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13/05/2024 às 10h26min - Atualizada em 14/05/2024 às 08h19min

Como estar em evidência nas redes sociais e manter a saúde mental em dia

Especialista em marketing e psiquiatra comentam os tempos digitais, a necessidade de exposição e suas conseqüências

AMANDA SILVEIRA
Marina Bittencourt e Karen Mello
Não é novidade para os profissionais da atualidade a necessidade de estar nas redes sociais para divulgar seu trabalho e construir autoridade. A especialista em marketing, Marina Bittencourt, explica que, se as pessoas estão na internet, é lá que os profissionais devem estar para não serem esquecidos. “Estar nas redes sociais é garantia de estar presente também na cabeça dos clientes. Não tem como fugir”, afirma ela.
Ao mesmo tempo, a psiquiatra, Karen Mello, destaca que as redes sociais, que, hoje, são um celeiro de diversidade também são um local de muitas exigências de alta performance, excessos de conquistas e que, não necessariamente, a vida pode se resumir a isso. “O estresse do dia a dia somado ao excesso de informação, ao excesso de comparação, a ansiedade, que é muito encontrada no meio digital, podem sim levar a transtornos mentais importantes, principalmente para os mais jovens”, ressalta.
Marina aconselha que, do ponto de vista do marketing, os perfis sejam os mais humanizados o possível a fim de conectar pessoas nessa busca pela divulgação. Para ela, é muito importante que aquele profissional não pareça uma máquina. “Quando falamos da presença no digital, é importante mostrar sim o conhecimento, mas sempre alinhado ao ser humano que o profissional é”, explica.
Uma dica da especialista é sempre dividir os tipos de postagens. Falando dos stories, por exemplo, para ela, o ideal é sempre 30% de área profissional e 70% de área pessoal, porque o storie é direcionado para aquele público que já te acompanha. Já no o feed, a estratégia é justo ao contrário: 70% profissional e 30% pessoal. E como devem ser esses posts? Para Marina, uma estratégia interessante é se utilizar de acontecimentos do dia a dia profissional para a produção desses conteúdos. As dúvidas de um cliente podem sanar as necessidades de várias outras pessoas e, de maneira humanizada e cotidiana, essas informações vão fortalecer a sua autoridade no digital.
E como dosar a necessidade de exposição com a sanidade mental? Para a psiquiatra, antes de mais nada, analisar o que merece ser postado. Vai acrescentar? Vai ser importante? Vai ser bom? É coerente? Eu vou ficar incomodada, se eu ficar vulnerável ou exposta? Condiz com a minha vida, condiz com a minha realidade, com a minha rotina? É algo que eu consiga viver todos os dias? Eu estou querendo mostrar algo que não faz parte de mim ou algo que eu desejo viver? Como que eu vou lidar com críticas ou comentários que talvez fujam daquilo que eu estava esperando? Segundo ela, essas são algumas questões a serem pensadas, tendo em vista que  sim, a exposição contínua nas mídias sociais pode ser prejudicial do ponto de vista psicológico e psiquiátrico em várias áreas, mas ela faz parte dos novos tempos e da necessidade de divulgação. “Uma questão importante é que o excesso de exposição permite que as pessoas fiquem mais vulneráveis, recebam comentários, críticas, que nem sempre são bem aceitos, nem sempre são trabalhados de forma correta, isso acaba também por gerar muito desconforto psicológico e psiquiátrico. Por isso analisar e dosar faz parte do processo de equilíbrio”, conclui a profissional.
 

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AMANDA MARIA SILVEIRA
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