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29/11/2022 às 18h04min - Atualizada em 29/11/2022 às 18h04min

Com homenagem a ídolo, Senegal bate Equador e vai às oitavas da Copa

Leões de Teranga não chegavam à segunda fase desde a estreia, em 2002

Agência Brasil
Foto: Reuters/Dylan Martinez/Direitos Reservados
No duelo do Grupo A que era um confronto direto por vaga às oitavas de final da Copa do Mundo do Catar, melhor para Senegal. Nesta terça-feira (29), os Leões de Teranga derrotaram o Equador por 2 a 1, no Estádio Internacional Khalifa, em Doha, pela terceira e última rodada da primeira fase.


O triunfo deu aos campeões africanos o segundo lugar da chave, com seis pontos, um atrás da Holanda, que garantiu a primeira colocação ao bater os anfitriões, já eliminados, por 2 a 0. Desde a estreia em Mundiais, na edição de 2002, no Japão e na Coreia do Sul, os senegaleses não chegavam ao mata-mata. Na ocasião, a seleção caiu nas quartas de final (oportunidade na qual o atual treinador, Alliou Cissé, era o capitão). De lá para cá, o país também esteve na Copa da Rússia, há quatro anos, eliminado na fase de grupos por ter mais cartões amarelos que os japoneses.

Um dos heróis daquela campanha de 2002, aliás, foi homenageado no jogo desta terça. Autor do primeiro gol senegalês em Copas, na vitória por 1 a 0 sobre a França, Papa Bouba-Diop faleceu há exatamente dois anos, vítima da esclerose lateral amiotrófica (ELA). Nas arquibancadas, torcedores dos Leões de Teranga pintaram as costas com o número do ex-meia, o 19. Na braçadeira do zagueiro e capitão Kalidou Koulibaly também constava o número 19.

Nas oitavas, Senegal terá pela frente o líder do Grupo B, que reúne Inglaterra, Irã, Estados Unidos e País de Gales. A partida será no domingo (4), às 16h (horário de Brasília), no Estádio Al Bayt, em Al Khor.

Precisando vencer para se classificar, Senegal iniciou o jogo subindo as linhas e marcando presença no campo do Equador, que tentava diminuir o ritmo da partida, administrando a posse da bola. Aos sete minutos, a equipe africana deu o primeiro susto, com Boulaye Dia aparecendo pela direita às costas do zagueiro Félix Torres. O atacante recebeu do lateral Youssouf Sabaly na área e bateu cruzado, próximo à trave direita. Aos 23, o ataque foi pela esquerda, com o meia Ismailla Sarr desarmando o lateral Ángelo Preciado, invadindo a área, levando à perna direita e chutando colocado, rente à forquilha esquerda.

A insistência dos Leões de Teranga foi premiada aos 41 minutos. Lançado na esquerda pelo lateral Abdou Diallo, em rápida cobrança de falta, Sarr aproveitou falha de Preciado ao tentar cortar a bola, entrou na área e foi atropelado pelo zagueiro Piero Hincapié. O próprio meia converteu a penalidade, deslocando o goleiro Hernán Galíndez e abrindo o placar em Doha.

Os papéis se inverteram no retorno do intervalo. As entradas do meia Jeremy Sarmiento e do volante José Cifuentes deixaram o Equador mais agressivo. Diferentemente do primeiro tempo, os sul-americanos trocavam passes com pressa, mas com dificuldades para chegar à área. A solução acabou sendo a bola parada. Aos 21 minutos, após cobrança de escanteio de Gonzalo Plata, pela direita, o também atacante Moisés Caicedo apareceu livre, na segunda trave, para desviar uma cabeçada de Torres na pequena área e deixar tudo igual.

Os senegaleses, porém, levaram três minutos para responder. O meia Gana Gueye cobrou falta da intermediária, pela esquerda, a bola desviou na coxa do atacante Enner Valencia (ironicamente, o artilheiro equatoriano no Mundial) e sobrou para Koulibaly concluir e recolocar os africanos à frente. O primeiro gol do zagueiro do Chelsea (Inglaterra) em 68 jogos pela seleção.

O desenho da reta final da partida ficou claro, com Equador ocupando o campo ofensivo e Senegal apostando nos contra-ataques. Em um deles, aos 42 minutos, o volante Pape Gueye quase surpreendeu Galíndez com um chute de fora da área, que o goleiro sul-americano salvou em dois tempos. Nos acréscimos, os equatorianos foram para o abafa com bolas levantadas na área, mas sem sucesso, para explosão da torcida africana em Doha ao apito final.

Holanda supera Catar por 2 a 0 para avançar como primeira do Grupo A
A Holanda superou o Catar por 2 a 0, na tarde desta terça-feira (29) no Estádio Al Bayt, na cidade de Al Khor, para se classificar para as oitavas de final da Copa do Catar como a primeira colocada do Grupo A. Já os donos da casa, que entraram no gramado já sem chances de avançar, se despediram da competição.


