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06/12/2022 às 20h00min - Atualizada em 06/12/2022 às 20h00min

Portugal goleia Suíça por 6 a 1 e está nas quartas da Copa do Catar

Com CR7 no banco, centroavante Gonçalo Ramos (foto) marca três vezes

Agência Brasil
Foto: REUTERS/Hannah Mckay/Direitos Reservados
Portugal se tornou a última seleção classificada às quartas de final da Copa do Catar. Os ibéricos golearam a Suíça por 6 a 1, na tarde desta terça-feira (6) no Estádio de Lusail. Com este resultado, Portugal enfrenta Marrocos, a partir das 12h (horário de Brasília) do próximo sábado (10), no Estádio Al Thumama em busca de uma vaga nas semifinais da competição.


Antes de a bola rolar, o grande destaque era a presença do astro Cristiano Ronaldo no banco de reservas. Na versão do técnico português Fernando Santos, a escolha foi por questões técnicas, negando a versão da imprensa europeia de que haviam desentendimentos entre o comandante e o craque. Essa foi a primeira vez em 21 jogos que CR7 apareceu como opção no banco para Portugal em um Mundial de seleções.

Depois que a bola rolou, os holofotes se voltaram para Gonçalo Ramos, que substituiu Cristiano Ronaldo. Logo aos 16 minutos, quando a partida começava a ficar arrastada, o camisa 26 de Portugal recebeu dentro da área e girou de perna esquerda, mandando um chutaço no ângulo do goleiro Sommer para abrir o placar.

Em desvantagem no marcador, a Suíça foi obrigada a sair de trás. E até conseguiu criar uma oportunidade, em bela cobrança de falta de Shaqiri. Mas a tentativa de reação durou pouco. Aos 32, o experiente zagueiro Pepe, de 39 anos, aproveitou uma cobrança de escanteio para concluir de cabeça e fazer 2 a 0.

Aos 37, a Suíça não descontou por muito pouco. Freuler aproveitou o rebote do goleiro Diogo Costa e cabeceou. A bola estava entrando, mas Dalot salvou praticamente em cima da linha. A próxima grande chance foi portuguesa. Aos 42, Bruno Fernandes achou um passe espetacular para Gonçalo Ramos. O centroavante ficou de frente para o goleiro Sommer, concluiu e o defensor suíço evitou o terceiro.

O gol que não saiu no finalzinho da primeira etapa surgiu logo nos primeiros minutos do segundo tempo. Dallot cruzou da direita, aos cinco minutos, e o próprio Gonçalo Ramos se antecipou à zaga para bater por baixo do goleiro.

O quarto gol veio cinco minutos depois. Raphael Guerreiro, após boa jogada pela esquerda, bateu forte para estufar a rede suíça.

Mesmo em situação extremamente complicada, a Suíça seguiu tentando e foi premiada com o gol de honra aos 12 minutos. Após cobrança de escanteio da direita, a bola foi desviada na primeira trave e Akanji finalizou com liberdade para superar Diogo Costa.

Mas o dia não era realmente da Suíça. Em um lindo contra-ataque, João Felix passou para Gonçalo Ramos, que, de cavadinha, marcou pela terceira vez na partida. 5 a 1 para a equipe da Península Ibérica.

Com o placar e a classificação já garantidos, o técnico Fernando Santos atendeu os diversos pedidos da torcida no Estádio de Lusail e colocou em campo o craque Cristiano Ronaldo.

O astro até tentou marcar e se igualar a Eusébio como o maior artilheiro da equipe em Copas. Mas quem fechou o placar para os portugueses foi Rafael Leão, já nos acréscimos com um chute cruzado.

Goleiro do Sevilla brilha nos pênaltis e Marrocos elimina Espanha
Os Leões - ou seriam zebras? - do Atlas estão nas quartas de final da Copa do Mundo pela primeira vez. Nesta terça-feira (6), a seleção de Marrocos foi responsável pela maior surpresa das oitavas de final do Mundial do Catar, ao eliminar a favorita Espanha nos pênaltis, por 3 a 0, após empate sem gols no tempo normal, no Estádio Cidade da Educação, em Doha.


O goleiro Yassine Bounou foi o herói da classificação histórica, defendendo dois pênaltis. Ironicamente, o camisa 1 defende um time espanhol, o Sevilla.

Curiosamente, dois dos 26 jogadores do elenco marroquino são nativos da Espanha, mas escolheram defender o país africano, que foi um protetorado espanhol entre 1912 e 1956. Um deles é o lateral Achraf Hakimi, nascido em Madri, justamente quem bateu o pênalti decisivo. O outro é o goleiro reserva Munir El-Kajoui, natural de Melilla, cidade no território de Marrocos, próximo ao Estreito de Gibraltar, mas que pertence à nação ibérica e possui, inclusive, um muro erguido na região de fronteira.

A classificação garante o melhor resultado marroquino em uma Copa, superando 1986 (México), quando a equipe parou na Alemanha Ocidental, nas oitavas. De quebra, a seleção do norte-africana igualou o desempenho mais positivo do continente em um Mundial, repetindo Camarões (1990, na Itália), Senegal (2002, em Japão e Coreia do Sul) e Gana (2010, na África do Sul).

