AtaNews Publicidade 728x90
07/05/2024 às 08h30min - Atualizada em 07/05/2024 às 08h30min

A triste situação de quase quatro mil cães e gatos ilhados nas enchentes do Rio Grande do Sul

Hoje
Reprodução
Além de gaúchos que sofrem com as consequências devastadoras dos temporais no Rio Grande do Sul, os animais também dependem do salvamento de bombeiros, Defesa Civil e voluntários que percorrem ruas, avenidas, parques e praças que estão debaixo de água.

Ao mesmo tempo em que a catástrofe produz imagens estarrecedoras de casas sob a água, animais domésticos, sobretudo cães, são vistos acuados tentando escapar da força destruidora da água barrosa.

Ao menos 3,5 mil animais ilhados pelas chuvas no Rio Grande do Sul foram resgatados conforme dados do governo. Porém, o número deve ser bem maior, já que se formaram diversos grupos de voluntários para o salvamento de cães e gatos que ficaram para trás devido às enchentes que assolam o estado.

As equipes do Poder Público resgataram 3,2 mil animais até a noite de sábado (4). A Agência divulgou que conversou com voluntários que disseram que foram salvos com vida pelo menos 350 animais.

A proprietária de uma pet shop e de uma creche de animais em Esteio (RS), Carla Ebert, contou que recepcionou, apenas ontem, 50 animais deixados pra trás nas enchentes. Ela relata que pessoas comuns estão resgatando os animais ilhados e levando para um abrigo cedido pela prefeitura.

“É muito animal. É uma coisa absurda. A gente vai ver quando baixar a água, a gente nem está preparado para isso, devido aos que morreram. É muito triste”, lamentou Carla. “A gente se organizou como pode e as pessoas foram levando os animais”, completou.

A organização não governamental (ONG) Grupo de Resposta a Animais em Desastre (Grad Brasil) informa que, apenas em um dia, realocaram cerca de 100 animais nos municípios de Esteio e São Sebastiao do Caí, na região metropolitana de Porto Alegre.

“É muito animal gente, na pontinha do telhado, é muito animal preso na janela, é muito animal que que está nadando incansavelmente, é muito, muito, não consigo passar um número de tantos animais que são”, informou em uma rede social Carla Sássi, coordenadora do Grad.

Carla Sássi acrescentou que a organização precisa de um barco com motor para ampliar os salvamentos, já que a correnteza é forte.

“Os pedidos por resgates não param de chegar, mas muitas áreas continuam inacessíveis. Precisamos aumentar nossa equipe a campo e estamos solicitando apoio de embarcações a motor para salvar o maior número de animais possível”, afirmou.

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »