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02/12/2022 às 16h57min - Atualizada em 02/12/2022 às 16h57min

Uruguai vence Gana, mas triunfo sul-coreano elimina ambos da Copa

Arrascaeta garante vitória, mas Celeste não avança pelo número de gols

Agência Brasil
Foto: Reuters/John Sibley/Direitos Reservados
Doze anos depois, o Uruguai voltou a frustrar as expectativas de Gana em uma Copa do Mundo. A diferença é que, desta vez, a Celeste Olímpica teve o mesmo destino dos rivais: a eliminação. Nesta sexta-feira (2), os sul-americanos venceram os Estrelas Negras por 2 a 0 no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah. Ambos, porém, deram adeus ao Mundial do Catar.

Os uruguaios finalizaram o Grupo H com os mesmos quatro pontos da Coreia do Sul, que ficou à frente, na segunda posição, pelo número de gols marcados (quatro a dois). Em jogo simultâneo, no Estádio da Educação, em Doha, os asiáticos derrotaram Portugal - que atuou com um time quase todo reserva, por já estar classificado por antecipação - por 2 a 1. O gol do atacante Hwang Hee-Chan, aos 45 minutos do segundo tempo, que decretou a virada dos sul-coreanos, obrigou os sul-americanos a buscar o 3 a 0, que não ocorreu. Com três pontos, os ganeses terminaram a chave em último lugar.

Tivesse acontecido, a classificação uruguaia teria participação decisiva de um jogador bastante conhecido do futebol brasileiro: Giorgian de Arrascaeta. Reserva nos dois primeiros jogos, tendo atuado por somente 28 minutos na derrota por 2 a 0 para Portugal, na rodada passada, o meia do Flamengo foi titular nesta sexta e marcou os dois gols da Celeste.

O duelo fez torcedores de ambos os países relembrarem a Copa de 2010, na África do Sul. Na ocasião, Gana e Uruguai empatavam por 1 a 1 o confronto válido pelas quartas de final. No último lance da partida, Luís Suárez salvou, com as mãos, uma cabeçada à queima-roupa de Dominic Adiyiah, na área. O uruguaio foi expulso. O também atacante Asamoah Gyan teve a oportunidade da vitória ganesa na cobrança da penalidade, mas acertou o travessão. Nos pênaltis, deu Celeste, por 4 a 2. Quis o destino que a batida desperdiçada fosse justamente a de Adiyiah, defendida pelo goleiro Fernando Muslera (que, assim como Suárez, fez parte da seleção sul-americana no Catar).O momento da defesa monumental de Rochet no pênalti de Gana! 

O ex-meia Otto Addo, atual técnico ganês, integrava aquele elenco dos Estrelas Negras. Para o jogo desta sexta, o treinador repetiu o 4-3-3 da vitória por 3 a 2 sobre a Coreia do Sul, com apenas duas trocas. Titulares na derrota por 3 a 2 para Portugal, na primeira rodada, os laterais Alidu Seidu e Abdul-Rahman Baba retornaram nos lugares de Tariq Lamptey e Gideon Mensah (que deixou o jogo contra os sul-coreanos com dores no tornozelo).

No Uruguai, Diego Alonso recuou na formação com três zagueiros e também montou a equipe no 4-3-3, como na estreia, quando a Celeste empatou sem gols com a Coreia do Sul. Na frente, Suárez retomou a vaga que foi de Edinson Cavani contra Portugal, enquanto Arrascaeta e Facundo Pellistri deixaram o time mais ofensivo herdando os lugares do zagueiro Diego Godín e do volante Matías Vecino.

