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24/11/2022 às 15h29min - Atualizada em 24/11/2022 às 15h29min

Copa: Uruguai fica no 0 a 0 com a Coreia do Sul na estreia do Grupo H

É o quarto empate sem gols na primeira rodada do Mundial do Catar

Agência Brasil
Foto: Reuters/Kai Pfaffenbach/Direitos Reservados
A Copa do Mundo do Catar presenciou o quarto empate sem gols desta primeira rodada. Nesta quinta-feira (24), Uruguai e Coreia do Sul não saíram do 0 a 0 no Estádio Cidade da Educação, em Doha.

O confronto abriu o Grupo H do Mundial, que tem ainda Portugal e Gana. O duelo entre europeus e africanos começa às 13h (horário de Brasília) desta quinta (24), no Estádio 974, também na capital do Catar.


Uruguaios e sul-coreanos voltam a campo na segunda-feira (28). Às 10h, novamente no Cidade da Educação, os Tigres Asiáticos enfrentam Gana. Às 16h, a Celeste Olímpica encara Portugal no Estádio de Lusail, reeditando o confronto pelas oitavas de final da Copa passada.

Apesar da imposição sul-coreana na posse de bola e no volume ofensivo nos primeiros minutos, foi o Uruguai quem mais assustou na etapa inicial. Aos 18 minutos, o meia Federico Valverde foi lançado na área, girou e chutou por cima. Três minutos depois, Facundo Pellistri cruzou pela direita, à meia altura, mas o também atacante Darwin Núñez não chegou à tempo de finalizar. Aos 26, Mathías Olivera puxou o contra-ataque pelo meio, tendo quatro uruguaios contra três asiáticos. O lateral, porém, demorou a rolar para Núñez, que estava desmarcado. Quando o fez, foi com força, facilitando a vida do goleiro Kim Seung-Gyu.

A Coreia do Sul, enfim, conseguiu responder aos 33 minutos, com Hwang Ui-Jo. O atacante concluiu, livre, próximo à marca do pênalti, um cruzamento rasteiro, pela direita, do lateral Kim Moon-Hwan, mas o chute foi por cima do gol. Os Tigres Asiáticos tentaram recuperar o controle do jogo, mas a Celeste Olímpica é quem teve a última chance da etapa inicial, em cabeçada do zagueiro Diego Godín, após cobrança de escanteio, que bateu na trave esquerda.

O cenário do primeiro tempo se repetiu na volta do intervalo, com os sul-coreanos trocando passes no campo ofensivo e o Uruguai mais incisivo. Aos 17 minutos, Godín lançou Núnez na esquerda em contra-ataque. Ele poderia entrar na área e finalizar, mas preferiu levar a bola até a linha de fundo e cruzar rasteiro, sendo bloqueado por Kim Seung-Gyu.


A diferença para a etapa inicial é que o duelo ficou mais truncado. A Coreia do Sul recuou as linhas de marcação, dando o bote a partir do meio-campo e deixando a bola com a Celeste Olímpica. Aos 35, Núñez teve mais uma chance, ao receber na entrada da área pela esquerda, levar para o pé direito e bater cruzado. O artilheiro Edinson Cavani (que entrou no lugar do também atacante Luís Súarez) tentou desviar de cabeça, mas o arremate saiu rente à meta, à esquerda.

Aos 43, os sul-americanos pararam novamente no poste, desta vez com Valverde, que avançou pela esquerda e soltou a bomba da intermediária, acertando o travessão. Os asiáticos responderam no lance seguinte, graças à bobeada do goleiro Sergio Rochet, que afastou mal e deixou a bola nos pés do atacante Son Heung-Min. O craque sul-coreano arriscou de fora da área, à esquerda do gol uruguaio. Nos acréscimos, as equipes se abriram em busca do gol da vitória, mas pecaram no último passe e não alteraram o placar.

Copa: camaronês Embolo decide vitória da Suíça sobre seu país natal

Foto: Reuters/Carl Recine/Direitos Reservados

Foto: Reuters/Carl Recine/Direitos Reservados


No duelo que abriu a chave brasileira na Copa do Mundo do Catar, melhor para a Suíça. Nesta quinta-feira (24), os suíços derrotaram Camarões por 1 a 0 no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah, pelo Grupo G da competição.

