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24/08/2018 às 09h03min - Atualizada em 24/08/2018 às 09h03min

Odontogeriatria: O papel da especialidade na saúde e na autoestima dos idosos

Não basta olhar o paciente apenas como uma boca que precisa ser cuidada.

Huff Post
O Brasil tem cerca de 30 milhões de idosos. ( Foto: Divulgação)
A população do Brasil está envelhecendo. Atualmente, são cerca de 30 milhões de idosos no País. Mas como estamos cuidando destas pessoas?

Um do fatores primordiais para garantir uma boa qualidade de vida é cuidar da saúde. E quando falamos em saúde, estamos nos referindo a um ter um olhar atento e especializado para as necessidades de cada fase de vida. E é justamente isso que propõem os profissionais da odontogeriatria.

"A grande característica da odontogeriatria é você entender que este será um tratamento multidisciplinar. O dentista faz um trabalho em conjunto com outros profissionais e tem uma visão do paciente como um todo, não olha o paciente só como uma boca", explica a dentista e odontogeriatra Tânia Lacerda.

Para quem cursou odontologia durante a graduação, a especialização em saúde bucal para idosos pode soar como novidade. Apesar de essa especialidade ter sido certificada em 2002 pelo Conselho Federal de Odontologia, hoje no País existem apenas 279 especialistas formados.

Ou seja, há 1 odontogeriatra para cada grupo de 107.536 idosos. Portanto há um déficit de profissionais da área, ainda mais se considerarmos o crescimento constante da população de idosos.

"Eu fiz essa prova de título no 1º concurso e me tornei uma das primeiras odontogeriatras do Brasil. Junto com o título veio uma grande missão: fazer com que essa especialidade cresça", explica a especialista.

Soma-se ao vácuo de profissionais especializados os altos índices de perda dentária nesta faixa etária. No País, mais de 39 milhões de brasileiros convivem com a perda total ou parcial de dentes e utilizam dentaduras. Destes, 41,5% são pessoas com mais de 60 anos.

"Um paciente tem a sua autoestima elevada quando ele sente vontade de sorrir de novo. O paciente chega ao consultório sem conseguir comer, e se alimentar também é um processo de prazer. É sobre estética, alimentação, disposição, tudo. E isso melhora quando a gente compreende a necessidade dos nossos idosos", explica Lacerda.

 
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