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23/01/2019 às 11h33min - Atualizada em 23/01/2019 às 11h33min

“Envolvimento com milicianos” vira senha pra esquerda atacar Flávio. Entenda a malandragem

PSOL está envolvido no caso COAF. Será coincidência?

MBL NEWS
Marcelo Freixo
É sabido por todos que este MBLNews adota postura crítica com relação a esquemas de corrupção da esquerda e da direita. E assim permanecerá. Não obstante, manobras políticas visando mascarar as falhas e erros da esquerda no caso COAF serão denunciadas, até porque escondem uma estratégia um tanto quanto conveniente para setores do socialismo brasileiro.

Vamos lá: o primeiro a cantar a bola sobre o envolvimento de Flávio Bolsonaro com grupos de milícia foi o insuspeito Luís Nassif, através do artigo “Xadrez do fim do governo Bolsonaro“. Nassif serviu como arauto da denúncia: informações quentíssimas surgiriam pelo caminho vinculando o gabinete de Flávio a grupos violentos como o “Escritório do Crime”.

Na segunda e terça-feira, quando as esquadras do bolsonarismo encontravam-se posicionadas para atacar o MBL – sempre ele! -, uma saraivada de fatos surge na imprensa, abordando a tese de Nassif. Deixava-se para trás as questões relativas ao COAF; o centro do debate torna-se o “envolvimento com milicianos”, algo que favorece fortemente a construção narrativa da Globo e do PSOL.

Percebam: as esquerdas, envolvidas até o pescoço na investigação do COAF, não haviam colocado seu time em campo durante o caso Queiroz; atacavam marginalmente, mas sem a contundência que conhecemos. Tecemos por aqui algumas teses. Estariam eles evitando a polarização, para que o moralismo da direita nos consumisse? Estariam eles perdidos em brigas intestinas pela liderança da esquerda pós-Lula?


O cenário mudou de forma desde a manhã da terça feira. Marcelo Freixo passou a se pronunciar publicamente sobre o gabinete de Flávio; Mídia Ninja passou a postar memes relacionando o “laranja” Queiroz com o assassinato de Marielle. A vereadora carioca voltou a figurar como estandarte – agora como “vítima” de um suposto envolvimento de Flávio com seus assassinos.

Ainda que seja completamente inadequado contratar mãe e esposa de um miliciano em seu gabinete, não é possível construir qualquer narrativa honesta aproximando o senador eleito com os assassinos da vereadora. É, antes de tudo, desonestidade e oportunismo puros. O PSOL prossegue com seu proselitismo baixo revirando o cadáver da jovem militante em busca de votos e protagonismo.

Parece-nos, até o momento, que a estratégia tem um só objetivo: colocar o PSOL – e as esquerdas – no protagonismo da oposição ética ao governo Bolsonaro. Como ainda não se explicaram sobre as movimentações suspeitas de Eliomar Coelho, membro do partido, os socialistas de Freixo e Wyllys constroem o próprio caminho convenientemente distante de seu escândalo. É malandragem pura.

Muitas suspeitas recaem sobre o gabinete de Flávio Bolsonaro. Nenhuma das respostas soam convincentes. A questão dos milicianos pode sim abrir uma gaveta desabonadora para o jovem senador carioca – com repercussões negativas para o governo de seu pai e a direita brasileira. Ainda assim, tecer ligações de Flávio com o assassinato de Marielle é mais que oportunista. É canalha.
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