AtaNews Publicidade 728x90
19/08/2022 às 17h53min - Atualizada em 19/08/2022 às 17h53min

Candidato à Presidência Ciro Gomes defende reindustrialização nacional

Ele visitou a antiga Companhia Brasileira de Materiais Ferroviários

Agência Brasil
Foto: Keiny Andrade/Direitos reservados
O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, esteve hoje (19) em Osasco (SP), onde conversou com funcionários de três das empresas que funcionam no antigo terreno da Companhia Brasileira de Materiais Ferroviários (Cobrasma). O local foi simbolicamente escolhido para destacar uma das propostas do ex-governador do Ceará: a necessidade de estabelecer um novo pacto entre governos, empresários e trabalhadores para reindustrializar o país.

“Escolhi este lugar porque ele é simbólico do problema do Brasil. Aqui, funcionava uma grande empresa brasileira que, no auge, empregava 12 mil pessoas. Hoje, vocês são ao redor de 600 pessoas”, comentou Ciro Gomes ao discursar a empregados da Comercial Brasileira de Ferro e Aço (CBFA), uma das companhias que funcionam em parte do enorme terreno pertencente à antiga Cobrasma.

Inaugurada em 1944, a Cobrasma foi a primeira fabricante de equipamentos ferroviários em aço do Brasil. Depois, passou a produzir peças para a indústria automobilística e Petrobras e chegou a ser qualificada para fabricar equipamentos para produção de energia nuclear. Em 1998, encerrou as atividades. Dados da própria Cobrasma indicam que o número máximo de empregados, 6.833, foi registrado em 1964, a partir de quando começou a decair.

“Pessoas perderam a oportunidade de defender suas famílias com salários decentes, previdência, aposentadoria, somando-se [aos atuais] quase 10 milhões de brasileiros que estão desempregados e a outros 5 milhões de desalentados que desistiram de procurar emprego”, acrescentou o candidato, referindo-se a dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o candidato, que defende que a política industrial deve ser o centro de qualquer projeto de desenvolvimento nacional, a campanha eleitoral é o momento de os candidatos apresentarem soluções para os problemas que o país enfrenta, como a má qualidade da educação e o baixo crescimento econômico.

“Uma campanha não deve ser uma troca de insultos, uma briga, mas sim uma ocasião para que cada candidato apresente um diagnóstico sobre o que está acontecendo com o Brasil. Sobre porque há tanta gente desempregada. Por que o salário-mínimo tem, hoje, o pior poder de compra dos últimos 20 anos e por que a inflação voltou pesada nos alimentos? Por que a educação do filho do trabalhador não prepara para a disputa cada vez mais difícil da vaga de trabalho moderna. A ocasião política é esta.”

No ABC Paulista, Simone Tebet fala em geração de emprego


A candidata do MDB à Presidência da República Simone Tebet disse nesta sexta-feira (19) que, se eleita para o cargo, a geração de emprego será uma obsessão “para garantir ao cidadão dinheiro no bolso e dignidade”. A candidata fez caminhada na manhã de hoje pelas ruas da cidade de Diadema e participou de um almoço em Santo André, ambas no ABC Paulista.

Ela defendeu investimentos no setor industrial para gerar empregos, além de uma reforma tributária. Na avaliação de Simone Tebet, a medida trará segurança jurídica e estabilidade. “Estamos prontos pra fazer, nos seis primeiros meses de governo, a reforma tributária que vai desburocratizar, que vai simplificar, que vai tirar imposto da pessoa jurídica, que vai aumentar a produtividade e a competitividade do setor empresarial. Com isso, ele [setor empresarial] abre mais portas, contrata mais gente, e nós garantimos os empregos diretos e indiretos que hoje estão faltando para as pessoas”, defendeu.

Já quando o assunto é a reforma trabalhista, a candidata tem outra opinião. “Nós não precisamos de nova reforma trabalhista, nós precisamos avançar nas lacunas que ficaram pra trás. Por exemplo, nesses últimos cinco anos, desde a reforma, avançou a questão da uberização e dos quase 5 milhões de trabalhadores que vivem de aplicativos e que não tem nenhuma segurança, nem segurança previdenciária no futuro e muito menos um colchão de garantia para um momento em que ele passa uma necessidade, um acidente, que ele fique um, dois, três meses desempregado e ele não tem seguro desemprego”, destacou acrescentando que esses pontos precisam ser aperfeiçoados.

Ao lembrar que o Brasil tem pelo menos 20% dos trabalhadores que são subutilizados, Simone prometeu investimentos em qualificação profissional para inserir essa população de forma integral no mercado de trabalho, de modo que ela possa ser ocupada na sua plenitude e ganhar melhores salários e ter melhor renda.

Sobre como diminuir as desigualdades no país, Ela disse que é preciso “parar de enxugar gelo” e garantir transferência de renda permanente para quem mais precisa. A candidata disse que se vencer a corrida presidencial, o Auxílio-Brasil “permanecerá com condicionantes”. Além disso defendeu vacina no braço e crianças na escola, para proteger famílias economicamente vulneráveis.

Durante a tarde de hoje Simone Tebet faz caminhada pela região central de Santo André e faz uma visita ao Fundo Social de Solidariedade na cidade.

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »