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18/03/2024 às 09h57min - Atualizada em 19/03/2024 às 07h44min

Ensino híbrido e a distância lideram a preferência dos estudantes brasileiros

Estudo encomendado pelo Google à Consultoria Educa Insights apontou a educação a distância e semipresencial como os favoritos dos estudantes

Bruno Rodrigues
Longitude Comunicação
Divulgação
O ensino híbrido e a distância são uma tendência cada vez maior no Brasil e já lideram a preferência dos estudantes no país. Segundo estudo recente encomendado pelo Google à Consultoria Educa Insights, a educação a distância (EaD) e semipresencial são os favoritos para 64% dos estudantes da graduação. Na pós-graduação esse índice é ainda maior e atinge 75% dos entrevistados, mesmo índice dos cursos livres. Já no ensino de idiomas, a educação híbrida ou a distância é 63%.

O estudo foi realizado com mil estudantes, a partir de três perfis diferentes: aqueles que estão em formação inicial, os estudantes que seguem a formação continuada e os chamados lifelong learners, ou seja, pessoas que continuam estudando ao longo da vida independente de terem uma sólida formação acadêmica.

Segundo dados do Instituto Semesp, centro de inteligência analítica criado pela entidade que representa as mantenedoras de ensino superior do Brasil, o total de alunos de pós-graduação mais que dobrou no período de seis anos no país, saltando de 693 mil, em 2016, para 1,42 milhão em 2022. No mesmo período, o número de estudantes cursando EaD aumentou 469% na pós-graduação, enquanto no presencial caiu 8,2%. Quando analisamos o ensino superior privado

A pandemia foi responsável pela mudança de perfil dos estudantes brasileiros, ao adotar o ensino remoto como alternativa para o isolamento social. Após o fim da emergência de saúde pública, as universidades e centros de ensino adaptaram a grande curricular e ampliaram as opções de cursos à distância.

De acordo com o Instituto Semesp, em 2019, antes da pandemia, 779 mil estudantes de pós-graduação estavam em aulas presenciais e 443 mil no ensino a distância. Já em 2022 esses números inverteram, com 487 mil alunos no modelo presencial e 922 mil na modalidade EaD.

Para Vinícius Aleixo, engenheiro graduado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e sócio-diretor da Tordesilhas Capital, o ensino híbrido e a distância devem crescer ainda mais em 2024 e ao longo dos próximos anos. O horário flexível, o avanço das ferramentas de tecnologia e a possibilidade de estudar sem sair de casa, são algumas principais vantagens da modalidade.

“Há um enorme potencial para o mercado de educação no Brasil. A educação híbrida e a distância facilitaram o ingresso de milhares de estudantes ao ensino superior, proporcionando autonomia e flexibilidade, uma vez que reduz custos operacionais das instituições de ensino, resultando em uma escala maior e, consequentemente, em uma redução de preços e maior acesso. Essa é uma modalidade que sem dúvida veio para ficar e certamente teremos uma expansão ainda maior nos próximos anos”, afirma.

No entanto, Aleixo ressalta que a interação presencial com outros alunos e professores é fundamental para enriquecer a experiência educacional, ampliar a rede de contatos e desenvolver habilidades sociais e de networking. Por isso, entende que o semipresencial é mais vantajosa que a modalidade 100% online, pois une o melhor dos dois mundos: flexibilidade e interação humana.

“No meu campo da análise e gestão de um portfolio de ações, a capacidade de se adaptar a diferentes ambientes e a habilidade de se conectar com pessoas são tão importantes quanto o conhecimento técnico. Portanto, eu definitivamente consideraria contratar alguém que se formou em uma modalidade semipresencial ou mesmo 100% online, desde que essa pessoa tenha demonstrado uma boa experiência de aprendizado, interações significativas e um bom desenvolvimento de rede de contatos durante seu período de formação.”
 
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