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28/02/2024 às 19h03min - Atualizada em 28/02/2024 às 19h03min

Os ricos precisam pagar mais impostos, diz Haddad em reunião do G20

Ministro da Fazenda defendeu que as maiores economias do mundo precisam avançar na pauta de tributação progressiva

Assessoria de imprensa
Fernando Haddad, Ministro da Fazenda do Brasil, faz o seu discurso virtualmente
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 28, que os bilionários e os ricos precisam pagar mais impostos. “Precisamos admitir que ainda precisamos fazer com que os bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos”, disse. “Chegamos a uma situação insustentável, em que os 1% mais ricos detêm 43% dos ativos financeiros mundiais e emitem a mesma quantidade de carbono que os dois terços mais pobres da humanidade”, continuou o ministro, via videochamada, no discurso de abertura do primeiro encontro de ministros e presidentes de Bancos Centrais do G20. Haddad não compareceu presencialmente a reunião devido ao diagnóstico positivo para Covid-19.

“Ao mesmo tempo em que milhões saíram da pobreza, especialmente na Ásia, houve substancial aumento de desigualmende de renda e riqueza em diversos países”, falou o ministro durante seu discurso que durou 10 minutos.

Haddad destacou que a globalização e as crises econômicas causaram piora das condições de trabalho, a hiper-financeirização e um complexo sistema offshore para evasão tributária dos super-ricos. “As crises econômicas resultantes causaram grandes perdas socioeconômicas.

Enquanto a hiperfinanceirização prosseguiu em ritmo acelerado, um complexo sistema foi estruturado para oferecer formas cada vez mais elaboradas de evasão tributária aos super-ricos”, disse. Haddad defende desde o ano passado a taxação dos super-ricos e das offshores, e chegou a afirmar na época que objetivo era aproximar o sistema tributário brasileiro do que tem de mais avançado no mundo.

O G20 reúne as princiapis economicas do mundo, além da União Europeia e da União Africana e, atualmente, desde dezembro de 2023, o Brasil é o presidente do grupo. Ele fica à frente até novembro deste ano, quando encerra seu mandado com a cúpula do chefe de Estado, no Rio de Janeiro.

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