Os uruguaios iniciaram a partida em cima, mas demonstrando certa ansiedade no último passe. Após 15 minutos de pressão sul-americana, Gana encaixou um contra-ataque com Jordan Ayew, que recebeu na ponta esquerda, próximo à entrada da área, carregou até a meia-lua e bateu, para defesa de Sérgio Rochet. Na sobra, o também meia Mohammed Kudus dividiu com o goleiro e caiu na área. A penalidade foi marcada com intervenção do árbitro de vídeo (VAR), mas o atacante André Ayew, irmão de Jordan (ambos filhos de Abedi Pelé, maior nome do futebol ganês) fez o torcedor africano reviver o pesadelo de 2010, ao cobrar fraco, rasteiro, facilitando a defesa de Rochet.

Não demorou para os Estrelas Negras serem punidos. Aos 22, o atacante Darwin Núñez tabelou com Arrascaeta, chutou na saída do goleiro Lawrence Zigi e viu o zagueiro Mohammed Salisu salvar em cima da linha. Três minutos depois, não teve "quase": Núñez cruzou pela esquerda, a defesa não tirou e a bola sobrou com Suárez na área. O atacante driblou Seidu e finalizou. Zigi defendeu, mas Arrascaeta, no rebote, cabeceou para as redes.

O camisa 10 uruguaio precisou de mais cinco minutos para aumentar a vantagem. Aos 30, Núñez recebeu de Pellistri na entrada da área e ajeitou de cabeça para Suárez. O artilheiro de uma de "garçom" e abriu na esquerda para o meia do Flamengo concluir de primeira.

Os gols mudaram a cara da partida, com o Uruguai passando a trabalhar a bola com mais paciência e Gana, tentando se recuperar do baque, precisando se lançar à frente. Na volta do intervalo, André e Jordan Ayew foram substituídos pelos atacantes Osman Bukari e Kamaldeen Sulemana. Aos 17 minutos, a dupla quase foi responsável pelo primeiro gol ganês. "Quase", porque, após o cruzamento de Sulemana, pela esquerda, Rochet demorou a sair da meta e Bukari chegou tarde para completar na pequena área.

O Uruguai, por sua vez, tinha o contra-ataque à disposição para aproveitar os espaços deixados pela marcação de Gana. Aos 18, o meia Federico Valverde recebeu de Núñez encontrou Suárez na área, pela esquerda. O camisa 9 rolou para Pellistri finalizar rente à esquerda da meta, ao lado da trave. Cinco minutos depois, Valverde emendou uma bomba de primeira, quase da intermediária pela esquerda. A bola quicou no chão e foi no canto esquerdo de Zigi, que conseguiu espalmar.

À medida que o tempo passava, a missão de Gana ficava mais difícil. Os Estrelas Negras não desistiram. Aos 32 minutos, o atacante Antoine Semenyo recebeu próximo à pequna área, pela esquerda, mas finalizou mal, rasteiro, ao lado do gol uruguaio. Dois minutos depois, Kudus obrigou Rochet a uma bela defesa, mandando para escanteio uma bomba de Kudus, da meia-lua.

A informação da virada da Coreia do Sul sobre Portugal chegou aos 37 minutos e transformou a reta final da partida no Al Janoub em drama. Desesperados, os uruguaios intensificaram a pressão em busca do terceiro gol, mas pararam em ótimas defesas de Zigi. Aos 42, Cavani, de cabeça, em posição irregular, obrigou o goleiro a uma intervenção acrobática. Nos acréscimos, o arqueiro se esticou todo para salvar outro chutaço de fora da área de Valverde.

O gol da classificação, porém, não saiu, decretando a eliminação das duas equipes. Após o apito final, o árbitro Daniel Siebert foi cercado por jogadores uruguaios, revoltados pela não marcação de um suposto pênalti aos 12 minutos do segundo tempo, em cima de Núñez, pelo zagueiro Daniel Amartey. O juiz alemão foi chamado ao vídeo para conferir o lance, mas manteve a decisão de campo.

