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08/05/2024 às 07h25min - Atualizada em 08/05/2024 às 07h25min

“Não tem como não se emocionar”, diz veterinária sobre resgate de animais no Rio Grande do Sul

NSC
Divulgação
A bióloga e médica veterinária lageana, Aracelli Hammann, atendeu a um chamado da Defesa Civil Nacional e está no município de Canoas, juntamente do Grupo de Resposta a Animais em Desastres (Grad Brasil), auxiliando no resgate de animais, na tragédia da enchente que atingiu o Rio Grande do Sul, nos últimos dias. A profissional conta que, mesmo com toda a sua experiência, nunca imaginou algo de tamanha proporção, e as demandas não param de chegar.

“Não tem como não se emocionar quando as pessoas chegam até nós implorando pelo salvamento de seus animais domésticos, incluindo desde cães e gatos até galinhas e coelhos. Elas chegam até nós suplicando pelo salvamento. Nos seguram e arrastam, para que façamos o resgate de maneira urgente. É desesperador”, conta ela.

No ano de 2023, a especialista em resgate de animais já atuou na grande inundação que atingiu diversos municípios gaúchos nos meses de julho e setembro.

“Quando chegamos aqui no ano passado encontramos um cenário de guerra. Eu jamais imaginaria voltar e encontrar uma situação muito pior. Uma verdadeira tragédia”, afirma.

A médica veterinária conta que a viagem de Lages até Porto Alegre durou 18 horas e que muito trabalho ainda os aguarda.

“Quando chegamos aqui já iniciamos os resgates. A média de salvamento é em torno de 100 animais ao dia. Eles chegam em péssimas condições de saúde, hipotérmicos e famintos. Após os primeiros socorros, os encaminhamos para um abrigo temporário”, diz.

“É um cenário caótico, não tem como mensurar o desastre que está acontecendo, pois, as águas ainda estão subindo de nível. Será uma longa caminhada de reconstrução”, conclui.

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