Johnny Depp, em uma nova entrevista, expressou seu descontentamento com Hollywood, destacando uma série de críticas severas ao modo como a indústria cinematográfica opera. Segundo ele, os principais executivos são “contabilistas glorificados com a capacidade para dar luz verde e fazer filmes num estúdio”. Depp argumenta que o foco excessivo em lucros e orçamentos inflados têm prejudicado a qualidade das produções, mencionando que as “comédias românticas com duas pessoas muito populares” não conseguem mais cativar o público geral.
Depp revelou que seu afastamento das grandes produções de Hollywood se deve em parte às acusações feitas por sua ex-mulher, Amber Heard, que o levaram a um longo processo judicial. Após vencer a ação por difamação contra Heard, o ator participou do filme “Jeanne du Barry”, uma produção europeia onde interpretou o rei francês Luís XV. Esta escolha de papel marca um desvio significativo de suas obras anteriores em grandes estúdios americanos.
O ator também compartilhou reflexões sobre o impacto da fama em sua vida pessoal. Ele admite que, apesar de não ter “razões de queixa”, a constante atenção dificulta sua vida cotidiana. Depp descreve a experiência como “uma forma muito interessante de crescer”, ressaltando os desafios de manter uma vida normal sob constante escrutínio público. Ele brincou sobre sua própria normalidade, ou a falta dela, antes mesmo de sua ascensão à fama, destacando os paradoxos de viver sob os holofotes.
Depp concluiu a entrevista reforçando suas críticas à indústria cinematográfica e aos desafios de manter uma vida privada enquanto é uma figura pública. Embora não tenha anunciado planos futuros para novos projetos em Hollywood, sua carreira continua a evoluir em novas direções, como evidenciado por seu recente papel na produção europeia.