Coreia do Sul vence Portugal, avança na Copa e pode encarar o Brasil

A Coreia do Sul pode aparecer no caminho do Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar. Nesta sexta-feira (2), os Tigres Asiáticos venceram Portugal por 2 a 1, de virada, no Estádio Cidade da Educação, em Doha, garantindo a segunda vaga do Grupo H ao mata-mata.

Os europeus, classificados por antecipação, encerraram a chave na liderança, com seis pontos. Os sul-coreanos somaram os mesmos quatro pontos do Uruguai, mas ficaram à frente pelo número de gols marcados (quatro a dois). Para comemorarem a vaga nas oitavas, os asiáticos tiveram que aguardar a partida dos uruguaios com Gana, no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah, chegar ao fim. A vitória sul-americana por 2 a 0 acabou sendo insuficiente.

É a terceira vez que a Coreia chega à segunda fase de uma Copa, em 11 participações. Curiosamente, na primeira ocasião, quando sediou o torneio, em 2002, a vaga também foi assegurada com uma vitória sobre Portugal (1 a 0). Atual técnico dos Tigres Asiáticos, o ex-volante Paulo Bento esteve naquele encontro, mas defendendo as cores portuguesas.


Nas oitavas, a Coreia do Sul terá pela frente o líder do Grupo F, que pode ser o Brasil. O duelo será nesta segunda-feira (5), às 16h (horário de Brasília), no Estádio 974, em Doha. Já a seleção de Portugal enfrentará o segundo colocado da chave brasileira, que ainda reúne Camarões, Sérvia e Suíça, todos com chance de classificação. A partida será na terça-feira (6), às 16h, no Estádio de Lusail.

O técnico de Portugal, Fernando Santos, cumpriu o que disse na quinta-feira (1º) e aproveitou o fato de a seleção estar garantida nas oitavas para rodar o elenco. Sem Nuno Mendes, que sofreu uma lesão na coxa na vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai e está fora da Copa, o treinador optou pelo também lateral Diogo Dalot, colocando-o na direita e deixando João Cancelo na esquerda. Na zaga, António Silva ficou no lugar do pendurado Rúben Dias. A partir do meio-campo, o volante Rúben Neves e o atacante Cristiano Ronaldo foram os únicos titulares escalados, com Vitinha, Matheus Nunes, João Mário e Ricardo Horta nas vagas, respectivamente, de Willian Carvalho, Bernardo Silva, Bruno Fernandes e João Félix - os dois últimos já com um cartão amarelo.

Suspenso pela expulsão na derrota por 3 a 2 para Gana, Paulo Bento fez alterações nos três setores do time sul-coreano, mas manteve a equipe no 4-3-3. Na zaga, Kwon Kyung-Won ficou com a vaga de Kim Min-Jae, que lesionou o tornozelo contra os Estrelas Negras. No meio de campo, Lee Jae-Sung recuperou o posto de titular, no lugar de Kwon Chang-Hoon. Já no ataque, Lee Kang-In foi escolhido para atuar ao lado de Cho Gue-Sung e do craque Son Heung-Min, ao invés de Na Sang-Ho.

O menor entrosamento de quem estava em campo não foi problema aos portugueses, que abriram o placar aos quatro minutos com participação de dois dos "reservas", que souberam aproveitar a adiantada marcação sul-coreana. Lançado na ponta direita pelo zagueiro Pepe, Dalot cruzou e Ricardo Horta mandou de primeira para as redes. Aos 14, Cancelo recebeu pela esquerda, foi à linha de fundo e bateu rasteiro, buscando Ronaldo na pequena área, para defesa do goleiro Kim Seung-Gyu.

A Coreia respondeu dois minutos depois, com um gol anulado de Kim Jin-Su. O lateral estava impedido no rebote do goleiro Diogo Costa, após cabeçada de Cho, que completou, na primeira trave, o cruzamento pela esquerda de Son. Aos 26, nova bola alçada na área, desta vez por Kang-In, em escanteio da esquerda. A cobrança desviou, ironicamente, nas costas de Ronaldo e sobrou para o zagueiro Kim Young-Gwon, agora em posição legal, deixar tudo igual.

