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01/07/2019 às 09h53min - Atualizada em 01/07/2019 às 09h53min

Centenas vão às ruas em defesa de Sérgio Moro e da Operação Lava Jato

Em Brasília, boneco de super-homem representa ministro da Justiça. Entre os pixulecos, Lula, Gilmar Mendes e José Dirceu.

Huff Post
Foto: Divulgação
Centenas de defensores do ex-juiz Sérgio Moro e da Operação Lava Jato foram às ruas neste domingo (30) em atos convocados pelo MBL (Movimento Brasil Livre) e pelo Vem Pra Rua — movimentos protagonistas nos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2015 e 2016. As manifestações foram uma resposta à divulgação de conversas comprometedoras entre Moro e procuradores membros da Lava Jato, pelo site The Intercept Brasil, e à retomada do julgamento de pedido de liberdade de Lula no STF (Supremo Tribunal Federal).

Além do apoio a Moro, os manifestantes são favoráveis ao pacote anticrime do ministro da Justiça e à reforma da Previdência. Segundo o G1, os atos ocorreram em cerca de 90 cidades em todos os estados.

No entanto, divisões internas marcaram o dia. Tanto MBL quanto Vem Pra Rua não têm dado apoio explícito ao governo de Jair Bolsonaro. Essa cisão levou a tensões em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Um grupo do Direita São Paulo fez coro contra o MBL na Avenida Paulista. Segundo o Estadão, a Polícia Militar de São Paulo teria evitado uma “briga generalizada” entre os dois grupos. No capital fluminense, o MBL também foi alvo de ofensas de integrantes do Direita Rio de Janeiro.

Em Brasília, manifestantes inflaram um super-homem com rosto de Moro e três pixulecos: dois do ex-presidente Lula e um composto por Lula, pelo ministro do STF Gilmar Mendes e pelo ex-ministro petista José Dirceu.

Na semana passada, o STF negou dois habeas corpus a Lula, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Diante do vazamento de diálogos atribuídos a Moro, que revelam a suposta interferência dele na investigação contra o ex-presidente, o advogado de Lula Cristiano Zanin fez um apelo, e a Segunda Turma do Supremo decidiu colocar os pedidos de liberdade em votação.

O ministro Gilmar Mendes propôs a soltura de Lula enquanto a falta de imparcialidade de Moro — mérito do habeas corpus — não for analisada pela turma. Por 3 votos a 2, o colegiado decidiu manter o ex-presidente na cadeia. O julgamento sobre a conduta de Moro ficou para o segundo semestre.

Pelo Twitter, o ministro da Justiça mostrou que está atento às manifestações favoráveis a ele. “Eu vejo, eu ouço”, escreveu Moro na tarde deste domingo.
No fim da tarde, Moro completou: “eu vejo, eu ouço, eu agradeço”. 
 
Moro também agradeceu a Bolsonaro e a todos os que confiam em seu trabalho. “Hackers, criminosos ou editores maliciosos não alterarão essas verdades fundamentais”, destacou, em referência às mensagens publicas pelo Intercept. Enquanto o site atribui as conversas a “fonte anônima”, a Polícia Federal investiga se um ataque de hackers está por trás da obtenção das informações.
 

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