Foto: Divulgação A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Lagoas, por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde e Saneamento, recebeu a confirmação de um caso notificado de Chikungunya, conforme foi digitalizado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), nesta quinta-feira (23).
A amostra de sangue, coletada da vítima, foi enviada ao Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul (LACEN-MS), em 24 de julho, a princípio, como caso suspeito de Dengue, mas também com requisição médica de suspeita de Chikungunya.
Passados quase 30 dias, o LACEN/MS concluiu e emitiu laudo desses exames sorológicos, resultando em negativo de Dengue e positivo de Chikungunya.
Trata-se de uma mulher de 29 anos de idade, residente no Jardim das Violetas, cujo caso, a princípio com suspeita de Dengue, havia sido notificado em 13 de julho, quando a paciente foi atendida numa Unidade Básica de Saúde.
MEDIDAS ADOTADAS Logo que o caso foi notificado, a SMS, por meio das equipes de Endemias e Controle de Vetores, concluída a investigação de existência ou não de caso suspeito e notificado, “realizamos busca ativa de eventuais casos novos da doença e também a busca e eliminação de criadouros naquela região do Jardim das Violetas”, informou o coordenador desse Setor da SMS, Alcides Divino Ferreira.
“Além dessas ações imediatas, foi realizado também bloqueio químico com as bombas borrifadoras UBV costal, num raio de 300 metros, em terrenos e quintais, abrangendo uma área de uns nove quarteirões”, explicou Alcides.
“Recentemente, nossas equipes também realizaram uma nova visita ao local e imediações, mas não foram encontrados nenhum caso de Dengue, Leishmaniose ou Chikungunya”, informou.
“Segundo conversas da nossa equipe com a paciente, aparentemente ela está se recuperando bem e não mais apresenta os sintomas da doença, por tratar-se, provavelmente de um caso agudo, sem evolução para sub-agudo ou crônico, que seria o mais grave e mais agressivo, que pode levar até à invalidez completa do paciente para qualquer tipo de atividade de trabalho”, explicou Alcides.
A Chikungunya, como têm alertado os especialistas, pode desencadear em séria e grave doença reumática crônica, porque uma das hipóteses, defendidas pelas autoridades da Saúde, é a de que o vírus, transmitido também pelo mosquito Aedes aegypti, “se aloja” na estrutura que recobre as articulações, estimulando o processo inflamatório e até degenerativo.
Em Três Lagoas, houve apenas este caso da doença, mas, em cidades como Campo Grande, Dourados, Corumbá, Rio Verde, Sonora e Camapuã, têm sido notificados números preocupantes de casos de Chikungunya, desde 2016. Em Dourados houve uma verdadeira epidemia da doença, quando em apenas um bairro foram registrados mais de 100 casos.