​Mulher acusada de matar homem após procedimento estético responderá por homicídio qualificado

A denúncia apresentada pelo promotor Felipe Zilberman contra uma mulher acusada de matar um homem após a aplicação de um peeling de fenol foi aceita pela 1ª Vara do Júri de São Paulo nesta quinta-feira (5). A ré responderá por homicídio qualificado por motivo torpe, tendo em vista que o crime teria sido cometido com o intuito de obter vantagem financeira no valor de R$ 5 mil.

Ao receber a denúncia e dar início à ação penal, o juiz Antonio Carlos Pontes de Souza determinou que a acusada não poderá deixar a Comarca de São Paulo por mais de oito dias sem autorização judicial, além de estar proibida de frequentar seus estabelecimentos comerciais para exercer atividades relacionadas à estética.

Na denúncia, Zilberman destacou que a mulher se apresentava nas redes sociais como esteticista, mesmo sem possuir a qualificação necessária para atuar na área. A vítima, ao procurar seus serviços, não foi alertada sobre os riscos do procedimento, que incluíam possíveis complicações cardíacas e a alta toxicidade do fenol. Segundo a denúncia, a vítima foi levada a acreditar que não havia necessidade de exames prévios para a realização do peeling. O homem faleceu no local devido a um edema pulmonar agudo, resultado da inalação da substância, conforme apontado no laudo necroscópico.