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12/09/2022 às 21h57min - Atualizada em 12/09/2022 às 21h57min

Galáxia próxima da Via Láctea emite raios gama através de pulsares; entenda

Olhar Digital
Foto: Reprodução
Um novo estudo da Nature Astronomy divulgou que as descobertas feitas pelo Telescópio Espacial Femi Gamma, há dez anos atrás, responsáveis por identificar uma galáxia satélite, que emite raios gama, no centro da Via Láctea, é na verdade a galáxia anã elíptica de Sagitário.

Esse conglomerado que contém matéria escura e emite radiação, em um diâmetro que alcança 50.000 anos-luz, tinha sua fonte de emissão, em forma de ampulheta, incerta, até então. Conhecidas como bolhas de Fermi, esses discos de radiação são remendados com algumas subestruturas enigmáticas de emissão de raios gama muito brilhantes.

O casulo de Fermi, localizado na parte sul, é um dos mais brilhantes da galáxia. Anteriormente, acreditava-se que os raios gama eram oriundos de explosões passadas do buraco negro supermassivo presente no centro da galáxia. Para chegar a essa conclusão os pesquisadores envolvidos nas observações precisaram utilizar dados dos telescópios Fermi e Gaia.

A anã elíptica de Sagitário é passível de ser vista através das Bolhas Fermi a partir de nossa posição na Terra. Graças à sua órbita em torno de nossa galáxia e passagens anteriores através do disco galáctico, essa galáxia perdeu a maior parte de seu gás interestelar, além disso muitas de suas estrelas foram arrancadas de seu núcleo em correntes alongadas.

Hipóteses sobre a origem dos raios gama
A partir da descoberta, duas hipóteses foram levantadas sobre a emissão de raios gama, dado que a anã elíptica de Sagitário não tinha gás e nem viveiros estelares: em primeiro lugar, os cientistas consideraram que a origem da radiação seria de uma população de pulsares de milissegundos desconhecidos; ou viria de aniquilações de matéria escura.

Os pesquisadores demonstraram que o casulo de raios gama poderia ser explicado pelos pulsares de milissegundos, o que desfavoreceu a hipótese da matéria escura. Segundo os cientistas, os pulsares de milissegundos são remanescentes de certos tipos de estrelas mais massivas que o Sol, que explodem em partículas cósmicas como resultado de suas energias rotacionais extremas.

Essa conclusão mostra como essa se formam aceleradores de elétrons e pósitrons altamente energéticos e eficientes através desse processo dos raios gamas, bem como sugere que processos físicos semelhantes poderiam estar em andamento em outras galáxias satélites anãs da Via Láctea.

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