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15/02/2024 às 13h00min - Atualizada em 16/02/2024 às 02h30min

Infectologista alerta para risco de ISTs no período do carnaval

Cuidados são para o ano todo, mas devem aumentar durante carnaval

Naves Coelho
Freepik

O carnaval é um dos períodos mais divertidos do ano. Mas o momento também exige uma boa dose de alerta. De acordo com o infectologista Leandro Curi, do Hospital Felício Rocho, este período é de mais exposição às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

“De modo geral, o carnaval brasileiro oferece um clima bastante sensualizado, e isso faz com que os flertes muitas vezes terminem no ato sexual. Manter relações com diversas pessoas - sem preservativos, seja o interno ou externo - faz aumentar consideravelmente as chances de infecções”, adverte o médico. “O perigo é que as chances são elevadas, e o leque de doenças também”, acrescenta.

Isso porque a lista de ISTs é grande e preocupante: a mais conhecida é o HIV, mas Leandro cita também a herpes genital, o HPV, as hepatites virais, a gonorreia, a sífilis e a tricomoníase. As hepatites virais preocupantes no ato sexual são a B e a C; a hepatite A poderia ser transmitida de outras formas, como nas preliminares sexuais utilizando-se a boca ou mesmo compartilhando -se bebidas e canudinhos.

“Há infecções que têm aumentado o número de pacientes nos últimos anos, como foi o caso da sífilis, mesmo sem a ocorrência do carnaval, que é uma época incipiente para as ISTs diante das relações sexuais sem proteção”, alerta. De fato, o Ministério da Saúde registrou 64.300 casos da doença em 2021, um número 16 vezes maior do que a incidência em 2010. Destes, 62% foram identificadas em homens.

“O desprezo ao preservativo ainda é o motivo número 1 para boa parte desses casos. O número seria bem menor se houvesse mais consciência das pessoas através do uso da camisinha. Não somente pela infecção em si, mas por sua natureza congênita, o que significa que ela pode ser transmitida para o bebê se a mãe estiver infectada”, pontua o infectologista do Hospital Felício Rocho.

Orientação
O infectologista orienta que, diante de alguma suspeita, o paciente deve dirigir-se imediatamente a um médico e relatar a exposição ao risco de contágio. A recomendação é que o indivíduo realize os exames laboratoriais o mais rápido possível. “O primeiro passo para o tratamento é identificar rapidamente a doença. Por isso, no caso das ISTs, tanto a prevenção quanto a remediação exigem uma boa dose de consciência”, afirma.

Oportuno destacar a PrEP (profilaxia pré exposição ao HIV ) e a PEP - profilaxia de urgência após falha no método da camisinha, como importantes medidas de prevenção à infecção ao HIV.
Para o sexo com penetração, o uso de lubrificantes à base de água diminui (não zeram) chances de sangramento de mucosas, e, consequentemente, diminuição de riscos de contaminação.

É importante destacar: infecções bacterianas sérias são transmitidas no sexo desprotegido pela boca, entre elas a clamídia, a gonorreia e a sífilis.
Como sabemos que no Carnaval, com o uso de álcool e/outras substâncias, o método da camisinha pode não ser utilizado, uma boa sugestão é a testagem de ISTs dias antes da folia.


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