Conselheiro tutelar com histórico de uso de drogas é afastado a pedido de Promotoria

Em decisão liminar desta segunda-feira (10/4), um conselheiro tutelar que atuava na capital paulista foi afastado de suas funções a pedido da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude. Com isso, o pagamento de vencimentos ao homem está suspenso e o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente deverá convocar imediatamente um suplente para assumir o posto.

Alvo de ação ajuizada pelo MPSP em 4 de abril, o homem apresentou condutas inadequadas que revelam sua incapacidade de continuar trabalhando como membro do Conselho Tutelar, com perceptível deterioração da saúde mental e surtos psicóticos, causados possivelmente pelo uso contínuo de substância psicoativa.

Em uma ocasião, ele acusou o pai de uma menina de estar sequestrando a criança, chegando a persegui-lo em via pública. Em outra, recusou-se a comparecer a uma delegacia para aplicar medidas de proteção em favor de adolescente apreendido. Como nenhum responsável se apresentou, o jovem foi encaminhado à Fundação Casa.  

Segundo a promotora Luciana Bergamo, em atendimento com uma assistente social o conselheiro admitiu fazer uso de metanfetamina. Diante da profissional, ele demonstrou raciocínio desorganizado e desconexo, referindo-se a si mesmo como se fosse outra pessoa.

Às Secretarias Municipais de Direitos Humanos e Cidadania e de Saúde, a Promotoria enviou ofícios pedindo providências quanto à saúde do conselheiro tutelar.