O programa de governo da candidata à Presidência pelo PSTU, Vera Lucia, tem por base o enfrentamento da desigualdade e da concentração de riquezas no país. Na avaliação da equipe de campanha da candidata, estas são as causas dos principais problemas vividos pela população.
“Nosso programa enfrenta a desigualdade e a concentração da riqueza nas mãos de poucos e é voltado a resolver problemas sentidos pelos trabalhadores e pelo povo pobre do país. Para isso, vamos retirar dos super-ricos”, resume a candidata.
De acordo com a equipe responsável pela elaboração do programa, ele tem como
“prioridade número um” garantir comida a todos.
“Enquanto o agronegócio tem safras recordes, nunca tantos brasileiros passaram fome. Isso é inaceitável porque somos um dos maiores produtores e exportadores de grãos e alimentos”, explica o coordenador político da campanha, Eduardo Almeida.
A decisão de priorizar o combate à fome tem por base dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, que atesta que, no Brasil, mais de 33 milhões de pessoas passam fome diariamente e 125,2 milhões sobrevivem “
com algum tipo de insegurança alimentar”. A solução para garant
ir “comida barata para os brasileiros” passa, segundo o programa, por uma “
reforma e revolução agrária sob controle dos trabalhadores”. O programa aponta também como prioridade garantir emprego, renda, moradia e melhoria dos serviços públicos.
Citando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Trata Brasil, o coordenador política de campanha de Vera Lucia diz que a falta de trabalho atinge 9,9 milhões de pessoas. Há ainda, segundo ele, 39,3 milhões de trabalhadores na informalidade; um déficit de 6 milhões de residências; 35 milhões de pessoas sem água tratada; e 100 milhões sem acesso à esgoto.
“Todos esses dados revelam a vida sofrida do povo trabalhador que produz a riqueza do nosso país, mas vive à margem dela. Essa riqueza é usurpada por um punhado de empresários, banqueiros e latifundiários que vivem de maneira luxuosa”, argumenta Almeida.
O programa prevê também “respeito aos povos indígenas e quilombolas, demarcando todas as terras e valorizando suas culturas”; além do combate à opressão e à
“violência machista, racista e LGBTfóbica”. “Somos o quinto país do mundo no ranking de violência às mulheres e o número um em assassinatos de LGBTs. Impera uma política de genocídio do povo negro, em especial da juventude, além de perseguição e violência aos povos indígenas e quilombolas”, justifica o coordenador, ao defender a preservação do meio ambiente “
contra a catástrofe ambiental criada pelo capitalismo”. O programa Em termos gerais, o programa destaca inicialmente a situação interna do país e, no âmbito externo, sua submissão ao que é imposto por países ricos. Em seguida, defende os trabalhadores como protagonistas para a condução das políticas no Brasil.
Na sequência, apresenta o socialismo como caminho oposto “
à barbárie promovida pelo capitalismo”. O programa então aponta como saída para os pequenos empresários o perdão das dívidas bancárias de micro e pequenas empresas e o apoio técnico e de crédito.
Sofia Manzano propõe descriminalização das drogas
A candidata do PCB à presidência da República, Sofia Manzano, apresentou hoje (8) suas propostas de governo para a segurança pública. Entre as medidas, publicadas nas redes sociais, está a descriminalização das drogas e fim da política de guerra as drogas, e a legalização da maconha no curto prazo.
A candidata ainda propõe a desmilitarização completa da segurança pública e a unificação das polícias. As bases curriculares para a formação da polícia, segundo ela, deverão ser reestruturadas a partir de uma lógica democrática.
Manzano também defende a revogação completa da Lei Antiterrorista que, de acordo com ela, visa a criminalização dos movimentos sociais; e a adoção das 16 medidas contra o encarceramento em massa do Instituto Brasil de Ciências Criminais (IBCCRIM).
Nessa quinta-feira (8), a agenda da candidata do PCB previa entrevista para Agência Estado/Estadão; caminhada pelo centro de São Paulo; participação em ato em solidariedade a Paulo Galo, ativista preso por ter incendiado a estátua do bandeirante Borba Gato; e entrevista ao Grupo MPF de rádio web do Rio Grande do Sul.