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03/08/2020 às 16h10min - Atualizada em 03/08/2020 às 16h10min

PF aponta novo esquema criminoso de Fernando Collor

Investigação envolve possível cometimento de peculato e lavagem de dinheiro

Assessoria de Imprensa
A Polícia Federal apontou que o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PROS-AL) desviou para empresas próprias patrocínios obtidos pela Petrobras e pela Caixa Econômica Federal. A PF aponta os crimes de peculato (desvio de recursos por agente público) e lavagem de dinheiro.

Foram assinados contratos de R$ 2,55 milhões entre o Instituto Arnon de Mello de Liberdade Econômica (nome do pai do ex-presidente) e as estatais com inexigibilidade de licitação para desenvolver projetos culturais entre 2010 e 2016.

À época, Collor era filiado ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), partido de base dos governos federais Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Collor indicou nomes para dirigir as empresas.

O relatório da PF afirma que o dinheiro das parcerias foi carreado para empresas privadas do ex-presidente, como é o caso da TV Gazeta de Alagoas, que tem pessoas físicas ligadas a Collor, inclusive um ex-assessor.

O Instituo Arnon de Mello é uma entidade sem fins lucrativos, e faz parte da Organização Arnon de Mello, que, por sua vez, abriga o grupo de comunicação que tem Fernando Collor como sócio.

R$ 2,3 milhões dos recursos repassados pelas estatais tiveram origem na Petrobras de 2010 a 2015, tendo sito utilizados em projetos como "Os Reflexos da Descoberta do Pré-Sal no Desenvolvimento do Nordeste Brasileiro", seminário que custou R$ 900 mil e teve como um de seus palestrantes o próprio Fernando Collor.

A Caixa transferiu R$ 250 mil ao instituto em 2013 para o projeto "Alagoas Popular Folguedo e Danças da Nossa Gente". A Braskem, petroquímica ligada à Odebrecht, empresa investigada pela Lava Jato, também realizou repasses.

Fernando Collor nega qualquer envolvimento no esquema corrupto.
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