Quem poderia imaginar que a partida começaria de forma eletrizante? O anfitrião, cujo próprio técnico Félix Sánchez declarou que está “um passo atrás das demais seleções”, teve sua chance aos 2 minutos com um chute de fora da área de Al Haydós, defendido pelo goleiro Noppert. A Holanda respondeu no lance seguinte, mas Blind acabou mandando por cima da meta um rebote de Barsham.

Podendo terminar o Grupo A em primeiro lugar, o time do técnico Louis Van Gaal conseguiu marcar seu gol aos 26 minutos, numa jogada individual de Cody Gakpo. O atacante do PSV (Holanda) passou como quis pela defesa catari e chutou no cantinho, encaminhando a vaga nas oitavas de final.

Gakpo teve outra oportunidade aos 40 minutos, quando dominou e girou dentro da área, chutando por cima da meta de Barsham. O garoto de 23 anos, artilheiro do time com 3 gols nesta Copa, parecia a única arma ofensiva da Holanda até então. Mas foi só.

Em um 1º tempo de pouca inspiração, o placar mínimo foi o máximo que os holandeses conseguiram fazer, suficiente, no entanto, para a classificação. O Catar, sem pretensão alguma, estava satisfeito somente em ter sediado o evento.

As falhas da defesa catari foram realmente vexatórias. Logo aos 3 minutos do 2º tempo, num cruzamento para a área, a zaga cortou de cabeça para trás, Memphis Depay chutou, o goleiro Barsham rebateu e Frenkie De Jong, meia do Barcelona (Espanha), completou para as redes, aumentando para 2 a 0.

Aos 22 minutos foi até covardia. Um passe em profundidade encontrou a defesa catari em linha, perdida, e Berghuis balançou as redes, mas o tento foi anulado porque Gakpo colocou o braço na bola no início da jogada. O VAR (árbitro de vídeo) fez justiça.

Depois disso, a rotação da partida diminuiu muito. As duas equipes ficaram apenas esperando o tempo passar, frustrando o público de 66.784 pessoas. O árbitro de Gâmbia ainda deu seis minutos de acréscimo, quando Berghuis teve uma última chance, chutando de fora da área e acertando o travessão do Catar.

Eliminado na primeira fase, o Catar poderá retornar a uma Copa do Mundo em 2026, já que a Fifa ampliou o número de vagas diretas nas Eliminatórias asiáticas para oito seleções. Num país de apenas três milhões de habitantes, com pouco mais de 10 por cento de nativos, a estratégia deve ser novamente a naturalização de estrangeiros para formar a seleção.

Como era esperado, a Holanda, com 7 pontos, foi a líder do Grupo A, e volta a campo no sábado (3) a partir das 12h (horário de Brasília) para medir forças com o segundo colocado do Grupo B (ainda a ser definido).

Pulisic decide e Estados Unidos eliminam Irã na Copa do Catar
Graças a um gol de Pulisic, os Estados Unidos derrotaram o Irã por 1 a 0, na tarde desta terça-feira (29) no Estádio Al Thumama, e se garantiram nas oitavas de final da Copa do Catar. Os norte-americanos avançaram após alcançarem a segunda melhor campanha do Grupo B da competição.


Já os iranianos não conseguiram alcançar um fato inédito, ultrapassar a fase de grupos pela primeira vez em sua quinta participação em um Mundial de seleções.

Na partida que era considerada uma das principais da primeira fase da competição por envolver dois países que vivem sob tensão há mais de 40 anos, desde a Revolução Islâmica, com o rompimento das relações diplomáticas, o que prevaleceu foi o bom futebol.

Precisando de uma vitória para avançar para as oitavas, os norte-americanos começaram a partida com uma postura mais propositiva, mantendo mais a posse de bola, trocando passes na intermediária do campo do Irã e buscando espaços para finalizar. Já o Team Melli se fechava atrás, abusando de uma forte marcação que às vezes descambava para lances violentos.

Em um confronto muito intenso no meio de campo, a primeira finalização a gol surgiu apenas aos 10 minutos, quando Musah levantou a bola na área, onde o camisa 10 Pulisic cabeceou para defesa sem dificuldade do goleiro Beiranvand.

Seis minutos depois os norte-americanos voltaram a chegar com perigo. Dest avançou na ponta direita e cruzou rasteiro, forte, para Beiranvand afastar com um soco e impedir a finalização de Pulisic. Já o Irã se limitava a esperar na defesa por uma boa oportunidade de avançar rápido em contra-ataque.

Aos 27 Pulisic tocou para Sargent, que bateu forte para corte da zaga iraniana. A bola ganhou altura e Weah chegou finalizando de cabeça, mas Beiranvand defendeu bem. Cinco minutos depois foi Weah que levou perigo, ao bater forte, de dentro da área, mas a bola foi por cima da meta do Irã.

E, de tanto tentar, os norte-americanos conseguiram abrir o marcador aos 37 minutos. McKennie lançou Dest na ponta direita e o lateral escorou, de cabeça, para o meio da área, onde Pulisic chegou escorando de primeira. Este foi o primeiro gol do jogador do Chelsea (Inglaterra) em um Mundial de seleções. O detalhe é que o camisa 10 dos Estados Unidos acabou se chocando com muita força com o goleiro Beiranvand no lance e acabou não comemorando o seu tento.