Bounou pega 2 cobranças e põe Leões do Atlas nas quartas pela 1ª vez - Foto: Reuters/Matthew Childs/Direitos Reservados

Bounou pega 2 cobranças e põe Leões do Atlas nas quartas pela 1ª vez - Foto: Reuters/Matthew Childs/Direitos Reservados


Para ser o primeiro país da África em uma semifinal de Copa, Marrocos terá que superar o ganhador do confronto entre Suíça e Portugal, que se enfrentam ainda nesta terça, a partir das 16h (horário de Brasília), no Estádio de Lusail. O duelo pelas quartas será no próximo sábado (10), a partir das 12h, no Estádio Al Thumama, em Doha.

A Espanha, pelo terceiro Mundial seguido, fica pelo caminho antes das quartas. Em 2014 (Brasil), a La Roja (A Vermelha, na tradução do espanhol) sequer passou da primeira fase. Há quatro anos, na Rússia, a Fúria (outro apelido da seleção ibérica) também caiu nos pênaltis e nas oitavas de final, só que para os anfitriões. Apesar de terem a equipe com a quarta menor média de idade da Copa e de serem um time em formação para a edição de 2026 (Estados Unidos, México e Canadá), os campeões de 2010 deixam o Catar frustrados, após a empolgação de iniciarem a competição com um 7 a 0 sobre a Costa Rica.

A formação daquela goleada, aliás, foi a base do time que Luís Enrique mandou a campo em Doha, com uma surpreendente novidade: o meia Marcos Llorente como lateral-direito, ao invés de Dani Carvajal e de Cesar Azpilicueta, que era dúvida, com dores na panturrilha. Poupados na derrota por 2 a 1 para o Japão, o zagueiro Aymeric Laporte, o lateral Jordi Alba e os atacantes Ferran Torres e Marco Asensio retornaram à equipe. O último acabou vencendo a concorrência com Álvaro Morata (artilheiro da Fúria no Mundial do Catar com três gols) pelo comando do ataque.

Na seleção marroquina, Walid Regragui repetiu a escalação das duas primeiras rodadas, quando os Leões do Atlas empataram sem gols com a Croácia e venceram a Bélgica por 2 a 0. O treinador fez somente uma mudança em relação ao time que superou o Canadá por 2 a 1, com a saída de Abdelhamid Sabiri e o retorno do também meia Selim Amallah.

As formações deixaram claras as ideias das equipes. Com as peças adiantadas e compactada, a Espanha trocava passes em profusão (foram 383 no primeiro tempo, com 362 acertos, conforme a estatística da Fifa), buscando espaços para quebrar as linhas de marcação de Marrocos, concentradas no campo de defesa. É verdade que a Fúria, na primeira vez que conseguiu furar o bloqueio, chegou perto do gol. Aos 25 minutos, Asensio recebeu na área pela esquerda, às costas do zagueiro Nayef Aguerd, mas o chute foi na rede pelo lado de fora.

Ao longo da etapa inicial, porém, a estratégia dos Leões do Atlas, de aguardar pacientemente o momento ideal para o desarme e sair em velocidade, funcionou melhor, especialmente pela esquerda, com Sofiane Boufal praticamente ignorando a presença de Llorente. Aos 41, o atacante driblou o lateral improvisado com facilidade e cruzou na área para Aguerd, de cabeça, quase abrir o placar.

O cenário se manteve no segundo tempo, obrigando Luís Enrique a buscar alternativas, como a entrada de Morata para ser a referência na área, substituindo Asensio. Pouco adiantou, entretanto. Aos 35, o camisa 7 recebeu entre linhas dos pés do também atacante Nico Willians, pela direita. O chute, sem ângulo, quase na linha de fundo, virou um cruzamento rasteiro, sem ninguém (que, em tese, deveria ser o próprio Morata) para concluir.

Para resistir à pressão espanhola e não perder intensidade, Walid Regragui refrescou o contra-ataque marroquino, tirando Amallah, Boufal e Youssef En-Nesyri para colocar Sabiri, Abde Ezzalzouli e Walid Cheddira. Aos 40 minutos, os dois últimos ficaram no quase em jogada iniciada por Hakim Ziyech. O meia abriu para Hakimi cruzar pela direita, na cabeça de Ezzalzouli, que escorou na pequena área para Cheddira. O atacante, de costas, conseguiu girar, mas o chute saiu prensado.

O duelo, truncado, foi à prorrogação. O maior desgaste físico, apesar de as equipes manterem as respectivas estratégias, provocou os dois lances mais perigosos da partida. Aos quatro minutos do primeiro tempo extra, Cheddira recebeu do meia Azzedine Ounahi, entre os zagueiros Rodri e Laporte, mas bateu em cima do goleiro Unai Simon. Já no último lance da segunda etapa, o atacante Pablo Sarabia foi lançado às costas da zaga e chutou de primeira, cruzado, na pequena área, acertando a trave.

Quis o destino que Sarabia, que entrou em campo no fim da prorrogação, justamente para a disputa de pênaltis, parasse novamente no poste, na primeira cobrança espanhola. O meia Carlos Soler e o volante Sérgio Busquets, por sua vez, tiveram as batidas salvas por Bounou. O zagueiro Badr Banoun, mais um que entrou nos instantes finais, desperdiçou a oportunidade que teve, defendida por Simon, mas não fez falta: Sabiri, Ziyech e Hakimi, de cavadinha, levaram os Leões do Atlas às quartas de final.

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