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19/05/2023 às 09h38min - Atualizada em 19/05/2023 às 09h38min

Deputado Felipe Becari, será investigado por anel de noivado dado a atriz Carla Diaz

Ele foi ouvido pela polícia de SP na tarde de ontem 18/05

Assessoria de imprensa
Foto: Divulgação Deputado Felipe Becari Câmara dos deputados
Denúncia anônima ao MP apontou indícios de enriquecimento ilícito e estelionato. Além do anel, denúncia citou viagens com a atriz pela Europa e bens declarados, que foram de R$ 64 mil a R$ 663 mil. Deputado pede, regularmente, doações via PIX e promove rifas pelas redes sociais para, supostamente, ajudar animais resgatados. Ele nega as acusações.

Deputado federal Felipe Becari (União Brasil) Foi na  Delegacia de Investigações na tarde de ontem 18/05 Sobre Crimes Contra a Administração Pública, em São Paulo. O político é suspeito de peculato desde janeiro.
O inquérito foi aberto depois que informações anônimas foram encaminhadas ao Ministério Público quando Becari ainda era vereador na capital paulista. O crime de peculato, previsto no Código Penal, ocorre quando um funcionário público se apropria de dinheiro ou bens dos quais tem posse em razão de seu cargo. A pena é de 2 a 12 anos de prisão e multa.


A defesa do deputado, que nega que Felipe "praticou qualquer conduta ilícita" (leia abaixo na íntegra). Em relação à viagem, a defesa de Carla Diaz que a atriz pagou todos os custos por meio de parcerias com marcas.

Entenda o caso
Em 16 de janeiro, a denúncia apontou que Becari teria desviado recursos públicos em benefício próprio e de assessores que não trabalhariam regularmente na Câmara Municipal de São Paulo. Segundo a manifestação anônima, eram feitas filmagens de resgates de animais em situação de maus-tratos e expostas em redes sociais para "obtenção de benefícios".

Outra manifestação anônima feita ao MP em 4 de janeiro deste ano citou a ex-BBB e atriz Carla Diaz, noiva do deputado, e um instituto em nome de Becari. De acordo com o documento da 4ª Promotoria de Justiça Criminal, que está anexado no mesmo inquérito sobre peculato, Carla "compactua com sorteios irregulares e usufrui de dinheiro adquirido pelo PIX e os sorteios".

Segundo a declaração nas eleições de 2020 para vereador, Becari disse que tinha R$ 64 mil em bens, sendo um Tiggo e um Subaru. Como parlamentar, o salário líquido mensal era é de R $14 mil.

Já em 2022, a prestação de contas à eleição para deputado federal apontou que os bens apresentados foram de R$ 663.574,05. Ele alegou que tinha uma casa de R$ 582 mil em Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, os carros da eleição passada e R$ 3 mil em conta bancária.

Em novembro de 2022, Becari comprou para Carla Diaz um anel de noivado de diamante. No mesmo mês, os dois viajaram pela Europa e ficaram em hotéis de luxo, como um castelo histórico do século X. As diárias de hospedagem custam de R$ 1 mil a R$ 7 mil.
A denúncia anônima pediu que o caso fosse investigado por estelionato, enriquecimento ilícito, crime de lavagem de dinheiro, crime de abuso de poder econômico e uso da causa animal para enriquecimento.

Prints, links, vídeos com sorteios de produtos, rifas e pedidos de PIX foram apresentados à investigação.

Na última semana, o vereador publicou um vídeo no seu perfil no Instagram comemorando 100 dias no cargo de deputado. Ele ressaltou que o objetivo do seu mandato é "trabalhar muito, falar pouco e retribuir a tantas pessoas a confiança que me foi dada”. Uma seguidora mencionou a denúncia. “Diz que é mentira?” Felipe respondeu na tarde desta quarta-feira (17): “óbvio que é”.

No dia 10 de abril, o vereador publicou um vídeo com imagens de cachorros sob a estrutura de um canil derrubado pela chuva. Na legenda, uma chave PIX em nome de uma ação para contribuir com despesas atrasadas.

O que diz a defesa de Becari
"Como já comprovado, Felipe tem sido alvo de notícias completamente falsas e de cunho categoricamente criminoso disseminadas nas redes sociais e que vêm sendo comunicadas às autoridades com o único objetivo de prejudicá-lo, bem como atingir sua imagem e seu relacionamento.

Diante disso, desde então, Felipe tem adotado todas as medidas judiciais cabíveis para a responsabilização dos envolvidos, bem como tem colaborado ativamente com as autoridades para o restabelecimento da verdade.

Nesse sentido, inclusive, o deputado ajuizou queixa-crime em razão da prática de crimes contra a honra e requereu abertura de uma investigação para apuração da prática do crime de perseguição.

Cumpre destacar, ainda, que diversos procedimentos contra o deputado já foram devidamente arquivados, na medida em que, conforme salientado anteriormente, são procedimentos iniciados com base em notícias completamente falsas, sem nenhum documento comprobatório.

Posto isso, e diante da certeza de que a verdade prevalecerá, o deputado Felipe Becari continua colaborando e sempre à disposição da justiça."

Canil pede indenização
Uma outra ação corre pela 3ª Vara Cível de Cotia pede o pagamento de R$ 22 mil a um lar temporário especializado em resgates de cães em estado de vulnerabilidade.

De acordo com a ação, em dezembro de 2020 a empresa foi acionada para o serviço de hospedagem temporária de animais resgatados por Becari para alimentação, abrigo e primeiros-socorros por um valor previamente ajustado.

Durante um tempo, os pagamentos teriam sido feitos por mensagem de cobranças. No entanto, os depósito pararam e o lar passou a bancar os custos com funcionários, medicação e alimentação dos animais. A defesa do político não se manifestou no processo.

Quem é Felipe Becari
Felipe Becari Comenale era policial civil do estado de São Paulo há cerca de nove anos quando foi eleito à Câmara Municipal da capital.

Ele nasceu em São Paulo, é bacharel em direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), com conclusão no Centro Universitário Anhanguera; pós-graduado, a nível Lato Sensu, em Perícias Criminais, Direito Civil, Direito Penal e Processual Penal, Direito Administrativo, Direito Constitucional e Humanos.

É licenciado e bacharel em educação física pelo Centro Universitário Ítalo Brasileiro. Foi concursado pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Esteve no Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DIPOL) e no Departamento de Polícia Judiciária do Interior (DEINTER 4 - Bauru), Seccional de Jaú.

Antes de ser eleito vereador, estava no Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (DEMACRO), na Delegacia Seccional de Franco da Rocha.

Há cerca de 10 anos, segundo a Câmara de São Paulo, começou na causa animal.
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