AtaNews Publicidade 728x90
15/04/2024 às 13h36min - Atualizada em 15/04/2024 às 16h25min

Proteção a mulheres: entenda como funciona monitoramento com tornozeleira para agressor

Governo de SP lança movimento São Paulo Por Todas, para dar visibilidade aos serviços voltados para segurança delas

Governo do Estado de São Paulo
https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/protecao-a-mulheres-entenda-como-funciona-monitoramento-com-tornozeleira-para-agressor/

O monitoramento de agressores de mulheres por tornozeleira eletrônica prendeu 20 homens por descumprimento das medidas protetivas, como proibição de contato ou aproximação com a vítima, em sete meses de atuação.

Atualmente, o Centro de Operações da Polícia Militar de São Paulo (Copom) monitora 84 acusados de violência contra a mulher. A Secretaria de Segurança Pública ampliou os serviços de proteção para as mulheres durante março, com o anúncio da compra de mil tornozeleiras. Para dar visibilidade às ações e tornar as medidas permanentes, o governo lançou o movimento São Paulo Por Todas.

“Esse programa traz uma proteção efetiva para a mulher. Antes, ela tinha a medida protetiva a seu favor e a vítima precisaria vê-lo se aproximar, ligar para o 190 e avisar que houve o descumprimento. Com este projeto, o agressor é surpreendido pela polícia antes de surpreender a vítima”, explica o 1º tenente Jackson da Cruz Souza, do Centro de Operações da Polícia Militar.

O monitoramento é fruto de uma parceria entre a gestão estadual, com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, e o judiciário paulista. Desde setembro, quando começou o programa, 240 detidos receberam tornozeleira eletrônica após deliberação em audiências de custódia. Do total, metade foi por violência doméstica.

Inicialmente, apenas pessoas detidas na capital paulista eram monitoradas. O programa será expandido para municípios da Baixada Santista ainda neste primeiro semestre em razão da compra dos mil equipamentos eletrônicos.

Telão mostra localização de agressores em tempo real

O projeto prevê que agressores soltos em audiência de custódia sejam monitorados com uso de tornozeleira eletrônica. O acompanhamento é feito pelo Copom utilizando a geolocalização. Em um telão, os policiais conseguem acompanhar em tempo real todos os tornozelados e, além da localização, aparecem outras informações, como, por exemplo, a distância que precisam estar das vítimas e a quantidade de bateria do equipamento eletrônico.

Se o indivíduo tentar se aproximar da mulher e invadir a área de exclusão, os policiais são alertados por um sinal sonoro e uma viatura é acionada para ir de encontro à vítima. Ao mesmo tempo, um policial entra em contato com a mulher até que o infrator seja detido e conduzido à delegacia.

“O monitoramento é feito 24 horas todos os dias da semana e a Polícia Militar não age somente quando há a entrada do agressor na área de exclusão, mas também de forma preventiva quando rompe a tornozeleira ou quando a bateria do equipamento estiver baixa”, afirma o 1º tenente Jackson da Cruz Souza.

Aplicativo SP Mulher Segura

O georreferenciamento por meio das tornozeleiras eletrônicas também é utilizado no aplicativo SP Mulher Segura. Lançado no início de março, o app cruza dados da localização da vítima com a movimentação do suspeito, aumentando a proteção das vítimas contra novas tentativas de violência.

Em caso de vigilância por tornozeleira eletrônica, o app cruza os dados da localização da vítima com a movimentação do suspeito. Assim, a mulher poderá compartilhar a localização para que a Polícia Militar receba as informações do agressor para iniciar o monitoramento. Em caso de descumprimento, ele pode ser preso.

O aplicativo incorpora o serviço que já era oferecido pelo SOS Mulher, em que vítimas com medidas protetivas podiam acionar o socorro automaticamente. A plataforma está disponível para os sistemas iOS e Android e reúne as principais funcionalidades para facilitar o registro de ocorrências e o acionamento da Polícia Militar em um único lugar. O cadastro é feito a partir do login nacional Gov.br.

São Paulo Por Todas

São Paulo Por Todas é um movimento promovido pelo Governo do Estado de São Paulo para ampliar a visibilidade das políticas públicas para mulheres, bem como a rede de proteção, acolhimento e autonomia profissional e financeira que viabiliza serviços exclusivos para elas.

Essas frentes estão nos pilares da gestão e incluem novas soluções lançadas em março de 2024. Um dos destaques é o auxílio-aluguel de R$ 500 para vítimas de violência doméstica. Também houve ampliação do monitoramento permanente de agressores com uso de tornozeleiras; o lançamento do aplicativo SPMulher Segura que conecta a polícia de forma direta e ágil caso o agressor se aproxime; e a criação de novas salas da Delegacia da Defesa da Mulher 24 horas.

O Governo do Estado ampliou linhas de crédito para elas e ampliou a entrega das Casas da Mulher Paulista, que oferecem serviços de apoio psicológico e capacitação profissional. A gestão paulista ainda implementou o protocolo Não Se Cale para acolhimento imediato e combate à importunação sexual em bares, restaurantes, casas de show e similares, formando equipes em um curso online oferecido gratuitamente aos profissionais do setor.

O último dia útil de março foi escolhido para o lançamento do movimento SP Por Todas justamente para simbolizar a perenidade de ações muito além das celebrações relacionadas ao Dia Internacional da Mulher.

O post Proteção a mulheres: entenda como funciona monitoramento com tornozeleira para agressor apareceu primeiro em Governo do Estado de São Paulo.



Fonte: www.saopaulo.sp.gov.br
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »