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26/06/2024 às 18h42min - Atualizada em 26/06/2024 às 18h42min

Dólar vai a R$ 5,51 e renova máxima desde janeiro de 2022 com falas de Lula; Ibovespa avança

Investidor também repercute dados do IPCA-15, que subiu 0,39% em junho

Assessoria de imprensa
O dólar renovou a máxima em quase dois anos e o Ibovespa registrou alta nesta quarta-feira (26), com mercados digerindo novas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os gastos do governo.

Mais cedo, o presidente pediu  que se discuta sobre se há de fato necessidade de cortar gastos públicos no Brasil ou se o ajuste deve ser realizado através da arrecadação. Além disso, Lula rechaçou a ideia de desvincular o salário mínimo do pagamento de programas sociais.

Ainda no cenário interno, a prévia da inflação de junho subiu 0,39%, ante alta de 0,44% no mês passado e abaixo da expectativa dos analistas.

A divisa norte-americana fechou a sessão com avanço de 1,18%, negociada a R$ 5,519 na venda, no maior patamar desde 18 de janeiro de 2022, quando foi cotado a R$ 5,560.

O movimento seguiu o avanço do dólar ante a cesta com as principais moedas do globo, em especial em relação ao iene, que atingiu seu nível mais baixo desde 1986.

O Ibovespa também fechou no campo positivo, com avanço de 0,25%, aos 122.641 pontos, com destaque para avanço da Vale (VALE3), em dia de valorização do minério de ferro.

Na  abertura do mercado, Lula demonstrou resistência a realizar cortes de gastos, dando preferência ao ajuste fiscal pelo lado da receita – algo que vêm sendo criticado por economistas do mercado.

O presidente disse que o governo não pode gastar mais do que arrecada, mas argumentou que as despesas do Brasil estão aquém da de muitos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em outro ponto da entrevista, Lula descartou uma desvinculação de pensões e benefícios da política de ganhos reais do salário mínimo.

“Garanto que o salário mínimo não será mexido enquanto eu for presidente da República”, disse.

Em falas recentes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vinha defendendo a proposta de desindexação dos benefícios da Previdência Social do salário mínimo.

Lula também desconversou sobre a possibilidade de o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, substituir Campos Neto a partir de 2025.

Ele classificou Galípolo como um “companheiro” preparado, mas disse que ainda não pensa na sucessão de Campos Neto no BC – outro tema de interesse do mercado.

IPCA-15
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,39% em junho, ante alta de 0,44% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa da Reuters com economistas estimava elevação de 0,45 por cento para o período.

Na visão da economista para Brasil do BNP Paribas, Laiz Carvalho, o dado não muda as expectativas de inflação para o ano, e assim não deve trazer nenhum alívio para o Banco Central.

“Continuamos esperando (uma alta) de 4% para o IPCA esse ano… e também nenhum corte de taxa de juros em 2024”, afirmou.

O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de agosto de 2024.

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