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04/05/2022 às 13h49min - Atualizada em 04/05/2022 às 13h49min

Eleições 2022: pesquisas podem ser realizadas por diversos métodos

Assessoria de imprensa, Luiz Affonso
Ascom/TSE

No dia 2 de outubro deste ano, os brasileiros irão às urnas para eleger o presidente da República, os governadores e os deputados estaduais e federais. Uma ferramenta que pode auxiliar na escolha dos candidatos é a pesquisa eleitoral, mas, para isso, é necessário saber identificar o que é esse tipo de levantamento, como é realizado e como interpretar os dados coletados. 

 

Cientistas políticos alertam que, no momento em que a sociedade vive uma proliferação de fake news, ter acesso às informações corretas garante mais discernimento e conscientização para o voto. Nesse sentido, a primeira orientação é que os eleitores entendam o que é uma pesquisa eleitoral oficial. 

 

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), esse tipo de estudo tem caráter científico, portanto é um instrumento legítimo para informar o cidadão. Antes de uma pesquisa para presidente ser divulgada, ela deve ser registrada na Justiça Eleitoral e seguir todas as regras determinadas pela Lei das Eleições (Lei n.º 9.504/1997) e pela Resolução n.º 23.600/2019 do TSE. 

 

Dentre as regras estão a obrigatoriedade de informar quem solicita o estudo, quem é o estatístico responsável pela coleta e a análise de dados, qual a metodologia usada, o número de pessoas ouvidas e a margem de erro. 

 

A pesquisa eleitoral é diferente das enquetes, que são ferramentas para a interação de usuários inseridas em sites e redes sociais, sem rigor científico.  

 

No site do TSE, é possível consultar quais são as pesquisas oficiais sobre as eleições de 2022, a partir da verificação dos registros feitos junto ao órgão. 

 

Metodologia  

Uma pesquisa eleitoral pode ser elaborada por diferentes métodos. Conhecê-los é importante para que os eleitores possam diferenciar os estudos verídicos das fake news. O Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD) elenca três métodos para sua elaboração: a entrevista presencial, o contato por telefone e a coleta de dados pela internet. 

 

Ainda segundo o IBPAD, a entrevista presencial pode ser domiciliar, quando a equipe de pesquisa vai à casa do entrevistado, ou feita em pontos de fluxo, quando os entrevistadores se posicionam em locais de maior movimentação para abordar as pessoas e convidá-las a participar do estudo. 

A pesquisa por telefone usa uma lista de números válidos que são discados de forma aleatória. Ela pode ser conduzida por um pesquisador ou uma gravação que orienta o ouvinte a apertar o número correspondente ao candidato de sua preferência. 

 

A coleta de dados on-line também é um método para a elaboração de pesquisa eleitoral. No entanto, segundo o Instituto, ela ainda apresenta limitações no Brasil, considerando que algumas áreas não têm acesso à internet. 

 

Interpretação dos dados 

Para interpretar os dados de uma pesquisa eleitoral, o leitor precisa estar atento às informações complementares do estudo, como "quando" e "onde" o levantamento foi realizado e qual a margem de erro. 

 

Dessa forma, é possível analisar em qual momento um candidato conquistou determinada porcentagem de intenção de votos de eleitores de uma região. O percentual pode variar para mais ou para menos, conforme a margem de erro da pesquisa. 

 

Os levantamentos estatísticos são feitos a partir de uma amostra e, por isso, sempre possuem margem de erro, que é o termo usado para expressar a quantidade de erro amostral aleatório nos resultados.

 

Na prática, para a realização de uma pesquisa para presidente não é possível entrevistar cada um dos eleitores brasileiros. Por isso, apenas uma parcela é ouvida, o que corresponde à amostra da pesquisa. 

 

A partir dos estudos de estatística, é possível fazer com que a amostra represente o comportamento do universo total de eleitores, mas é preciso considerar que essa conversão apresenta uma imprecisão, que é chamada margem de erro. 

 

Por isso, ao interpretar os dados de uma pesquisa eleitoral, é necessário que o eleitor analise, também, essa informação.


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