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15/07/2019 às 10h08min - Atualizada em 15/07/2019 às 10h08min

Dia Nacional do Homem: vamos incentiva-los a cuidarem mais da saúde?

Dra. Paula França Müller
Assessoria de Imprensa
Dra. Paula França Müller. ( Foto: Fernanda Pomini Luptowicz)
É ainda um avanço tímido, mas o homem está cada vez mais se preocupando com a própria saúde. Embora significativo, precisamos conscientizar a população masculina da importância da prevenção e da necessidade do cuidado. Por isso escolhi esse tema para celebrar o Dia Nacional do Homem, comemorado em 15 de julho. No dia que nos referimos à mulher, em março, há uma série de celebrações, palestras, comemorações, festas! Com o homem, também devemos nos preocupar. E a saúde masculina é o assunto da vez.
 
Só para se ter uma ideia da importância desse assunto, o Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo fez um levantamento que mostra que 70% das pessoas do sexo masculino só procuram um consultório médico depois de incentivados pela mulher ou pelos filhos. Além disso, mais da metade dos pacientes homens adiam a ida ao médico. E, quando vão, já chegam aos consultórios com doenças em estágios avançados. A partir daí entendemos porque os homens, em média, vivem 7,2 anos a menos que as mulheres.
 
Deu para perceber porque é importante conscientizar a população masculina sobre a necessidade da prevenção? Sabemos que, no geral, as doenças não escolhem gênero, raça ou classe social. Entretanto, algumas delas costumam atingir os homens com mais frequência. São elas o infarto do miocárdio, o acidente vascular cerebral (AVC), a depressão, o câncer de pulmão e o câncer de próstata. Diante disso, é possível definir estratégias preventivas: exercício físico, alimentação balanceada, atividades que diminuem o estresse, diminuição do fumo e exames periódicos. É difícil? Não!
 
Por que, então, os homens têm tanta resistência a procurar um médico? Talvez seja uma questão cultural. Todavia, já é possível perceber que, ao menos esteticamente, a população masculina está se dedicando a um cuidado médico maior. Pesquisa da Euromonitor International aponta que 45% dos entrevistados são vaidosos com a aparência, 54% tratam dos cabelos em locais especializados, tipo barbearias, e 40% visitam com regularidade os dermatologistas. Desde 2017, segundo a Google BrandLab, houve um crescimento de 44% na visualização de vídeos sobre estética masculina. É um bom termômetro, não?
 
Seja na questão medicinal relacionada a doenças ou acerca da própria estética, o homem precisa, sim, se dedicar mais ao cuidado com a saúde. Não é brincadeira. É necessidade mesmo! Somente assim será possível reverter os números da expectativa de vida masculina, menor que a das mulheres. Não queremos que elas tenham uma vida mais longa que eles e, por isso, tenham uma tendência maior a serem viúvas. Ao contrário, desejamos que eles vivam mais e melhor, para que possam fazer companhia às suas esposas por mais tempo! É pedir muito?
 
Paula França Müller

Médica em Londrina, formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) especialista em saúde da família e pós-graduanda em dermatologia pelo Instituto Superior de Medicina (ISMD), de São Paulo. Hoje atua como médica do Programa Saúde da Família na unidade básica de saúde do Jardim Santo Amaro, em Cambé, além de clinicar e integrar o corpo de professores da Pontifícia Universidade Católica (PUC), campus Londrina.
 

 
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