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08/06/2018 às 12h28min - Atualizada em 08/06/2018 às 12h28min

Floresta que abriga orangotangos ameaçados continua a ser devastada

A denúncia dos constantes desmatamentos na ilha de Bornéu foi feita pelo Greenpeace

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
Orangotangos são diretamente afetados pela as ações de indústrias na floresta de (Foto: Getty Images)
Especialistas afirmam que uma floresta tropical que abriga orangotangos ameaçados de extinção na ilha de Bornéu continua sendo explorada. Isso ocorre mais de um ano depois que o Ministério de Meio Ambiente e Florestas da Indonésia ordenou a suspensão da atividade.

O Greenpeace informou que suas investigações na floresta de Sungai Putri, na Indonésia, mostram uma operação de desflorestamento em curso. Pelo menos seis assentamentos ilegais operam à noite, alguns, inclusive, em áreas que abrigam orangotangos.

A floresta de 57.000 hectares acomoda 1.200 orangotangos, e coloca à prova a capacidade do governo indonésio de impor regulamentações acerca da drenagem e exploração de florestas de turfas.

Elas foram declaradas após grandes incêndios da estação seca em 2015, que destruíram 2,6 milhões de hectares. As queimadas destacaram os enormes riscos que as empresas de celulose e óleo de palma assumiram ao drenar turfeiras pantanosas para plantações industriais, tornando-as elementos de alta combustão.

A última investigação é a segunda denúncia em menos de um ano, e comprova que exploração comercial da floresta continua.

Fotos e imagens de drones tiradas por ativistas em julho de 2017 mostraram um extenso canal de drenagem cheio de água com equipamentos de terraplanagem e plantações de mudas de árvores para extração de celulose. Isso ocorria apesar do Ministro do Meio Ambiente e Silvicultura, Siti Nurbaya, já ter emitido uma ordem para a empresa responsável cessar as operações.

“Este é um grande constrangimento para o governo indonésio, que sempre prometeu proteger Sungai Putri”, disse o Greenpeace em um comunicado.

O site da ForestHints, um veículo de notícias semi-oficial do ministério, disse em um artigo na última sexta (1), que Nurbaya “demonstrou firmeza” em garantir que a Sungai Putri não seja liberada para exploração.

Ele afirmou que a floresta teria sido “inquestionavelmente destruída” sem as sanções anteriores suas sanções anteriores.

A exploração da floresta Sungai Putri e o investimento chinês na região são apoiados por autoridades da província de Kalimantan Ocidental, em Bornéu.

Uma empresa indonésia, Moharison Pawan Khatulistiwa, tem uma permissão do Ministério para extração de madeira na floresta. O Greenpeace disse que não está claro se a empresa está realizando a atividade madeireira ou se outras partes aproveitaram as estradas construídas pela empresa para invadir ainda mais a floresta.

A ocupação da floresta pelas indústrias, e suas consecutivas queimadas, são prejudiciais ao orangotangos mas também criaram problemas de saúde de longa duração para mais de 43 milhões de indonésios nas províncias.
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