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30/11/2022 às 19h37min - Atualizada em 30/11/2022 às 19h37min

Austrália bate Dinamarca e volta às oitavas de uma Copa após 16 anos

País ficou em 2º lugar no Grupo D e pega líder da chave C no sábado

Agência Brasil
Foto: Reuters/ John Sibley/Direitos Reservados
Pela segunda vez na história das Copas do Mundo, a Austrália está classificada às oitavas de final. Nesta quarta-feira (30), os Socceroos derrotaram a Dinamarca por 1 a 0 no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah, pela rodada final do Grupo D do Mundial do Catar.

Os australianos finalizaram a chave na segunda posição, com os mesmos seis pontos da França, atual campeã, que ficou à frente pelo saldo de gols. Em duelo simultâneo, no Estádio Cidade da Educação, em Doha, os franceses perderam da Tunísia por 1 a 0. O resultado teria eliminado a equipe da Oceania (que representa a federação asiática), caso o jogo em Al Wakrah terminasse empatado ou com vitória dinamarquesa.

Desde 2006, na Alemanha, quando ficou na segunda colocação do grupo do Brasil, a Austrália não passava de fase em uma Copa. Na ocasião, a seleção caiu para a futura campeã Itália nas oitavas. A seleção escandinava ficou fora do mata-mata pela segunda vez em seis participações em Mundiais. A última queda precoce tinha sido em 2010, na África do Sul.

Nas oitavas de final, a Austrália terá pela frente o líder do Grupo C, onde estão Argentina, Polônia, Arábia Saudita e México. A partida será neste sábado (3), às 16h (horário de Brasília), no Estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan.

Na Dinamarca, o técnico Kasper Hjulmand abriu mão da formação com três zagueiros, com a saída de Victor Nelsson e o reforço ao meio-campo com a entrada do volante Mathias Jensen. Na ligação com o ataque, Andreas Skov Olsen pegou a vaga de Mikkel Damsgaard. O treinador australiano, Graham Arnold, por sua vez, mexeu somente na lateral direita, trocando Fran Karacic por Milos Degenek.


As mudanças na seleção escandinava a deixaram com maior mobilidade para articular jogadas. Aos 11 minutos, o atacante Martin Braithwaite fez o pivô na entrada da área, quebrando a linha de marcação e rolando, à direita, para Jensen bater cruzado e o goleiro Mathew Ryan espalmar. Dois minutos depois, Skov Olsen recebeu de Braithwaite na entrada da área, levou à perna direita e chutou por cima do gol.

A Dinamarca sustentou a pressão nos dois primeiros terços da etapa inicial, mas pecando na finalização, como em tentativas de Skov Olsen e do também meia Cristian Eriksen, ambas da entrada da área, aos 24 e 28 minutos, respectivamente. Apesar do desgaste reduzir o ímpeto dos europeus, a Austrália não aproveitou e quase se aventurou à frente. Quando o fez, em contra-ataque aos 41 minutos, foi pouco efetiva. O meia Riley McGree ajeitou na intermediária para Mitch Duke, pela esquerda. O atacante carregou a bola em direção à área, sem marcação, mas chutou fraquinho, nas mãos do goleiro Kasper Schmeichel.

A pressão da Tunísia sobre a França no outro jogo desta quarta pareceu ter acendido o alerta nos Socceroos, que retornaram melhor do intervalo. A entrada do volante Keanu Baccus no lugar do atacante Craig Goodwin recuperou o meio-campo e deu mais fluidez aos contra-ataques, como o que resultou no gol da vitória. Aos 15 minutos, o meia Mathew Leckie disparou pelo meio, lançado por McGree, escapou da marcação do lateral Joakim Maehle e chutou cruzado, colocando a Austrália à frente.

As saídas de Jensen, Skov Olsen e Braithwaite, de boas atuações na primeira etapa, para darem lugar a Damsgraad e aos atacantes Andreas Cornelius (1,92 metro) e Kasper Dolber (1,87 metro) deixaram, novamente, a equipe da Escandinávia estática. As apostas no jogo aéreo e nos lançamentos longos acabaram, na verdade, "consagrando" os zagueiros Harry Souttar e Kye Rowles. Nos acréscimos, o time europeu foi para o abafa e até mesmo Schmeichel foi para a área nas cobranças de escanteio, mas a rede não balançou mais no Al Janoub.

Argentina supera Polônia, mas ambas se classificam no Grupo C da Copa
Antes da Copa do Catar, Lionel Messi anunciou que o Mundial seria o último da carreira. Nesta quarta-feira (30), o sonho de levantar o troféu mais importante do futebol antes de pendurar as chuteiras ganhou sobrevida, com a vitória dos argentinos sobre a Polônia, por 2 a 0, no Estádio 974, em Doha, pela terceira e última rodada do Grupo C.