Com a desvantagem no marcador os iranianos passaram a se posicionar de forma mais adiantada no gramado. Com isso, os Estados Unidos conseguiram encontrar mais espaços para contra-atacar, como aos seis minutos de acréscimos, quando Weah recebeu lançamento longo e bateu na saída do goleiro para colocar no fundo do gol. Mas o lance foi anulado pelo juiz espanhol Antonio Mateu por posição irregular do atacante.

Mas o fato é que a etapa inicial foi de predomínio da equipe norte-americana, que teve 58% de posse de bola e finalizou oito vezes, enquanto o Team Melli não bateu a gol.

No retorno do intervalo, os Estados Unidos tiveram que abrir mão de seu líder técnico, Pulisic, que não conseguiu se recuperar do choque que sofreu ao marcar o gol. O segundo tempo iniciou com o Irã arriscando mais, e chegando pela primeira vez ao gol aos 7 minutos, quando Razaeian cruzou na área para Ghoddos cabecear para fora.

Aos 19 o Team Melli chegou novamente com perigo, quando Gholizadeh aproveitou sobra de bola e cruzou rasteiro. Taremi não conseguiu finalizar e Ghoddos bateu com violência, mas para fora.

O tempo foi passando e o desespero do Irã foi aumentando. O Team Melli fez uso então de uma velha estratégia para tentar reverter o marcador, levantar bolas na área da equipe adversária. Mas a ideia se mostrou pouco efetiva diante da segura defesa norte-americana. E a melhor oportunidade surgiu já nos acréscimos. Aos 47, quando Razaeian cobrou falta e Pouraliganji cabeceou com muito perigo.

Agora, os norte-americanos (que passaram na segunda posição do Grupo B) pegam a Holanda, primeira colocada do Grupo A, a partir das 12h (horário de Brasília) do próximo sábado (3) no Estádio Internacional Khalifa.

Inglaterra chega às oitavas após vitória sobre Gales


A Inglaterra confirmou o favoritismo no Grupo B da Copa do Catar ao superar o País de Gales por 2 a 0, nesta terça-feira (29) no Estádio Ahmad Bin Ali, para chegar às oitavas de final como primeiro colocado da chave.

Inglaterra e País de Gales formam o Reino Unido, junto com a Escócia e a Irlanda do Norte. Os dois países fazem fronteira e são costumeiros adversários no futebol, tendo disputado mais de cem confrontos. Nenhum, no entanto, mais importante do que este.

O primeiro confronto entre as duas seleções foi disputado em 1879 (os ingleses venceram por 2 a 1 numa época na qual o futebol nem tinha ampliado suas fronteiras para além da Grã-Bretanha). Acrescente a isso o fato de a seleção do País de Gales ter nove jogadores nascidos, justamente, na Inglaterra e que o principal clube do país, o Swansea City, disputa, na verdade, o Campeonato Inglês da 2ª Divisão.

Num confronto de tanta tradição, Gales entrou em campo dependendo de uma vitória sobre a Inglaterra (e um empate entre Irã e Estados Unidos) para ir mais longe na Copa. Percebeu que era uma missão dificílima, até porque não conseguia nem trocar passes, nem atacar. Logo aos 9 minutos, o inglês Rashford apareceu diante do goleiro Ward, que saiu de carrinho para evitar o gol.

Rompendo com a tradição, a Inglaterra deixou de privilegiar as jogadas de chuveirinho na área, uma irritante e antiga especialidade britânica. O time do técnico Gareth Southgate, embalado pela torcida cantando o hino God Save the King, preferia o jogo rápido próximo à área, diante de uma retranca bem postada. Aos 37 minutos, numa jogada com dois passes de calcanhar, Phil Foden acabou desperdiçando a conclusão com um chute por sobre a meta de Ward. A Inglaterra tinha o domínio territorial e a posse de bola, mas não fez gols no 1º tempo.

Na etapa final tudo mudou. Aos 4 minutos, Marcus Rashford cobrou uma falta com perfeição, a bola foi no ângulo do goleiro Ward e o que se viu foi um golaço inglês. Aos 5 minutos, a Inglaterra tirou todas as chances do país vizinho, quando Harry Kane cruzou rasteiro na área e Phil Foden completou para as redes. Dois gols em dois minutos foi um golpe muito duro para o País de Gales.

Aos 22 minutos Marcus Rashford foi lançado, dominou a bola, invadiu a área, cortou para o meio e encheu o pé, com a bola passando por baixo das pernas do goleiro Ward. Foi o terceiro da Inglaterra.

A Inglaterra ainda desperdiçou alguns gols, com Jude Bellingham perdendo um chute rasteiro nas mãos do goleiro Ward e Stones batendo inacreditavelmente por cima, dentro da pequena área, aos 45 minutos.

Com a vitória por 3 a 0, a Inglaterra avança em primeiro lugar no Grupo B e enfrenta Senegal no domingo (4), a partir das 16 horas (horário de Brasília). Já o País de Gales, eliminado sem ter feito uma boa Copa, pode tentar voltar a um Mundial em 2026, quando a Fifa dará 16 vagas diretas para as seleções europeias.

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