros, inclusive os eleitores de Lula, são contra o aborto e a descriminalização de drogas no país. O estudo elaborado pelo Instituto de Democracia (IDDC-INCT) realizou 2.558 entrevistas presenciais em 167 municípios do Brasil. Com margem de erro estimada em dois pontos percentuais, o índice de confiança da pesquisa é de 95%.

O estudo foi divulgado teve acesso às informações. O balanço realizado pelo instituto demonstrou que 65% da população brasileira é a favor da redução da maioridade penal; 79% é contra o assassinato intrauterino de bebês e 70%  apresenta oposição à descriminalização das drogas.

Um número considerável de eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive, demonstraram aversão às pautas ideológicas comumente propagadas pela extrema-esquerda. Na temática do aborto, 77% dos petistas se opuseram à prática. Entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, o percentual sobe para 90%. Sobre a descriminalização das drogas, 71% dos eleitores de Lula são contra; 83% dos bolsonaristas também se opõem ao projeto.

Em relação à redução da maioridade penal, ouve uma queda dos apoiadores da proposta. Entretanto, a maioria dos brasileiros ainda validam o programa.

Veja um balanço levantado entre 2018 e 2023 dos indivíduos que votaram contra ou a favor – desconsiderando os que não quiseram responder a pesquisa e os que não possuem opinião formada sobre as temáticas – da legalização do aborto e a redução da maioridade penal. O estudo não levanta dados de 2020.

Legalização do aborto
2018 — 73% (contra) e 13% (a favor);
2019 — 75% (contra) e 15% (a favor);
2021 — 73% (contra) e 18% (a favor);
2022 — 76% (contra) e 25% (a favor) em agosto;
2022 — 73% (contra) e 25% (a favor) em setembro;
2023 — 79% (contra) e 27% (a favor).

Redução da maioridade penal
2018 — 81% (a favor) e 15% (contra);
2019 — 77% (a favor) e 19% (contra);
2021 — 71% (a favor) e 25% (contra);
2022 — 70% (a favor) e 20% (contra) em agosto;
2022 — 69% (a favor) e 25% (contra) em setembro;
2023 — 65% (a favor) e 27% (contra).
Apesar de 53% dos votantes serem favoráveis à adoção de crianças por parceiros gays, existe uma maior equidade opinativa em relação ao “casamento” civil de homossexuais: atualmente 46% são convenientes e 44% são contra.

Ao contrário das temáticas do aborto e descriminalização de drogas, os petistas demonstraram forte apoio às questões que integram a agenda LGBT. 60% dos simpatizantes do atual governo são favoráveis ao “casamento” civil entre homossexuais; 38% dos esquerdistas são contra. Sobre adoção de crianças por “casais” gays, 63% dos petistas concordam e 35% discordam.

“Casamento” civil de pessoas do mesmo sexo
2018 — 51% (contra) e 38% (a favor);
2019 — 46% (contra) e 46% (a favor);
2021 — 45% (contra) e 48% (a favor);
2022 — 44% (contra) e 49% (a favor) em agosto;
2022 — 43% (contra) e 48% (a favor) em setembro;
2023 — 44% (contra) e 46% (a favor).

Adoção de crianças por um “casal” gay
2018 — 52% (contra) e 37% (a favor);
2019 — 44% (contra) e 46% (a favor);
2021 — 40% (contra) e 53% (a favor);
2022 — 39% (contra) e 56% (a favor) em agosto;
2022 — 37% (contra) e 56% (a favor) em setembro;
2023 — 39% (contra) e 53% (a favor).
Interessante notar que 53% dos petistas e 74% dos bolsonaristas acreditam que o Coronavírus foi desenvolvido pelo regime comunista chinês. Enfim, outro dado surpreendente é que 28% dos simpatizantes de Lula, contra 20% dos de Bolsonaro, afirmam que a verdadeira forma do Planeta Terra é plana.

A pesquisa foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – uma fundação pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).
O estudo reuniu pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universida de Brasília (UnB) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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