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15/03/2024 às 14h39min - Atualizada em 15/03/2024 às 14h39min

​Março Amarelo chama atenção para a endometriose, que atinge 1 a cada 10 mulheres e cujos casos vêm aumentando muito

Assessoria de Imprensa do Austa Hospital
Ginecologista e obstetra Juliana Pessini, do Austa Hospital, mostra o endométrio, onde doença ocorre (Divulgação/Austa Hospital)
De diagnóstico mais difícil e muitas vezes negligenciada, a endometriose vem registrando índice de crescimento alarmante em mulheres na fase reprodutiva. No Brasil, estima-se que 1 a cada 10 mulheres sofra com os sintomas, segundo o Ministério da Saúde. Março Amarelo é a campanha que se desenvolve durante o mês para conscientizar a população sobre a importância dos exames preventivos que ajudem a identificar a endometriose.

“Infelizmente, as dores causadas por esta doença são banalizadas pelos familiares e companheiros das mulheres e, às vezes, por elas mesmas por desconhecimento sobre a doença. Esta realidade é considerada o maior empecilho ao diagnóstico. Mesmo com cólicas lancinantes, muitas mulheres tendem a achar que é algo normal” afirma a ginecologista e obstetra Juliana Pessini, do Austa Hospital, de Rio Preto.

Ao menos 8 milhões de brasileiras sofrem de endometriose, doença diretamente relacionada com a menstruação e que afeta o aparelho reprodutor feminino. Ela incide mais na faixa etária entre 25 e 35 anos. Milhares de brasileiras precisaram de internação por causa da doença e muitas destas passaram por cirurgia para retirada do útero, colo do útero, ovários e tubas uterinas comprometidos pela doença. 

“Nós, mulheres, precisamos cuidar de nossa saúde, em particular, do aparelho reprodutor. A endometriose é uma doença crônica, que não tem cura, contudo, é controlável, desde que a mulher tenha o acompanhamento médico periódico e faça o tratamento preconizado por ele”, ressalta a ginecologista do Austa Hospital.

A endometriose é uma inflamação no endométrio, como é chamada a mucosa que reveste a parede interna do útero, sensível às alterações do ciclo menstrual, e onde o óvulo depois de fertilizado se implanta. Como está relacionada ao ciclo menstrual, a doença regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos. Esta doença é provocada por células do endométrio que, em vez de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.

Há ainda a forma mais grave da doença, a endometriose profunda, cujas causas ainda não são bem conhecidas. Embora muitas vezes não apresente sintomas, a endometriose dá alguns sinais como, por exemplo, a dor. “O endométrio, mesmo fora útero, continua sendo estimulado mensalmente pela ação dos hormônios do ciclo menstrual. E isso provoca uma reação inflamatória, o que causa dor quando a mulher menstrua”, explica Dra. Juliana.

Esta doença é a principal causa de infertilidade feminina. Quando o endométrio começa a crescer em locais como tubas e ovário, há inflamação e um processo espontâneo de cicatrização, o que acaba gerando mudanças anatômicas que impedem o pleno funcionamento das tubas, responsáveis pelos primeiros acontecimentos da fecundação. Além disso, as células inflamatórias podem afetar a qualidade do óvulo.

Além da dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação, há outros sintomas que denunciam a possibilidade de a mulher ter endometriose. Dra. Juliana cita três:
• cólica menstrual (dismenorreia) que, com a evolução da doença, aumenta de intensidade e pode incapacitá-la para exercer suas atividades habituais;
• dor durante as relações sexuais (chamada dispareunia);
• e infertilidade.

Diante da suspeita, a ginecologista do Austa Hospital recomenda que a mulher procure o quanto antes consultar-se com o médico, que fará primeiro o exame ginecológico clínico e, caso necessário, confirmar seu diagnóstico. O Austa Medicina Diagnóstica dispõe de exames laboratoriais e os mais modernos equipamentos de imagem para auxiliar o médico na avaliação e tratamento do paciente.

Os exames para o diagnóstico envolvem o ultrassom endovaginal realizado com preparo intestinal e ressonância magnética. Em relação ao tratamento da endometriose, Dra. Juliana explica que as mulheres mais jovens podem valer-se de medicamentos que suspendem a menstruação, ou seja, tomando a pílula anticoncepcional. Lesões maiores de endometriose podem ser retiradas cirurgicamente. 

A ginecologista do Austa Hospital faz um alerta muito importante com relação à cólica menstrual, evento comum na vida das mulheres. “Não imagine que a cólica menstrual é um sintoma natural. Procure o ginecologista e descreva o que sente. E se for diagnosticada a endometriose, inicie o tratamento logo. A endometriose está entre as causas possíveis da dificuldade para engravidar, mas a fertilidade pode ser restabelecida com tratamento adequado”, finaliza a médica.
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