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22/01/2024 às 14h05min - Atualizada em 22/01/2024 às 23h35min

Jejum tem relação com memória e pode auxiliar no Alzheimer

Médica esclarece como a prática influencia as funções cerebrais e auxiliar a saúde de mente

Naves Coelho
Freepik

O jejum, quando orientado por especialistas, emerge como uma estratégia promissora na prevenção do Alzheimer, ecoando descobertas de pesquisas recentes e respaldo de importantes órgãos de saúde. Essa prática, que não se trata de limitar a quantidade de alimentos, mas sim de restringir a janela alimentar diária, revela conexões intrigantes com a memória.

Além dos benefícios metabólicos já conhecidos dessa prática, estudos científicos têm destacado seus impactos positivos no desenvolvimento das funções cerebrais. Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, por exemplo, identificaram que períodos intermitentes de jejum estimulam a produção de uma proteína, a BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor). O estudo esclarece que essa molécula tem associação direta com o crescimento e manutenção dos neurônios.

No Brasil, a prática também é defendida por especialistas e recomendadas ao um nicho de pacientes. Um exemplo é o da médica mineira Consolação Oliveira. Especializada em nutrologia, fisiologia hormonal e medicina ortomolecular, a doutora esclarece a aplicação do jejum para além do emagrecimento.

“O jejum, preconizado por seus benefícios cognitivos, é recomendado não apenas para controle de peso, mas também para otimização da saúde cerebral. Sua aplicação também pode auxiliar diretamente no tratamento do Alzheimer. A própria Associação Americana de Alzheimer reconhece a importância de estratégias desse estilo de vida na prevenção da doença, incluindo abordagens alimentares que respeitem os ritmos naturais do corpo”, explica.

Outro estudo, desta vez formulado pela Universidade da Califórnia, em San Diego (UCSD), identificou que mais de 80% dos pacientes com Alzheimer apresentam distúrbios no ciclo circadiano, que é o relógio biológico que orquestra as funções do organismo. Os cientistas por trás do estudo ainda perceberam que pacientes submetidos a um jejum alimentar que respeita o ciclo circadiano tiveram melhoria da memória.

Contudo, é fundamental enfatizar que a prática do jejum, embora promissora, requer acompanhamento médico ou multidisciplinar. “A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta a importância de abordagens personalizadas, considerando fatores individuais, para garantir que os benefícios almejados sejam alcançados de forma segura e eficaz. Informações nutricionais detalhadas devem guiar aqueles que optam por essa prática, alinhando-se a diretrizes de saúde para promover uma jornada de bem-estar integral”, finaliza Dra. Consolação.


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