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20/04/2023 às 13h46min - Atualizada em 20/04/2023 às 13h46min

Capivara Filó: Ibama não volta atrás em sanções aplicadas a pecuarista e avisa que “Animal silvestre não é pet”

Assessoria de imprensa
Internautas se incomoda com sanção para influencer, mas Ibama não volta atrás. Reprodução/Redes Sociais
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) vem enfrentando duras críticas após multar em mais de R$ 17 mil o influencer Agenor Tupinambá, de 23 anos, que mostrava a rotina ao lado da capivara apelidada de Filó nas redes sociais. Apesar das reclamações, o órgão não voltou atrás e justificou atitude, nesta quarta-feira (19).
Agenor, além de pagar a multa, teve que apagar as publicações com o animal dos seus perfis na web e deve entregar Filó ao órgão em uma semana. O influencer publicou a situação nas plataformas digitais e mobilizou internautas, advogados e até o prefeito da sua cidade Autazes Andreson Cavalcante, no Amazonas.

Por meio de nota, na noite desta quarta-feira (19), o Ibama se pronunciou e explicou as sanções aplicadas. “Por mais que algumas pessoas queiram cuidar de animais silvestres, quando os encontram na natureza, é necessário entender que eles não são animais domésticos, como cães e gatos. Capivara e bicho-preguiça são animais silvestres. Criar ou manter esses animais em casa é proibido pela legislação brasileira”, disse.
Conforme explicado, o órgão autuou Agenor na terça-feira (18), baseado no Decreto nº 6.514/2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), por práticas de exploração indevida de animais silvestres para gerar conteúdo nas redes sociais.

O Ibama ainda comentou que o caso chegou ao seu conhecimento depois da morte de um bicho-preguiça que o influencer criava em sua casa. Na propriedade de Agenor, que não tem autorização legal para manter animais silvestres em sua posse, foram encontrados um papagaio e a capivara.
“É importante salientar que além de ser crime manter animais silvestres irregularmente, a exposição de espécimes silvestres como pets em redes sociais, estimula a procura por esses animais, aquecendo o tráfico de espécies da fauna brasileira”, informou o Ibama.

“Ao encontrar algum animal silvestre ferido, deve-se acionar o órgão público competente. A legislação brasileira não admite a hipótese de regularizar junto aos órgãos ambientais um animal adquirido ou mantido sem autorização. Quem possui animal silvestre em situação irregular pode realizar entrega voluntária ao órgão ambiental competente para evitar penalidades previstas na legislação”, finalizou a nota.

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