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18/03/2024 às 15h42min - Atualizada em 19/03/2024 às 08h28min

Leishmaniose visceral acende alerta na cidade de Santa Maria (RS)

Clima quente na região é fator de atenção para os tutores de animais; a prevenção deve começar pelo uso da coleira antiparasitária

MSD Saúde Animal
https://alavoura.com.br/colunas/pet-cia/leishmaniose-pode-acometer-pets-apos-picada-do-mosquito-palha/
As altas temperaturas registradas requerem dos tutores de animais de estimação cuidados redobrados com os pets, principalmente contra a leishmaniose visceral, enfermidade que pode, inclusive, afetar os seres humanos. O verão, que se estende até o fim de março, acende alerta para as principais medidas contra a doença, que é grave e, caso não tratada para que ocorra o seu controle, pode ocasionar a morte de animais. De acordo com a médica-veterinária Kathia Almeida Soares, coordenadora de vendas técnicas e geração de demanda da MSD Saúde Animal, é preciso apostar no uso de coleiras antiparasitárias, um dos principais métodos para prevenção da segunda doença parasitária que mais mata pessoas no mundo.

A leishmaniose visceral é uma zoonose causada pelo protozoário Leishmania infantum, transmitido para animais e humanos principalmente por meio da picada de um flebótomo, que é um mosquito pequeno de hábito crepuscular e noturno, conhecido popularmente como mosquito-palha. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença possui ampla distribuição mundial, sendo que 90% dos casos estão concentrados em 5 países, entre eles, o Brasil.

Prevenção é a melhor opção
A veterinária informa que é fundamental seguir as diretrizes de prevenção recomendadas por organizações importantes, como o Brasileish, que ressalta o uso de inseticidas tópicos com propriedade repelente, a exemplo de produtos à base de piretróides sintéticos, como método primário de prevenção da infecção por Leishmania infantum em cães.

“Costumo reforçar a importância da utilização de coleiras antiparasitárias à base de Deltametrina 4% para proteger os cães contra o mosquito-palha. Vale lembrar que é fundamental nos certificarmos que o produto escolhido tenha trabalhos publicados mostrando sua eficácia no controle e prevenção dessa enfermidade”, enfatiza Kathia.

Estudos comprovam a eficácia das coleiras
Segundo o Brasileish, estudos em larga escala têm demonstrado a efetividade do uso de colares impregnados com inseticidas na prevenção e no controle da leishmaniose visceral canina como medida de saúde pública no Brasil. Ao proteger os cães não há apenas o impacto na diminuição da prevalência da enfermidade na espécie, mas também a redução da incidência de leishmaniose visceral em humanos.

Limpeza é aliada da coleira na prevenção
Segundo Kathia, outras medidas preventivas essenciais no controle da doença são: manter a limpeza da casa, que deve estar livre de matéria orgânica, pois é onde o mosquito transmissor se prolifera; utilizar telas de proteção, principalmente no local em que o pet mais fica; evitar passear com o cão ao entardecer e à noite, períodos em que o mosquito transmissor é mais ativo; e seguir sempre as orientações do médico-veterinário, que é o profissional que vai fornecer todas as informações e os cuidados que o tutor precisa ter para preservar a saúde do cão e de toda a família.

Como identificar a doença
A leishmaniose visceral pode ocasionar diversas manifestações clínicas, que, inclusive, podem ser confundidas com outras doenças. As manifestações incluem febre, aumento dos linfonodos, do baço e do fígado, anemia, emagrecimento, alterações dermatológicas, perda de sangue pelo nariz, entre outros. No entanto, caso note qualquer mudança no seu pet, o veterinário é sempre a melhor pessoa para fazer o diagnóstico correto e orientar sobre os próximos passos.

A doença tem tratamento, mas não tem cura!
Atualmente, existe tratamento para a doença. Embora não promova a cura parasitológica, essa medida pode amenizar as manifestações clínicas do paciente, possibilitando a ele viver com mais qualidade de vida, além de reduzir as chances de transmissão da enfermidade para outros animais e humanos.

Kathia finaliza: “É muito importante alertarmos que a prevenção será sempre a melhor opção, uma vez que o tratamento não é curativo, e as medidas preventivas evitam sofrimentos e gastos financeiros”.
 
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