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28/07/2024 às 20h43min - Atualizada em 28/07/2024 às 20h43min

Larissa Pimenta fatura bronze para o judô brasileiro nos Jogos Olímpicos

CBJ
Larissa Pimenta (52kg) conquistou a segunda medalha do judô brasileiro nos Jogos Olímpicos Paris 2024. (Divulgação/Wander Roberto/COB)
O judô brasileiro teve um dia movimentado nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Neste domingo (28), logo após Willian Lima conquistar a prata, Larissa Pimenta venceu a campeã mundial Odette Giuffrida, da Itália, na disputa de bronze do 52kg, para carimbar a segunda medalha do Brasil na competição. Esse foi o 26º triunfo olímpico do judô brasileiro na história e o primeiro do meio-leve feminino.

“Hoje foi um dia muito especial para mim. Desde a primeira luta, já sentia que estava diferente. Não entendia como, nem por que, mas me sentia assim. Durante a preparação, minha melhor estratégia foi viver um dia de cada vez e, desde a primeira luta, não pensava em nada e só dizia para mim mesma que merecia. Consegui. Ainda não acredito, mas consegui”, disse Larissa.

Larissa estreou com vitória segura por ippon ao finalizar Djamila Silva, de Cabo Verde, com uma chave de braço. Nas oitavas-de-final, a brasileira dominou a britânica Chelsea Giles com uma pegada forte na manga direita da adversária e defendeu-se bem no chão, ponto forte de Giles. A luta estendeu-se até o golden score, com Pimenta em vantagem nas punições depois de forçar duas à adversária. Na berlinda, a britânica precisou abrir o jogo, mas Larissa mostrou que estava confiando nas suas técnicas e encaixou uma projeção, marcando o waza-ari que a levou às quartas-de-final. 

Nessa fase, Larissa encarou a heroína local, Amandine Buchard, da França, que veio motivada pela eletrizante torcida francesa que lotou a Arena Champ de Mars. Pimenta não se intimidou e lutou de igual para igual, sendo melhor que Buchard em alguns momentos. Até que, ao entrar uma técnica, ficou ajoelhada ao chão e a francesa buscou uma transição puxando Larissa pela faixa até encaixar a imobilização de 10 segundos. Waza-ari e semifinal para Buchard. 

Na repescagem, Larissa Pimenta enfrentou a alemã Mascha Ballhauss, que tem como treinadora a também brasileira, Érika Miranda, contemporânea de seleção da treinadora de Larissa em Paris, a campeã olímpica Sarah Menezes. Um duelo, portanto, cheio de nuances e de história do judô brasileiro. 

No retrospecto desse ano, Larissa leva a pior, com duas derrotas para Ballhauss. Mas, em Paris, a vitória veio na hora certa. Pimenta buscou uma projeção, derrubou a alemã e a finalizou com um estrangulamento, fazendo-a desistir do combate. Vitória comemorada pela brasileira que, pela primeira vez, chegou à disputa de medalha olímpica depois de uma participação frustrante em Tóquio, onde caiu para a japonesa Uta Abe. Em Paris, Abe sofreu uma derrota chocante para a uzbeque Diyora Keldyorova, na primeira rodada e sequer chegou às medalhas. 

Na disputa de bronze, Larissa pegou outra adversária contra quem o retrospecto também não ajudava. A atual campeã mundial e duas vezes medalhista olímpica Odette Giufrida, da Itália. A luta seguiu até o golden score, com as duas empatadas em duas punições, até a italiana ser punida pela terceira vez por falta de combatividade.

Vitória e medalha de bronze para Larissa Pimenta.

“Eu não entendi a situação, então simplesmente agachei e não sabia se era verdade. Acho que faltou oxigênio na minha cabeça e comecei a ver tudo branco (risos). Mas sentia no meu coração que merecia”.
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