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08/06/2018 às 12h47min - Atualizada em 08/06/2018 às 12h47min

Agricultura familiar traz sustento e qualidade de vida aos brasileiros

William Lopes Silva investiu em capacitação na área. Atualmente, ele atende cerca de 50 famílias com legumes e hortaliças orgânicos toda semana

Portal Brasil
Foto: Reprodução
Ao sentir os efeitos da recessão econômica que o País deixou para trás, William Lopes Silva enfrentou desafios para dar aos filhos um futuro melhor. Mestre de obras desde 1993, há dois anos ele decidiu trocar os sacos de cimento e os tijolos por sacos de terra e sementes. "Conheci a associação de agricultores familiares pela minha esposa, comecei a participar e fui pegando gosto por agroecologia, orgânicos e agrofloresta", disse o produtor, em entrevista ao portal Governo do Brasil. 

Um dos brasileiros que apostam na agricultura familiar como fonte de renda, ele vende cestas com alface, batata-doce, berinjela, repolho, cenouras e outros tipos de legumes e hortaliças, para cerca de 50 famílias no Distrito Federal. Dados do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informam que a prática é a base da economia de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes. "Todo o sustento da minha família sai daqui de dentro", afirmou. 

Educação
Para investir no sonho, Silva fez financiamento e cursos de capacitação por meio de parcerias com entidades ligadas ao setor e empresas públicas locais. Na agrofloresta, por exemplo, o produtor deve considerar toda a biodiversidade do ecossistema em que está inserido, como a variedade de espécies, o uso da água, a iluminação e a vegetação nativa. Por isso, ele confia na técnica para manter a terra saudável e repleta de árvores do Cerrado, bioma em que o terreno está inserido. "Daqui a 15 anos, meu filho [que está na barriga da mãe] verá um pé de jatobá, de pequi, e demais frutas nativas", disse. 

Os benefícios do plantio, de acordo com Silva, vão muito além das portas da chácara. “O pessoal da cidade se tornou amigo do pessoal do campo [...] Quem compra faz um investimento na saúde. É saúde para a família deles e para a minha também.” A produção dos alimentos também aumentou a integração e a qualidade de vida do agricultor, da esposa e dos dois filhos. Antes, ele chegava a passar dias longe dos parentes, caso estivesse trabalhando em uma obra longe de casa. "A partir da hora que comecei a produzir aqui dentro, passei a unir, sempre estar ao lado”, comemora. 


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