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07/01/2022 às 13h02min - Atualizada em 07/01/2022 às 13h02min

DORES NO CORPO: PONTOS GATILHOS OU FIBROMIALGIA?

Assessoria de imprensa, Guilherme Silva
Imagem/Divulgação
   Muitos brasileiros sofrem com dores pelo corpo e podem confundir pontos sensíveis em músculos com a fibromialgia. Os triggers points (pontos gatilhos), são, em sua maioria, causados por um estresse mecânico localizado, como o uso repetitivo, uma má postura crônica ou um esporte de maior impacto. A fibromialgia, entretanto, é relacionada à uma alteração neuroquímica que aumenta a percepção dolorosa e provoca dores difusas, até em locais de pouco uso. 

   A fibromialgia ainda é desconhecida pela maioria da população, sendo uma doença com dor intensa e sintomas sistêmicos, como fadiga, alteração de memória e concentração, formigamentos/dormências, alterações no sono e no humor. Os dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) apontam que a fibromialgia afeta entre 2% e 3% da população. O mais comum é a ocorrência entre mulheres de 30 a 55 anos, e, na maioria dos casos, acontece concomitantemente com um quadro de ansiedade e depressão.

   Em relação aos pontos gatilhos, o desconhecimento sobre os fatores causadores, podem agravar os sintomas. Má postura e movimentos incorretos provocam estresse nos músculos e articulações, acarretando o aparecimento de pontos dolorosos no músculo. Os locais mais frequentes são músculos do pescoço, da cabeça, ombros e face. Quando esses pontos são pressionados, desencadeiam uma dor importante em todo o músculo acometido, podendo ser confundido com emergências médicas.

   Ambas as patologias não são detectadas em exames laboratoriais e, na maioria das vezes, não causa transformação externa, mas o diagnóstico deve ser realizado com uma boa anamnese, exame físico e entendimento sobre o paciente.

    O reumatologista é o especialista para identificar a fibromialgia com a avaliação da sensibilidade em áreas específicas dos músculos, conhecidas como pontos de dor. A doença é uma condição crônica e, embora não exista cura, não é progressiva e os sintomas podem ser controlados. Em geral, o tratamento é feito com o uso de medicamentos incluindo antidepressivos que aumentam a quantidade de neurotransmissores para redução da dor; a prática da atividade física, aliada importante no controle da doença e terapia cognitivo-comportamental. Para os triggers points uma avaliação conjunta com o ortopedista e fisioterapeuta são muito importantes para o diagnóstico e terapêutica.

    O cuidado é multidisciplinar combinando abordagens não farmacológicas com terapias medicamentosas de curto e longo prazo para benefícios mais duradouros. É importante a disseminação cada vez maior de informações sobre as patologias para gerar maior conhecimento e atenção sobre os sinais que, muitas vezes levam a um comportamento depressivo e ao isolamento social. Procure um reumatologista para ajudar você!

** Mariana Peixoto - presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia
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