Europeus também avançam devido ao 2 a 1 do México sobre a Arábia - Foto: REUTERS/Pedro Nunes/Direitos reservados

Europeus também avançam devido ao 2 a 1 do México sobre a Arábia - Foto: REUTERS/Pedro Nunes/Direitos reservados


A vitória, cheia de autoridade, deu à Argentina a ponta da chave, com seis pontos. Nada mal para quem estreou perdendo da Arábia Saudita por 2 a 1 e viu chegar ao fim, de forma surpreendente, uma série invicta de 36 partidas oficiais. Os poloneses, com os mesmos quatro pontos do México, levaram a segunda vaga do grupo por terem um gol a mais que os mexicanos de saldo. A nação europeia não passava de fase em uma Copa desde 1986.

A presença de Messi o isolou como o argentino com mais partidas em Copas. Foi o 22º jogo dele, superando ninguém menos que Diego Armando Maradona. Se a equipe sul-americana for à final e o astro estiver em campo nos quatro duelos até lá, ele se tornará o atleta que mais vezes atuou em Mundiais. A estatística tem o alemão Lothar Matthäus como líder, com 25 participações.

Os compromissos de ambas as seleções pelas oitavas de final serão neste fim de semana. No sábado (3), às 16h (horário de Brasília), a Argentina encara a Austrália, no Estádio Ahmed bin Ali, em Al Rayyan. No domingo (4), às 12h, a Polônia terá pela frente a França, atual campeã mundial.


Assim como na vitória por 2 a 0 sobre o México, Lionel Scaloni escalou a seleção argentina com várias mudanças. Na lateral direita, Nahuel Molina retomou o posto de titular no lugar de Gonzalo Montiel (pendurado). Na zaga, Cristian Romero (1,85 metro) substituiu Lisandro Martínez (1,75 metro), para enfrentar Robert Lewandowski (1,85 metro) pelo alto. No meio-campo, Guido Rodríguez (que levou a vaga de Leandro Paredes contra os mexicanos) saiu para entrada de Enzo Fernández. Por fim, no ataque, Júlian Álvarez desbancou Lautaro Martínez.

No lado polonês, Czeslaw Michniewicz repetiu quase toda a formação que bateu a Arábia Saudita por 2 a 0. A única alteração foi no ataque, com Lewandowski sozinho à frente e Karol Swiderski como ponta de lança, no lugar de Arkadiusz Milik, que fora o parceiro de área do centroavante do Barcelona (Espanha) no jogo anterior.

O primeiro tempo foi um massacre argentino para cima da Polônia. Regidos por Messi, os hermanos finalizaram 14 vezes, sendo nove em direção à meta de Wojciech Szczesny. Aos nove minutos, o goleiro polonês salvou um chute cruzado do craque, na área pela esquerda. Aos 16, o camisa 10 lançou Marcos Acuña na esquerda. O lateral, na área, levou à perna direita e mandou por cima do travessão. Aos 27, Acuña teve uma nova chance, na sobra de uma finalização do atacante Julián Álvarez. O chute, da entrada da área, saiu rente à trave esquerda.

Aos 36 minutos, Álvarez recebeu do meia Alexis Mac Allister na área e finalizou cruzado, para mais uma defesa de Szczesny. No rebote, o atacante do Manchester City (Inglaterra) cruzou pela esquerda e o goleiro acabou atingindo o rosto de Messi na área. Com auxílio do árbitro de vídeo (VAR), o pênalti foi assinalado. O camisa 10 cobrou, mas o arqueiro se lançou no canto esquerdo e salvou uma penalidade pela segunda vez nesta Copa. 

A pressão da Argentina, que continuou após o pênalti perdido, não arrefeceu na volta do intervalo, com a diferença que, enfim, a rede balançou. Antes do cronômetro completar o primeiro giro, Molina recebeu pela direita do atacante Ángel Di Maria e cruzou rasteiro para Mac Allister, revelação de 23 anos, colocar a equipe sul-americana à frente.

A fome argentina não estava saciada. Com Messi se multiplicando à frente, os hermanos continuaram alugando o campo de ataque, rondando a área dos europeus, que pouco faziam para se desvencilharem da pressão. Questão de tempo, o segundo gol saiu dos pés de mais duas jovens promessas. Aos 22 minutos, Enzo Fernández, 21 anos, encontrou Álvarez na área. O atacante, de 22 anos, bateu no ângulo de Szczesny - que, três minutos depois, evitou o terceiro ao salvar uma conclusão de Messi, após cruzamento de Enzo Fernández, pela esquerda.

Acuada, a Polônia parecia mais preocupada em evitar outro gol, que poderia custar a vaga às oitavas, mas seguiu dando espaços à Argentina. Aos 40 minutos, o atacante Lautaro Martínez foi lançado pelo volante Rodrigo De Paul, entrou na área pela direita e bateu cruzado, próximo à trave direita, na última boa chance da partida.

Após o apito final, enquanto a torcida argentina comemorava, a polonesa, tensa, voltou as atenções ao jogo entre México e Arábia Saudita, que estava já nos acréscimos. Os mexicanos venciam por 2 a 0 e estavam a um gol da classificação, mas quem balançou as redes foram os sauditas, com o atacante Salem Al-Dawsari. Apesar da derrota, os europeus celebraram a vaga nas oitavas.

