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09/07/2021 às 14h13min - Atualizada em 09/07/2021 às 14h13min

Estados diminuem intervalo entre doses da AstraZeneca em manobra contra variante Delta

Trata-se de uma tentativa de conter a disseminação da variante Delta; Apenas após a aplicação das duas doses a AstraZeneca protege contra essa cepa

Yahoo Notícias
Intervalo entre aplicação das doses da vacina AstraZeneca foram reduzidos em alguns estados - Foto: Getty Images
Diversos estados brasileiros passaram a adotar nos últimos dias um intervalo menor entre as aplicações das doses da vacina AstraZeneca contra a Covid-19. Trata-se de uma manobra para tentar conter a disseminação da variante Delta.

O Ministério da Saúde recomenda 12 semanas de espaçamento entre a primeira e a segunda dose, protocolo que vinha sendo adotado por todo o país desde o início da vacinação.

A própria AstraZeneca aponta que o intervalo deve ser de quatro a 12 semanas. O Brasil vinha adotando o maior período possível para que um maior número de pessoas pudesse receber ao menos a primeira dose, uma vez que ela garante cerca de 76% de imunidade após 21 dias da aplicação.

Estudos recentes apontaram, porém, que apenas após a aplicação completa da vacina – ou seja, com ambas as doses – o indivíduo está protegido contra a variante Delta. Por isso, ao menos cinco estados brasileiros decidiram alterar o protocolo e reduzir o intervalos.

Apenas após aplicação de duas doses a vacina AstraZeneca protege contra a variante Delta - Foto: Getty Images

Apenas após aplicação de duas doses a vacina AstraZeneca protege contra a variante Delta - Foto: Getty Images


Os estados que promoveram essa mudança e o período do novo protocolo para AstraZeneca são:

Espírito Santo (70 dias)

Piauí (70 dias)

Ceará (60 dias)

Pernambuco (60 dias)

Acre (45 dias)


Além deles, Alagoas e Sergipe fizeram alterações pontuais. Já São Paulo também manifestou o interesse de reduzir o intervalo, mas vai aguardar um posicionamento da Anvisa.

A variante Delta
A variante Delta, detectada na Índia em 2020 e identificada também como B.1.617.2, preocupa por sua possível maior transmissibilidade. No Brasil, ela ainda está longe das variantes mais detectadas: a Gama (P.1) já foi confirmada em 6.838 amostras em todas as unidades federativas, segundo o boletim do ministério; e a Alfa (B.1.1.7), em 169 casos distribuídos em 14 unidades federativas.

Em alguns países de Europa e da Ásia, porém, a Delta é predominante e já motiva o endurecimento de medidas restritivas, mesmo em países com alto percentual da vacinação, como Israel, ou que conseguiram controlar bem a pandemia na maior parte do tempo, como a Austrália.

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