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12/03/2024 às 12h09min - Atualizada em 12/03/2024 às 12h09min

Interferência do Governo Lula custa caro à Vale: perdas bilionárias e conflitos interno

Sob pressão do governo Lula, Vale enfrenta turbulência e perde R$ 48,3 bilhões em valor de mercado. A tentativa de nomear Guido Mantega revela a interferência estatal e desperta preocupação no mercado.

Assessoria de imprensa
A mineradora Vale viu seu valor de mercado despencar em R$ 48,3 bilhões desde o início deste ano, em meio a um cenário de instabilidade exacerbado por uma controversa tentativa de intervenção do governo Lula. A manobra para posicionar o ex-ministro Guido Mantega no topo da hierarquia da companhia evidencia uma preocupante tendência de interferência estatal na esfera corporativa.

Na sexta-feira (8), em um movimento que desafiou as expectativas, o Conselho de Administração da Vale optou por estender o contrato do CEO Eduardo Bartolomeo até 31 de dezembro de 2024, apesar de seu mandato original terminar em maio. A decisão surge como uma resposta direta à pressão governamental, enquanto a empresa se prepara para buscar uma sucessão mais harmoniosa, iniciando a contratação de uma consultoria de recursos humanos para formular uma lista tríplice de potenciais sucessores. Fontes próximas ao conselho expressam preocupações de que este processo possa estar predeterminado, refletindo o jogo de influência do governo.

A tentativa de emplacar Mantega, ministro da Fazenda de 2006 a 2014, na presidência da Vale e no Conselho de Administração, não apenas provocou divisões entre os acionistas, mas também destacou a disposição do governo petista em exercer seu poder sobre grandes corporações. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, foi um dos veículos através dos quais o governo buscou influenciar a gestão da empresa, defendendo a saída de Bartolomeo.

Em uma declaração que reforçou a percepção de intromissão, o presidente Lula afirmou à RedeTV que a "Vale não pode pensar que é dona do Brasil", insistindo que a empresa deve alinhar-se à visão de desenvolvimento do governo. Esta postura reitera a intenção do governo de moldar as operações da Vale de acordo com seus próprios interesses políticos e econômicos.

A sucessão tumultuada na Vale, exacerbada pela interferência do governo, levou o BTG Pactual a rebaixar a recomendação de compra das ações da empresa para "neutra". A queda de 14,49% no valor das ações este ano reflete a instabilidade gerada pelas manobras políticas e pelos desafios operacionais, incluindo interrupções nas operações no Pará e questões ambientais que testaram a relação da empresa com as autoridades locais.

"Alto grau de ruído e pressão política" como fatores desestabilizadores, criticando a divisão no Conselho sobre o futuro da empresa como um sinal preocupante para uma organização enfrentando tantos desafios. A situação da Vale, portanto, serve como um estudo de caso alarmante sobre os riscos da interferência governamental excessiva na autonomia corporativa, especialmente sob a gestão petista, cujas políticas ameaçam não apenas a saúde financeira das empresas, mas também a integridade do mercado brasileiro.

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