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25/07/2024 às 14h13min - Atualizada em 26/07/2024 às 05h55min

Etiquetas digitais: tendência nos EUA pode trazer rentabilidade ao varejo brasileiro

Por meio de precificações dinâmicas e agilidade operacional, solução tecnológica pode atrair clientes com promoções em períodos específicos

VICTOR HUGO FELIX
sporst, CC BY 2.0 , via Wikimedia Commons

A rede de supermercados Walmart anunciou recentemente que vai testar o uso de etiquetas digitais, para indicar o preço dos produtos nas gôndolas, em 500 lojas nos EUA. Tal iniciativa já vem sendo promovida por outros ramos do varejo no hemisfério norte, como se calçados e vestuário. A expectativa é de que a solução traga mais eficiência na precificação dos itens e aumento da rentabilidade. Segundo Fábio Trivedi, gerente de Expansão da DM, grupo de serviços financeiros especializado em gestão de crédito, a tecnologia foi um dos destaques da NRF 2024, maior evento de varejo do mundo. A solução pode ser proveitosa para o mercado brasileiro, com possíveis benefícios até para a sustentabilidade dos negócios.

“O uso das etiquetas digitais tende a trazer um aumento da rentabilidade por meio da precificação dinâmica, na qual o varejista altera os preços na hora, fazendo promoções relâmpago, por exemplo”, analisa o executivo. Os ajustes também podem ser feitos com base no estoque de produtos, novas compras com fornecedores, dados da inflação e até mesmo com base nos períodos de menor movimentação das lojas.

É necessário, contudo, haver cautela e clareza na comunicação com o cliente, para que ele não se sinta lesado durante as compras. “Acredito que mencionando o preço cheio e o preço de desconto na etiqueta, bem como o uso de cores chamativas na etiqueta reforçando o apelo visual da oferta, pode fazer o cliente compreender melhor a dinâmica de preços. E para evitar que o cliente chegue ao caixa com um preço diferente do que estava na gôndola, a sugestão é que os ajustes sejam de um dia para o outro, por exemplo”, pondera Trivedi.

Tecnologias incrementais

Segundo o executivo da DM, em cidades como Nova York, as etiquetas digitais não são utilizadas apenas para mostrar o preço do produto, mas também informações como procedência, composição e outros dados que ajudam o cliente a decidir qual peça levar. “Além disso, as lojas utilizam painéis de LED no interior com algumas promoções ou anúncios de produtos específicos. Essas tecnologias têm maior eficiência quando trabalhadas em conjunto, e podem ser administradas por meio de aplicativos”, explica.

Os custos operacionais compensam o investimento. “Além de contribuir para a conservação do meio ambiente, já que elas dispensam o uso de papel e plástico que são rapidamente descartados e substituídos, as etiquetas digitais trazem diminuição nos erros operacionais, redução de custos, melhor organização dos produtos, e agilidade na atualização das informações sobre cada item”, informa o executivo.

Na opinião de Fábio Trivedi, o varejo brasileiro já está pronto para receber essa tecnologia. “Alguns supermercadistas parceiros da DM já fazem uso das etiquetas digitais, reconhecendo justamente o potencial dessa tendência. Nossos supermercados, por exemplo, podem ter bons ganhos com tal solução, justamente por suprir a necessidade de atender mais rapidamente às demandas dos clientes, que têm sido cada vez mais dinâmicas e desafiadoras”, finaliza.


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VICTOR HUGO DE BERALDINI FELIX
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