Curiosamente, o gol da vitória europeia saiu dos pés de um atacante nascido no país adversário. Breel Embolo é natural de Yaoundé, capital camaronesa, de onde saiu aos cinco anos, com a mãe, para viver na França e, no ano seguinte, na Suíça. O jogador se naturalizou em 2014, ano em que estreou na equipe profissional do Basel, time da cidade suíça onde foi morar.


O triunfo manteve a escrita suíça de não perder na primeira rodada de uma Copa desde 1966, na Inglaterra. De lá para cá, são quatro empates e, agora, três vitórias. O país não esteve presente nos Mundiais de 1970 a 1990, 1998 e 2002. Os Leões Indomáveis (como é conhecida a seleção de Camarões), por outro lado, sofreram a oitava derrota consecutiva em um Mundial. A última vez que os africanos saíram de campo vitoriosos na competição foi há 20 anos, no Japão.

Os suíços têm o Brasil como próximo adversário, na segunda-feira (28), às 13h, no Estádio 974, em Doha. No mesmo dia, mas às 7h, Camarões encara a Sérvia, novamente no Al Janoub.

Leões dominam primeiro tempo
A bola longa foi a arma de Camarões para comandar o primeiro tempo. Os Leões Indomáveis criaram as duas melhores chances e obrigaram os suíços a terem de se arriscar e abrirem mão da paciência, principalmente nos 15 minutos que antecederam o intervalo. Os africanos finalizaram a etapa inicial com mais posse (45% a 44%), depois de ficarem a maior parte do tempo atrás na estatística.

A primeira oportunidade camaronesa foi aos nove minutos. Bryan Mbeumo recebeu do volante Martin Hongla pela esquerda, entrou na área e bateu cruzado, em cima do goleiro Yann Sommer. No rebote, quase na marca do pênalti, o também atacante Karl Toko Ekambi chutou de primeira, mas por cima. Aos 13, após outro lançamento, o atacante Eric Maxim Choupo-Moting tomou do zagueiro Manuel Akanji na intermediária e disparou pela esquerda, em direção ao gol, mas o arremate saiu fraco, na saída de Sommer.

A Suíça, por sua vez, mostrou dificuldades para chegar ao último terço do campo. Apenas aos 39 minutos é que Embolo invadir a área, pela esquerda, com a finalização travada por Jean-Charles Castelletto, que desviou pela linha de fundo. Na cobrança do escanteio pelo atacante Ruben Vargas, o também zagueiro Nico Elvedi cabeceou rente à trave direita. Foi também pelo alto e de cabeça, após mais um tiro de canto, que Akanji ficou no quase, nos acréscimos.


Gol precoce inverte cenário
Na volta do intervalo, porém, o jogo mudou. Tudo porque, já na primeira finalização em direção à meta camaronesa, os suíços abriram o placar. Aos dois minutos, o volante Remo Freuler lançou Xherdan Shaqiri na esquerda. O meia cruzou de primeira e rasteiro para Embolo, livre, concluir para as redes. Nascido em Camarões, o camisa 7 não comemorou o gol.

A mudança no placar deixou o confronto mais franco. Aos 11 minutos, Choupo-Moting escapou de Akanji pela direita e finalizou rente à linha de fundo, dentro da área, parando em Sommer. Aos 20, foi a vez de Andre Onana, goleiro camaronês, trabalhar. Em lance semelhante ao do primeiro gol, o lateral Silvan Widmer cruzou pela direita e Vargas chegou batendo na área, para boa defesa do camisa 23 dos Leões Indomáveis.

O cenário se inverteu em relação à primeira etapa. Se Camarões teve de recorrer à paciência da troca de passes, a Suíça apostou nas bolas lançadas às costas da defesa e esteve mais perto do segundo gol que os africanos do empate. Aos 36 minutos, o volante Fabian Rieder recebeu na esquerda e cruzou rasteiro. O zagueiro Nicolas N'Koulou se antecipou a Onana para cortar e quase marcou contra. Aos 43, o volante Granit Xhaka soltou a bomba da entrada da área e parou no goleiro camaronês. Nos acréscimos, o atacante Haris Seferovic ainda teve uma última oportunidade, mas o chute próximo à marca do pênalti explodiu em Castelletto.

