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11/02/2021 às 15h10min - Atualizada em 11/02/2021 às 15h10min

Por que os brasileiros não gostam de falar sobre a sua situação financeira

Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
O estresse financeiro é capaz de afetar a nossa maneira de enxergar o trabalho que fazemos, o nosso valor como pessoas e a qualidade de nossas relações com nossos amigos, familiares e cônjuge.
 
Quando não conseguimos fazer as contas do mês fecharem, acumulamos dívidas ou somos obrigados a parcelar a fatura do cartão de crédito - sendo que essa não era a nossa proposta -, somos tomados por um sentimento de profunda insatisfação.
 
Há os que sentem que estão perdendo o controle da vida; da mesma forma, há os que acreditam que estão ganhando pouco e que isso pode ser um reflexo de seu desempenho profissional. Em ambos os casos, sentimos que estamos aquém das nossas expectativas e podemos ficar deprimidos, ansiosos, etc.
 
Por um lado, talvez ajude saber que não estamos sós: os brasileiros não estão acostumados a poupar dinheiro, tampouco têm acesso à educação financeira nos primeiros anos de vida, o que seria fundamental para criar uma mentalidade mais econômica, voltada para a obtenção de metas e para o bem-estar.
 
Isso é um grande problema: fomos ensinados que falar sobre dinheiro e sobre a necessidade de estar atento às finanças é algo que privado. Não discutimos salários, possibilidades de economia, investimentos, previdência privada.
 
O resultado disso é que, quando nos inserimos no mercado de trabalho e começamos a ganhar nosso dinheiro, às vezes não sabemos lidar com ele. Com o passar dos anos, se nada for feito, podemos contrair dívidas difíceis de zerar e prejudicar a nossa qualidade de vida.
 
Como melhorar isso? Daremos algumas dicas a seguir.
 

Saúde financeira: o que fazer para melhorar?

Primeiro, é preciso saber exatamente quais são os gastos esperados para o seu mês. Em uma folha, anote os gastos frequentes - aluguel, água, luz, internet.

Se há variação nos preços de água e luz, faça uma média dos valores e utilize-a como referência.
 
Ao identificar o valor que você costuma gastar para manter a sua vida “funcionando”, digamos assim, subtraia-o do seu salário. O dinheiro que restar não deve ser visto como sobra, mas como um investimento: como você pode fazer com que esse valor trabalhe para você?
 
Pense no que é importante e no que pode ser deixado para depois. Um passeio ao final de semana com a família é interessante, sem sombra de dúvidas, e você não precisa abrir mão dele. O que você pode pensar é: como tornar esse passeio igualmente agradável, mas menos oneroso financeiramente?
 
Da mesma forma, avalie os gastos que você teve nos últimos meses: se não consegue lembrar com o que gastou dinheiro, vale tirar um extrato completo e, então, verificar quais são os estabelecimentos que se repetem e os valores deixados em cada um deles.
 
Não é incomum que nos surpreendamos imensamente com a quantidade de dinheiro gasto com supérfluos. Esse choque é bom, na verdade, pois permite que comecemos a olhar para os nossos hábitos com olhos mais atentos e, por consequência, consigamos corrigir a normalização da autoindulgência.
 
Essa é uma palavra importante, aliás. Autoindulgência é quando cultivamos a tendência de relevar os nossos erros ou criamos desculpas para determinados comportamentos. Um exemplo? Gastar dinheiro com uma roupa nova, cara, quando você não precisa de roupas novas, apenas porque você tem a noção de que merece.
 
E não entenda mal, você merece. Mas a pergunta é: você precisa?
 

Dicas para manter as finanças em dia

Além de estar atento aos gastos diários, que costumam pesar no final do mês, você pode alterar alguns comportamentos nocivos à saúde financeira.
 
Se você costuma parcelar as suas compras, tente começar a pagar à vista. Além de não contrair outra dívida, que pode causar dor de cabeça no futuro, você começará a comprar com o dinheiro que efetivamente tem, e não com o dinheiro que tem a impressão de ter.
 
O cartão de crédito pode ser um grande aliado, mas ele também aumenta a noção de que o nosso poder de compra é ilimitado. Se você passa a comprar à vista, entende melhor o valor do seu dinheiro e a importância de gastar com mais parcimônia.
 
Além disso, baixe um aplicativo de monitoramento de finanças. Alguns deles rastreiam a origem das suas compras, mostram médias de valores gastos com determinadas áreas e até emitem alertas quando você gasta além do planejado.
 
Por fim, invista em planejamento: qual é o seu objetivo para o futuro? Como você deseja chegar lá e quanto dinheiro precisa ter para isso? Com as suas percepções mais evidentes, fica muito mais fácil criar um caminho de sucesso.

 
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