A Organização Meteorológica Mundial informou que, de acordo com suas estimativas, o teto do aquecimento global está prestes a ser ultrapassado. Isso significa que o mundo estaria 1,5°C mais quente do que na segunda metade do século XIX, antes que as emissões de combustíveis fósseis começassem a aumentar. Os cientistas acreditam que, embora seja algo preocupante, a situação pode ser temporária.
Impactos do aquecimento Os cálculos da agência começaram em 2020, quando previam menos de 20% de chance de ultrapassar 1,5°C nos próximos cinco anos. Mas em 2022 a previsão subiu para 50%, e agora saltou para 66%. No Acordo de Paris de 2015, as nações concordaram em “realizar esforços” para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C, algo que agora parece ilusório.
Ultrapassar esse limite seria um sinal preocupante de que o aquecimento está acelerando, e não diminuindo. Em 2016, o ano mais quente de que há registro, as temperaturas subiram 1,28°C acima do valor pré-industrial. Agora, os cientistas acreditam que entre hoje e 2027 há uma chance muito sólida de que o limite de 1,5°C seja ultrapassado pela primeira vez.
De acordo com os pesquisadores, ultrapassar 1,5°C todos os anos durante uma ou duas décadas causaria impactos muito maiores devido ao aquecimento, como ondas de calor mais longas, tempestades mais intensas e incêndios florestais. Mas, caso isso aconteça em apenas um dos próximos anos, isso não significaria que o limite do Acordo Paris foi ultrapassado. Os cientistas dizem que ainda há tempo para restringir o aquecimento global cortando drasticamente as emissões.
Foto: Divulgação 
