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18/03/2024 às 10h27min - Atualizada em 19/03/2024 às 07h54min

Descubra dicas infalíveis para se proteger do Golpe do Consórcio 

Segundo pesquisa, mais de 200 milhões de brasileiros tiveram suas informações expostas após a ação de cibercriminosos

Embracon
Domínio público

Assim como acontece em outros setores, os golpes de consórcios estão cada vez mais comuns e refinados. Este é o alerta do executivo Luís Toscano, que é vice-presidente de Negócios da Embracon, umas das maiores administradoras de consórcios do Brasil. Segundo o Banco Central, ao fim de 2021, os brasileiros tinham R$ 2,16 bilhões em recursos de consórcios não procurados. Esse “dinheiro esquecido” é composto por valores que ex-cotistas têm direito mesmo após a contemplação ou o encerramento de um grupo, porém, deixaram de fazer a retirada. A notícia acabou servindo como isca para golpistas que aproveitam da vulnerabilidade financeira da população.  
 

De acordo com Luís Toscano, os tipos mais comuns são golpes de contemplação, golpes de cirurgia plástica e golpes de Valores a Receber. “No entanto, o que todos os golpes têm em comum, e a população precisa ficar atenta, é que eles sempre oferecem facilidades e promessas de crédito rápido, além de garantias muito vantajosas. Isso mexe com o emocional das pessoas com vulnerabilidade financeira que acabam caindo no golpe”, explica o executivo.  
 

De acordo com Toscano, é preciso ter atenção. “O Sistema de Consórcios é regulamentado pela Lei dos Consórcios (Lei 11.795/2008) e as empresas que administram consórcios precisam ser autorizadas e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil. Além disso, muitas também são associadas à ABAC (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios), que existe desde a década de 1960. Por isso, antes de contratar o serviço, o consumidor precisa checar as informações da empresa nestes órgãos”, alerta. 
 

Mesmo que a empresa seja autorizada pelo BC, de acordo com o especialista, ainda assim, é preciso redobrar a atenção. “Infelizmente, alguns golpistas se infiltram em empresas renomadas para aplicar golpes. Por isso, nunca transfira valores para contas pessoais de vendedores. Sempre verifique se o beneficiário do valor possui o nome da empresa e CNPJ que você contratou. Essas informações precisam ficar claras no contrato, assim como os meios de pagamento das parcelas, seja boleto, pix ou cartão de crédito. Além disso, caso você receba um boleto por e-mail em data diferente do vencimento, tenha cuidado redobrado e verifique com a empresa se o documento é verídico”, explica Toscano.  
 

Segundo o executivo, além dos golpes de consórcio, também tem crescido o número de golpes de telemarketing, com pessoas se passando por atendentes de empresas. “A Embracon reforça que não solicita senhas, nem informações pessoais. Caso receba abordagens por ligações, sms, WhatsApp ou outro meio de comunicação, desconfie, não compartilhe dados e busque os canais oficiais da empresa”, alerta.  
 

Como os golpistas têm acesso aos dados das vítimas? 

Uma das queixas frequentes das vítimas de golpes é que em alguns casos, os golpistas passam confiança ao confirmar vários dados pessoais, o que acaba diminuindo a desconfiança da vítima que faz o pagamento solicitado. Segundo levantamento OLX, empresa de compra e venda online, com a AllowMe, plataforma de proteção de identidades digitais desenvolvida pela Tempest Security Intelligence, em 2021, mais de 200 milhões de brasileiros tiveram suas informações expostas após a ação de cibercriminosos, que compilaram dados como CPF, endereço, salário, informações de veículos, entre outras.  
 

Segundo Lucas Costa, especialista em segurança de dados, informações pessoais são moeda de troca entre criminosos. “Informações, como nome, e-mail e telefone, podem concretizar uma investida agressiva dos criminosos. Quanto mais completas forem as informações, mais convincente se tornará a ação dos golpistas. Por isso, todas as pessoas físicas e jurídicas, precisam investir em segurança de dados, e em comportamento seguro, para que não caiam nas mãos de pessoas mal-intencionadas, principalmente dados pessoais e financeiros como dados de cartões de crédito e renda. De qualquer forma, mesmo que a oferta pareça verídica, desconfie, não confirme seus dados, nem contrate nada no mesmo momento. Busque informações com os canais oficiais da empresa em questão”, explica. 
 

Quais são os gatilhos emocionais que os golpistas usam? 

Segundo Brenda Donato, CRHO da Embracon, todo golpe tem um roteiro para desarmar as desconfianças do consumidor e usar a vulnerabilidade financeira como principal gatilho para a ação. “Somos feitos de desejos e sonhos, e quando se trata de comportamento de consumo, recebemos muitos estímulos que nos conectam e conversam com esses desejos. Os estímulos são chamados de gatilhos emocionais, e podem ser palavras, imagens, situações ou até mesmo cores que evocam sentimentos específicos, influenciando decisões e comportamentos para o consumo. Esses gatilhos são a porta de entrada para os consumidores, mas, infelizmente, também são a ponte que os golpistas cruzam para explorar as vulnerabilidades. Entender os gatilhos é crucial para que se proteger de golpes, que se tornam cada vez mais comum na relação de consumo, se na compra de um produto ou serviço”.  
 

Cai no Golpe, e agora?  

Segundo o consultor jurídico da Embracon, Dr. Marcelo Valente, uma vez que o consumidor é lesado, existem algumas medidas para ter o ressarcimento do valor de volta.  

1º - entre em contato imediatamente, ou logo após, com seu banco e informe que a operação de pagamento deve ser cancelada, explicando o ocorrido. O banco irá promover o bloqueio preventivo da operação. Com isso, o seu banco poderá cancelar a transferência de valores ao beneficiário indevido. Quanto antes comunicar ao seu Banco, mais chances o consumidor terá para reaver o pagamento realizado indevidamente, pois normalmente a transferência é realizada ao beneficiário em 48 horas a partir desse pagamento indevido. 

2º - Faça um Boletim de Ocorrência. Leve o boleto fraudado, informe como obteve esse boleto, e o comprovante de pagamento. Com isso o consumidor vai poder fundamentar a solicitação do cancelamento da operação junto ao seu banco anteriormente, realizada e possibilitar que a polícia possa investigar os criminosos. 

3º - Comunique a real empresa beneficiária que o pagamento não foi realizado por conta da fraude. Assim o consumidor poderá dispor de uma nova forma de regularizar o pagamento que não ocorreu. 
 

Sobre a Embracon 

Há 35 anos no mercado de consórcios, a Embracon é uma das maiores e mais conceituadas empresas especializadas em consórcios e já entregou mais de meio milhão de bens. A empresa é autorizada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil e associada à ABAC (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios). A Embracon possui cerca de 100 filiais, mais de 600 parceiros de negócios, considerando, varejistas institucionais, montadoras, cooperativas de crédito, bancos estaduais, empresas de máquinas agrícolas e quase 3 mil colaboradores celetistas. 


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