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06/02/2022 às 13h52min - Atualizada em 06/02/2022 às 13h52min

Diabetes: pâncreas artificial chega ao país; saiba como funciona

TecMundo
Foto: Unplash
Nesta semana, uma curitibana foi a primeira brasileira a receber um implante de pâncreas artificial. Larissa Strapasson, de 30 anos, tem diabetes do tipo 1 e o aparelho é capaz de liberar insulina automaticamente para controlar os índices de açúcar no sangue.

A tecnologia já conta com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pode custar até R$ 24 mil. Ainda não está disponível pelo SUS, mas a Associação Diabetes Brasil deve pedir para o Ministério da Saúde a liberação do acesso gratuito ao tratamento.

O pâncreas artificial tem um reservatório onde armazena as doses de insulina e fica conectado, via bluetooth, a um sensor que acompanha a glicemia do paciente.

O pâncreas aritficial conta com um sensor em tempo real de glicemia e um dispositivo responsável por controlar a liberação dosada de insulina (Fonte: NIH/Reprodução)

O pâncreas aritficial conta com um sensor em tempo real de glicemia e um dispositivo responsável por controlar a liberação dosada de insulina (Fonte: NIH/Reprodução)


Durante episódios de desregulação glicêmica, quando os níveis de açúcar no sangue estão muito baixos ou altos, o dispositivo libera automaticamente o hormônio para um pequeno componente embaixo da pele da pessoa.

Esse segundo item faz, então, a dosagem da substância. "Eu acho que representa um marco inicial no tratamento do diabetes tipo 1. Estou muito feliz por ter essa oportunidade de usar", diz Larissa ao portal G1.

O equipamento é completamente autônomo. O acompanhamento dos níveis de açúcar são feitos regularmente e as doses de insulina necessárias são calculadas pelo próprio dispositivo, simulando o papel que pâncreas tem no nosso organismo.

Além disso, as informações em tempo real podem ser acompanhadas por um aplicativo de celular e até mesmo compartilhada com os médicos e os familiares.

Diabetes
Diabetes mellitus é uma condição crônica caracterizada pela deficiência na produção do hormônio insulina. Essa substância é responsável pelo transporte de açúcar no sangue, e sua falta provoca desregulação desse nutriente.

A diabetes pode estar presente desde o nascimento (tipo 1) ou surgir ao longo da vida, principalmente como consequência de maus hábitos alimentares e falta de atividade física (tipo 2). Todos os pacientes do tipo 1 e alguns do tipo 2 tem necessidade da aplicação diária de doses de insulina.

Se não for tratada, a diabetes pode levar à complicações como doenças cardiovasculares, degeneração dos nervos e da visão, surdez, depressão, susceptibilidade à infecções, problemas de circulação sanguínea e na cicatrização de feridas e até à necroses de membros inteiros.

Qualidade de vida
O pâncreas artificial garante uma grande melhoria na qualidade de vida dos portadores de diabetes. Ele garante que os níveis de insulina desses pacientes estejam dentro da faixa recomendada durante períodos maiores de tempo.

Para quem convive com a doença, essa estabilidade pode ser um alívio extra. É que essas pessoas têm que viver monitorando os níveis de açúcar no sangue constantemente. Até mesmo no meio de uma noite de sono pode ser necessário receber uma dose de insulina.

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