México vence sauditas, mas perde vaga às oitavas no saldo de gols
O México venceu pela primeira vez na Copa do Mundo do Catar, mas está fora da briga do título. Nesta quarta-feira (30), a seleção norte-americana bateu a Arábia Saudita por 2 a 1 no Estádio de Lusail. O triunfo, porém, foi insuficiente. A equipe tricolor encerrou o Grupo C na terceira posição, com a mesma pontuação da Polônia, segunda colocada, ficando atrás pelo saldo de gols. Os asiáticos, com três pontos, ficaram com a lanterna.

É primeira vez que seleção tricolor fica fora do mata-mata desde 1978 - Foto: MATTHEW CHILDS

É primeira vez que seleção tricolor fica fora do mata-mata desde 1978 - Foto: MATTHEW CHILDS


A vitória da Argentina sobre a Polônia, por 2 a 0, no Estádio 974, em Doha, permitiria aos mexicanos se classificarem com uma vitória por três gols de diferença. Um triunfo por 2 a 0 - como apontou o placar em Lusail em quase toda a segunda etapa - levaria a decisão da segunda vaga para o critério do número de amarelos, que colocaria os poloneses na segunda posição por terem três cartões a menos. O gol saudita, marcado nos acréscimos, foi uma ducha de água fria.

É a primeira vez, desde 1978, que o México não passa da primeira fase em uma Copa. Após estrear com uma vitória histórica sobre a Argentina, por 2 a 1, de virada, a Arábia Saudita ficou pelo caminho e repetiu o roteiro das quatro participações anteriores, entre 1998 e 2006 e 2018, quando caiu na fase de grupos. Os sauditas avançaram ao mata-mata apenas em 1994, na estreia do país em Mundiais, parando nas oitavas de final.


O argentino Gerardo Martino, técnico do México, voltou atrás em boa parte das mudanças feitas contra a Argentina (que terminou em derrota por 2 a 0) e reeditou a base da equipe que empatou sem gols com a Polônia, na estreia. O lateral Jorge Sánchez, o volante Edson Álvarez e o atacante Henry Martín retornaram ao time, escalado com três homens de frente. O único desfalque foi o volante Andrés Guardado, capitão mexicano, com uma lesão muscular.

Na seleção saudita, o francês Hervé Renard também mexeu no time que perdeu por 2 a 0 da Polônia. Em alguns casos, as trocas foram necessárias. Na defesa, Sultan Al-Ghanam e Ali Al-Bulayhi (na vaga do lesionado Mohammed Al-Burayk) assumiram as laterais, com Hassan Al-Tambakti na zaga (o meia Sami Al-Naji iniciou no banco) e Saud Abdulhamid (lateral nos jogos anteriores) escalado como volante. Ainda no meio-campo, o suspenso Abdulelah Al-Malki foi substituído por Ali Al-Hassan.

A necessidade de uma vitória com bom saldo de gols fez o México ter o comando das ações ofensivas no primeiro tempo. Aos dois minutos, Hirving Lozano espetou a bola no meio da zaga saudita e Alexis Vega, na frente de Mohammed Al-Owais, bateu em cima do goleiro. A resposta asiática veio cinco minutos depois, em contra-ataque pela esquerda e cruzamento para o Mohamed Kanno, livre na direita, quase na pequena área, bater de primeira, por cima do gol. O volante assustou novamente aos 12, em cobrança de falta da meia-lua, rente ao travessão.

Os mexicanos rondavam a área asiática, mas com dificuldades para entrar nela. Os chutes da intermediária e as bolas alçadas foram alternativa, sem sucesso. Em uma delas, aos 26 minutos, Lozano cruzou pela direita para cabeçada do meia Orbelin Pineda, no contrapé de Al-Owais, que Al-Ghanam salvou quase em cima da linha. Recuada, a Arábia só conseguiu encaixar um contra-ataque nos acréscimos, pouco antes do intervalo, em cruzamento de Al-Ghanam pela direita e "peixinho" de Al-Hassan, que foi à direita do gol de Guillermo Ochoa.

A insistência norte-americana foi premiada no segundo tempo. Aos dois minutos, após escanteio batido pela esquerda, o zagueiro Cesar Montes desviou na primeira trave e Martín, na pequena área, mandou para as redes. Quatro minutos depois, o volante Luis Chávez, cobrando falta no ângulo, aumentou a vantagem tricolor. O terceiro teria saído aos dez minutos, com Lozano, mas a arbitragem deu impedimento de Martín e anulou o gol.

A possibilidade de classificação empolgou os mexicanos, que martelaram atrás do gol salvador. Martín e Pineda falharam por pouco na pontaria, enquanto Chávez e Lozano pararam em Al-Owais. Aos 41, Uriel Antuna balançou as redes, mas o lance foi anulado por impedimento do atacante. Nos acréscimos, o drama tricolor deu lugar à decepção. Na única investida saudita no segundo tempo, o atacante Salem Al-Dawsari tabelou na entrada da área e finalizou na saída de Ochoa, para delírio da torcida polonesa, que aguardava, desesperada, o término da partida, após a derrota para a Argentina.

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