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23/07/2024 às 13h53min - Atualizada em 24/07/2024 às 07h40min

De 12h a 24h em jejum, sem acompanhamento, aumenta risco de distúrbios psicológicos e perda de controle alimentar

”Pessoas que fazem jejum em um longo período, sem orientação profissional, acabam por perder a sensibilidade à fome desencadeando a compulsão”, alerta nutricionista Lomário Fonsêca

QUéZIA ESTEVãO
Adobe Stock
A prática de jejum intermitente tem ganhado popularidade como uma estratégia eficaz para perda de peso e melhora da saúde metabólica. No entanto, especialistas alertam que jejuns prolongados, de 12 a 24 horas, sem orientação de um profissional da saúde, podem acarretar sérios riscos à saúde mental e ao controle alimentar. A ausência dessa supervisão adequada pode levar ao desenvolvimento de distúrbios psicológicos e a uma relação disfuncional com a alimentação.

De acordo com o nutricionista Lomário Fonsêca, a prática de jejum sem acompanhamento pode desencadear desnutrição e perda de massa muscular devido o longo tempo sem se alimentar. "Quando a pessoa se submete a extensos períodos de jejum sem a devida orientação, poderá haver um aumento significativo dos níveis de estresse e ansiedade", explica Lomário. Ainda segundo o nutricionista, “o corpo interpreta a falta de alimento como uma situação de emergência, o que pode ativar respostas hormonais que afetam negativamente o humor e o bem-estar mental."

Além disso, o especialista destaca que a falta de nutrientes essenciais durante o jejum pode comprometer a produção de neurotransmissores, como a serotonina, responsável pela regulação do humor. Ou seja, a deficiência de nutrientes pode levar à irritabilidade, fadiga e até mesmo à depressão.

Perda de Controle Alimentar
De acordo o nutricionista Lomário Fonsêca, outro aspecto preocupante do jejum prolongado sem supervisão é a perda de controle alimentar. Estudos mostram que a privação alimentar por longos períodos pode resultar em episódios de compulsão alimentar. "Após um jejum prolongado, é comum que as pessoas sintam uma necessidade incontrolável de comer grandes quantidades de alimentos de uma só vez, o que pode levar ao ganho de peso e a uma relação prejudicial com a comida. Além disso, pessoas que fazem jejum em um longo período acabam por perder a sensibilidade à fome e desencadear compulsão", reitera Lomário Fonsêca.

Esse comportamento pode se tornar um ciclo vicioso, onde o indivíduo alterna entre períodos de jejum extremo e episódios de compulsão, dificultando a manutenção de um peso saudável e equilibrado. "Essa alternância constante pode causar um impacto negativo no metabolismo e na saúde geral do indivíduo", alerta.

Acompanhamento Profissional
Lomário Fonsêca aponta que, para que um jejum seja praticado de forma segura e saudável, e ainda sob supervisão, os níveis de elevação de tempo devem ser gradativos e o consumo de nutrientes deve ser adequado na janela de alimentação. Por isso, antes de iniciar o jejum, a aptidão de cada paciente deve ser avaliada através de uma anamnese, ponderando a rotina, objetivos, treinos e histórico com o jejum de cada indivíduo.

"Um nutricionista pode ajudar a adaptar o jejum às necessidades individuais de cada pessoa, garantindo que o período de jejum seja seguro e benéfico. Além disso, o acompanhamento regular permite monitorar a saúde mental e física, ajustando a abordagem conforme necessário”, destacou o especialista.

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QUÉZIA BARBOSA ESTEVÃO
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