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09/08/2018 às 14h23min - Atualizada em 09/08/2018 às 14h23min

Alzheimer canino: diagnóstico precoce pode retardar evolução clínica

A síndrome da disfunção cognitiva, conhecida como Alzheimer canino, em uma analogia à enfermidade que atinge humanos, atinge principalmente cachorros idosos.

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Andressa Oliveira/Arquivopessoal)
A síndrome da disfunção cognitiva, doença que atinge cachorros, sendo mais recorrentes nos idosos, pode ter um retardo na evolução clínica caso o problema de saúde seja diagnosticado precocemente. Conhecido como Alzheimer canino, em uma analogia à enfermidade que atinge humanos, a síndrome é descoberta através de análise clínica, mediante observações relatadas pelo tutor do animal.

Além da melhora em relação à evolução da doença, o diagnóstico precoce também permite que o sofrimento do cachorro acometido pelo Alzheimer canino seja amenizado.

“Nesses casos, o animal fica mais desorientado, diminui a interação com a família, ocorre a mudança do ‘ciclo de sono vigia’, no qual ele fica acordado a noite e dorme durante o dia. Além disso, perde o treinamento higiênico, sem lembrar os locais corretos, e também acaba com a capacidade de aprendizagem. Vale lembrar que se a doença for descoberta precocemente é melhor para o animal, pois o tratamento retarda o avanço”, explica a médica veterinária Camila Lacerda.

Além da influência da idade dos animais no desenvolvimento da doença, há também raças mais propensas a ter a síndrome. “Os animais maiores podem ter a doença partir dos 10 anos, enquanto os de pequeno porte entre os 13 e 14 anos. Isso é um fator genético, não existem formas de prevenção. O que sabemos é que cães de raças como york e shih tzu tem maior probabilidade de adoecerem após os 15 anos”, diz.

A especialista explica que não há cura para o Alzheimer canino, mas que existem métodos paliativos que, através de substâncias, tratam a doença. O tratamento, no entanto, não se reduz a medicamentos, sendo necessário também que o animal seja acolhido pelo tutor. As informações são do portal G1.


(Foto: Andressa Oliveira/Arquivo pessoal)

“São utilizados remédios como a selegilina junto com outras vitaminas que nutrem o sistema neurológico e diminui o progresso da doença. Nesse processo, o tutor também precisa interagir com o cão, acolhê-lo. Mas é preciso levar em consideração que como ocorre o retardamento, não adianta tentar reeducar porque não vai ter muito sucesso. Como em cães não conseguimos notar o esquecimento, vale observar, pois talvez o animal não reconheça o próprio tutor”, afirma.

Há um mês o cachorro Theo foi diagnosticado com a síndrome. A tutora do poodle de 14 anos, Andressa Oliveira, diz ter percebido que o cão passou a acordar durante a noite com muita frequência. Após 15 dias de observação, indicada pelo médico veterinário, o diagnóstico foi concluído.

“Relatei essa mudança de comportamento, o veterinário pediu para que eu verificasse como ele estava agindo. De uns tempos para cá o Theo começou a fazer as necessidades fora do lugar, e antes ele sempre fazia no lugar próprio. Também notei que ele dormia durante o dia e acordava durante a noite, ficava agitado e ansioso, o que provocava tosse involuntária. Com o diagnóstico, começamos o tratamento, que está na primeira semana”, conta Andressa.

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