A necessidade sul-coreana de buscar a virada e a tranquilidade de Portugal pela classificação antecipada deixaram o duelo aberto. Aos 34 minutos, Dalot exigiu boa defesa de Seung-Gyu, que se esticou no canto esquerdo para defender o chute rasteiro do lateral, da entrada da área. Sete minutos depois, o goleiro teve a sorte de Ronaldo desperdiçar o rebote, para o meio da área, de uma finalização de Vitinha, da meia-lua. Aos 43, o camisa 1 salvou a conclusão de Ricardo Horta, na área, após cruzamento de Dalot, pela direita.

Se antes do intervalo a presença portuguesa à frente era um pouco maior, o segundo tempo foi praticamente todo da Coreia. Faltava, porém, maior precisão na conclusão. Aos dez minutos, Son partiu em contra-ataque e não virou o placar porque foi travado, na hora H, por António Silva. Onze minutos depois, In-Beon recebeu na meia-lua e bateu forte, para boa defesa de Diogo Costa.

Aos 45 minutos, enfim, a pressão surtiu efeito. Recuperado de uma lesão muscular que o tirou dos primeiros jogos, o atacante Hwang Hee-chan - que havia entrado em campo 25 minutos antes - recebeu de Son em contra-ataque e bateu na saída de Diogo Costa, virando o marcador. A festa sul-coreana, porém, ainda dependia do resultado de Uruguai e Gana, já que os sul-americanos, que venciam por 2 a 0, precisavam de apenas um gol para ficar com a vaga. Foram quase dez minutos de drama, até o apito final soar em Al Wakrah e explodir a torcida asiática em Doha.

Em partida movimentada, Suíça supera Sérvia e avança na Copa

A Suíça garantiu a classificação para as oitavas de final da Copa do Catar após derrotar a Sérvia por 3 a 2, na tarde desta sexta-feira (2) no Estádio 974, em Doha, pela terceira rodada do Grupo G da competição.


Com este resultado, os suíços encerraram a fase inicial do Mundial na segunda posição da chave com 6 pontos. Assim, enfrentarão na próxima fase Portugal, líder do Grupo H.

O público presente acompanhou uma partida muito movimentada, na qual as duas equipes buscaram a vitória desde o primeiro minuto, quando o goleiro Vanja Milinkovic-Savic teve trabalho para segurar finalização de dentro da área de Embolo. Aos 10 foi a Sérvia que respondeu com uma finalização do volante Zivkovic que parou na trave.

Porém, a Suíça foi mais efetiva e abriu o placar aos 19 minutos, quando Sow rolou a bola para Shaqiri soltar a pancada de dentro da área. Mas cinco minutos depois a Sérvia igualou o placar. Tadic levantou na área para Mitrovic finalizar de cabeça.

E 10 minutos depois os sérvios conseguiram a virada, quando a Suíça errou na saída de bola e Tadic dominou e tocou para Vlahovic, que bateu na saída do goleiro Kobel. Mas a partida estava aberta, e os suíços voltaram a igualar quando Embolo escorou para o fundo das redes cruzamento rasteiro que veio da direita aos 43 minutos.

A etapa final começou na mesma rotação, e o placar demorou apenas dois minutos para ser alterado novamente. Shaqiri levantou a bola na área com uma cavadinha e Vargas, de calcanhar, achou Freuler, que chegou batendo de primeira.

Com a vantagem de 3 a 2 no marcador a Suíça recuou as linhas e passou a negar espaços à Sérvia, que começou a insistir nas bolas levantadas sobre a área adversária, estratégia que não teve sucesso.

Agora, a Suíça começa a se preparar para a partida contra Portugal pelas oitavas de final, que será disputada a partir das 16h (horário de Brasília) da próxima terça-feira (6) no Estádio de Lusail.

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