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17/02/2022 às 16h52min - Atualizada em 17/02/2022 às 16h52min

Prefeitura de Petrópolis cria conta oficial para doações em dinheiro

Ginásio da Universidade Católica de Petrópolis também recebe donativos

Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A prefeitura de Petrópolis anunciou a criação de uma conta bancária para recebimento de doações às vítimas das fortes chuvas que afetam a cidade desde a última terça-feira (15). Até o momento, as autoridades contabilizam mais de 100 mortes e 134 desaparecidos com a tragédia. 

Os recursos arrecadados serão utilizados para a compra de mantimentos, roupas, cestas básicas, materiais de higiene pessoal e outros itens de necessidade. A prefeitura reforça que só receberá doações em dinheiro por essa conta e pede que os brasileiros tenham cuidado para não caírem em golpes aplicados por pessoas em nome da prefeitura. 

Para quem quiser colaborar com dinheiro, a conta, no Banco do Brasil, é: PMP Petropolis - S O S 2022, agência 0080, conta 96011-X, CNPJ 29.138.344/0001-43. Para fazer um PIX, a chave é o CNPJ.

A prefeitura da cidade também está recebendo doações no ginásio da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), no Bingen. Equipes da prefeitura e voluntários estão atuando no local e recebendo itens de higiene pessoal, limpeza, brinquedos, alimentação, colchões, kit dormitório, entre outros. O ginásio da Universidade Católica de Petrópolis fica localizado na Rua Ministro Lúcio Meira, a poucos metros do pórtico do Bingen, na entrada da cidade.

Doações 
Na última  terça-feira (15) uma tempestade causou destruição em diversas localidades, com transbordamento de rios, deslizamentos de encostas e alagamentos. Mais de 100 pessoas morreram em decorrência da tragédia que afetou a cidade da região serrana do Rio de Janeiro.  

Desde o desastre, além da prefeitura, diversas entidades vêm anunciando canais para ajudar a população atingida. 

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) criou a campanha Firjan SESI Solidariedade – SOS Petrópolis com o objetivo de atender a população e empresas vítimas da tragédia no município. 

As contribuições podem ser feitas através da seguinte conta: Firjan SESI Solidariedade, do Banco do Brasil, pela agência: 3309-X, conta: 6641-9, CNPJ: 03.851.171/0001-12  -  SESI, chave PIX: [email protected]

Segundo a entidade, o recurso será utilizado para a compra de itens que estão sendo demandados diretamente por autoridades locais, garantindo atendimento às necessidades específicas emergenciais.

As empresas que queiram contribuir e precisem de termos jurídicos específicos podem entrar em contato através dos seguintes canais: (21) 9 9925-0363 (WhatsApp) / [email protected]. Esses canais também podem ser acionados por empresas que desejem doar materiais diversos.

Capital
No município do Rio de Janeiro, o MetrôRio, em parceria com o governo estadual, recebe donativos nas estações Pavuna, Central, Carioca, Largo do Machado e Jardim Oceânico para apoiar a campanha de arrecadação, promovida pela Secretaria de Estado de Transportes. Entre os itens solicitados estão água mineral, roupas e material de higiene e de limpeza. 

Para contribuir, basta depositar as doações na caixa localizada próximo à sala da segurança e identificada com o nome da campanha, em cada uma das estações participantes. A campanha vai até a próxima quinta-feira (24). Os donativos serão entregues à Secretaria de Transportes para o encaminhamento às famílias de Petrópolis.

Também no Rio, escolas particulares se mobilizam para ajudar vítimas da tragédia de Petrópolis.

Os centros de ensino estão arrecadando material de higiene pessoal e limpeza, máscaras e álcool em gel. As doações devem ser feitas nas próprias escolas. Cada unidade tem um horário específico de funcionamento e um prazo para o recebimento dos itens. 

Confira os pontos de coleta:  

 Colégio Ao Cubo - 

•   Rua Professor Gabizo, 334 · Tijuca. Tel.: (21) 2575-5537

•   R. Bambina, 126 - Botafogo. Tel.: (21) 2537-0434

•   Av. Rodolfo Amoedo, 333 - Barra da Tijuca. Tel.: (21) 3993-2230


Colégio Matriz Educação

•   Bangu - Rua Agrícola, 318

•   Campo Grande - Rua Professor Gonçalves, 41

•   Duque de Caxias - Rua Marcílio Dias, 113 – Jardim 25 de Agosto

•   Nova Iguaçu - Rua Humberto Gentil Baroni, 189

•   Rocha Miranda - Rua dos Topázios, 375

•   São João de Meriti - Rua Coronel Henrique da Fonseca, 228

•   Taquara - Rua Padre Ventura, 200


Escola Sunny Days 

•   R. Lopes da Cruz, 176 - Méier. Tel.: (21) 97452-7104

Escola Bom Tempo

•   R. Barão de Lucena, 103 - Botafogo. Tel.: (21) 2239-2449

Petrópolis: cemitério improvisa covas para receber vítimas da chuva

Um mutirão foi montado no Cemitério Municipal de Petrópolis para receber as mais de 100 vítimas da chuva. Na parte alta, onde antes havia um capinzal, vários homens ajeitam o terreno e cavam às pressas novas covas na terra. O movimento no local, que pela manhã era tranquilo, foi se intensificando a partir da tarde desta quinta-feira (17), com um sepultamento ocorrendo atrás do outro.

Por causa do local íngreme onde estão sendo cavadas as novas sepulturas, os caixões têm que ser levados nos ombros por familiares e amigos das vítimas. Segundo um funcionário do local, só hoje foram abertas 24 covas.

Uma das vítimas enterrada hoje foi Zilmar Ramos, que morreu dentro de um ônibus tragado pela força das águas na tarde de terça-feira (15), segundo conta a filha, Vitória Ramos Alves.

Pelo menos 24 covas foram abertas hoje - Foto: Tomaz Silva

Pelo menos 24 covas foram abertas hoje - Foto: Tomaz Silva


“Ela estava indo buscar a minha irmã, com desespero de não saber [notícias]. Foi a última vez que a gente conseguiu falar com ela. Não deu tempo de sair, quando o ônibus caiu. Ela era uma força da natureza. Ninguém parava ela. Ela abraçava e defendia todos”.

Vítima do desabamento causado pelas fortes chuvas, Débora Linstenberg, 22 anos, morreu ao lado dos dois filhos pequenos, Gustavo, 5 anos, e Heloise, 2 anos e meio. Os três foram sepultados juntos.

“Ela estava em casa com as crianças quando veio a chuva. Infelizmente não teve como socorrer eles. É uma dor que não tem palavras, perder nossos entes, nossas criancinhas. É muito triste. Só Jesus”, relatou Gerson da Silva Souza, que era cunhado de Débora.

Além das mais de 100 mortes registradas pelas autoridades locais, a Polícia Civil contabiliza ainda 134 pessoas desaparecidas na cidade. 

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