Com gol histórico de Cristiano Ronaldo, Portugal supera Gana por 3 a 2
Contando com o brilho de Cristiano Ronaldo, Portugal superou Gana por 3 a 2, na tarde desta quinta-feira (24), e assumiu a liderança do Grupo H da Copa do Mundo, no qual Coreia do Sul e Uruguai aparecem na segunda posição após empatarem sem gols.


No estranho Estádio 974 (o número é relativo à quantidade de contêineres encaixados que formam a praça de esportes temporária e desmontável), Portugal e Gana começaram suas caminhadas diante de mais de 42 mil torcedores.

No papel, Portugal tem um timaço. Na realidade, o técnico Fernando Santos (campeão da Euro 2016 e da Liga Europa 2019) parece ainda não conseguir extrair o melhor de cada um. Por isso, tanta dificuldade em uma partida em que o time teve mais posse de bola, criou os melhores lances e viu o atacante Cristiano Ronaldo desperdiçar duas chances antes mesmo dos 15 minutos do 1º tempo, um passe no corredor central que ele não dominou corretamente e uma cabeçada para fora.

Aos 30 minutos, Cristiano Ronaldo recebeu na frente, o zagueiro de Gana desabou e o árbitro marroquino, naturalizado norte-americano, marcou empurrão. O camisa 7 ignorou o apito e ainda completou para as redes, mas o jogo estava parado.

De certa forma, a tônica do jogo mostrava Gana acuada, sem opções de saída de bola e até confortável em ficar se defendendo, garantindo o 0 a 0 (aliás, um resultado muito persistente nesta Copa).

Foto: Reuters/Carl Recine/Direitos Reservados

Foto: Reuters/Carl Recine/Direitos Reservados


No 2º tempo, Gana conseguiu se soltar. Aos 9 minutos, num contra-ataque muito rápido, Kudus arriscou rasteiro de fora da área e a bola passou rente à trave do goleiro Diogo Costa.

Aos 17 minutos, Cristiano Ronaldo se jogou na área de Gana, o árbitro marcou pênalti, mas os jogadores africanos pressionaram para que Ismail Elfath consultasse o VAR (árbitro de vídeo). O juiz deu de ombros para as reclamações e CR7 foi para a cobrança, perfeita, estufando as redes do goleiro Ati. Com este gol, o português se tornou o primeiro jogador da história ao marcar ao menos uma vez em cinco Copas diferentes.

Porém, a resposta não tardou. Aos 27 minutos, Kudus cruzou rasteiro e André Ayew, atacante do Al Saad (Catar) completou de dentro da pequena área: 1 a 1.

Aos 32 minutos, os portugueses recuperam a bola e tocaram para o garoto João Félix, atacante do Atlético de Madrid (Espanha), que foi parar diante do goleiro Ati e antes de dar um toquinho para marcar 2 a 1.

Gana perdeu totalmente a concentração. Os portugueses roubaram a bola e William Carvalho tocou na área para o reserva Rafael Leão. O atacante do Milan (Itália) apenas ajeitou o corpo e colocou a bola na chamada bochecha da rede do goleiro Ati: 3 a 1 aos 34 minutos.

Aos 43 minutos, os africanos voltaram a pressionar pela direita, aproveitando as falhas do lateral João Cancelo. Cruzamento para a área e Bukari, de cabeça, testou livre. O goleiro Diogo Costa nem se mexeu para diminuir para 3 a 2.

Para aumentar o nervosismo, o árbitro deu 9 minutos de acréscimo e o jogo ficou ainda mais faltoso. Mas o placar permaneceu sem novas alterações até o fim.

Os lusos venceram no sufoco, mas jogaram toda a pressão na segunda rodada para o Uruguai, adversário da próxima segunda-feira (28). No mesmo dia, Gana entrará em campo contra a Coreia do Sul precisando vencer a qualquer custo. O Grupo H promete fortes emoções.

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