BANCO CENTRAL DECRETA FALÊNCIA DE DOIS BANCOS

O Banco Central (BC) confirmou na última sexta-feira (24) a falência de duas instituições financeiras: o BRK e o Portocred. Ambos os bancos já vinham passando por problemas nos balanços há anos.

Apesar da falência, os bancos possuem uma vasta clientela, tendo em vista que os títulos de investimento deles pagavam as maiores taxas do mercado, ainda superior aos bancos tradicionais. Por esse motivo, era comum encontrar os papéis das instituições financeiras em corretoras e plataformas de investimento.

Histórico dos bancos
Quando lojas decretam falência, a maior preocupação da população consumidora é bem menor se comparada com a preocupação da população que investe em bancos. Isso porque se um banco decretar falência, ele poderá vir a não conseguir pagar aos seus clientes o que foi investido, gerando uma grande dívida e um prejuízo maior ainda.

Embora nos últimos três anos o prejuízo dos dois bancos tenha sido maior do que o lucro, investidores continuaram investindo. A situação financeira de ambas as instituições financeiras era facilmente encontrada em plataformas que tratam sobre o assunto, como o Banco Data, que informa o histórico financeiro das instituições.

BRK

• 2019 – lucro de R$ 2 milhões;
• 2020 – prejuízo de R$ 48,5 milhões;
• 2021 – prejuízo de R$ 34,9 milhões;
• 2022 – lucro parcial de R$ 25,3 milhões.

Portocred

• 2019 – lucro de R$ 23,7 milhões;
• 2020 – lucro de R$ 6,4 milhões;
• 2021 – lucro de R$ 10,5 milhões;
• 2022 – prejuízo parcial de R$ 20,8 milhões.

Como recuperar os investimentos?
Os investidores que desejam reaver o dinheiro investido precisarão abrir um processo junto ao FGC (Fundo Garantidor de Crédito). O Fundo assegura uma cobertura de até R$ 250 mil para pagar os clientes de bancos que decretam falência. O pagamento de garantias ordinárias pode ser feito a partir do aplicativo do FGC.

Mas é preciso ficar atento, pois esse processo só pode ter início depois de as informações serem consolidadas pelos clientes e passadas para o Fundo. Estima-se que a BRK Financeira possui uma base de 42 mil credores com depósito elegível ao pagamento da garantia do Fundo. Apenas essa instituição totaliza um montante de R$ 1,7 bilhão em dívidas, enquanto a Portocred possui 12 mil credores e uma dívida de R$ 521 milhões.

Vale reforçar que a cobertura de reembolso é prevista para investimentos em produtos como conta corrente, poupança, CDB, RDB, LCI e LCA, tanto para CPF (pessoa física) quanto para CNPJ (pessoa jurídica). Além disso, é importante informar que existe um limite de R$ 1 milhão para garantias pagas para cada grupo (CPF e CNPJ) em um período de quatro anos.

Passo a passo para solicitar o seguro:
Passo 2: Faça o download do aplicativo do FGC em seu celular;
Passo 1: Efetue seu cadastro básico para iniciar o processo que só será finalizado quando o Fundo receber a base do liquidante.

Vale informar que caso o investidor aceite receber a restituição por meio do aplicativo, não precisará comparecer a uma agência bancária com as cópias da documentação. Isso porque o aplicativo deverá permitir que o credor pessoa física faça o pedido através da internet. Desse modo, o pagamento será depositado diretamente na conta poupança ou corrente do investidor.

“O aplicativo vai permitir que o credor, pessoa física, realize a solicitação da garantia totalmente online e o pagamento será realizado diretamente em conta corrente ou conta de poupança de sua titularidade”, dizia o documento enviado aos clientes pela BRK Financeira.

O Fundo Garantidor de Crédito também reforçou que os procedimentos para a restituição voltados para as pessoas jurídicas serão revelados em breve. Informações de quando começará a ser feito o pagamento das garantias e dos rendimentos das aplicações será publicado no site e nas redes sociais do FGC.