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16/01/2024 às 11h28min - Atualizada em 17/01/2024 às 07h49min

Entender o câncer é crucial para não cair em fake news, defende oncologista do Hemolabor

Especialista alerta sobre informações ardilosas de “cura do câncer”, esclarece o termo e dá dicas para não cair em falácias

Kasane Comunicação Corporativa
Divulgação
As curas milagrosas estão entre as principais fake news propagadas sobre o câncer. A lista de alimentos curativos, por exemplo, que vai de graviola a água de coco quente, chega a ser interminável se tentarmos reunir todos os boatos existentes a esse respeito. Uirá Resende, médico oncologista do Hospital Hemolabor, é categórico em dizer que não há e nunca haverá uma única cura para o câncer. Isso porque o termo engloba centenas de doenças com causas e tratamentos diferentes entre si.

“Dentre as principais falácias está a crença de que há uma cura para o câncer, o que nunca vai existir porque “câncer” não é uma doença, é um nome que a gente dá para mais de 300 doenças diferentes, da mesma forma como são diferentes sinusite e infarto, por exemplo. Alguns dizem até que a cura já existe e estaria sendo escondida pelos laboratórios farmacêuticos, essa é a máxima de charlatões que querem vender coisas que não funcionam”, explica o médico.

Ainda que esta informação seja de amplo conhecimento público, as fake news acabam cativando os distraídos que, muitas vezes, são seduzidos por explicações místicas e sem nenhum respaldo científico. Fato que prejudica não só a atuação médica, mas que, principalmente, interfere negativamente em tratamentos adequados e comprovadamente eficazes, prejudicando a saúde da população. Segundo Uirá, “muitas pessoas tendem a interpretar o câncer como se ele tivesse um propósito, seja como punição, seja para controle populacional ou até mesmo como uma mensagem de alguma divindade para ensinar uma lição ao enfermo”.

Porém, o oncologista explica ainda que todo tipo de câncer nada mais é do que a evolução de seres unicelulares continuando dentro do corpo humano; é a evolução de células que se reproduzem mais e mais rapidamente, consumindo todos os recursos do meio em que estão – o nosso organismo – e atrapalhando as outras células, bem como o perfeito funcionamento dos órgãos. “Entender esses conceitos básicos de evolução e de que o câncer é um termo para inúmeras doenças, é primordial para evitar desinformações e cair em falácias sobre tumores malignos e curas fantasiosas”, afirma Uirá.

A falsa informação, geralmente, é envolta de uma espécie de encantamento. É por isso que ele acredita que cientistas e médicos deveriam ser mais acolhedores ao compartilhar o conhecimento, para que as pessoas se sintam mais identificadas com a informação verdadeira. Para o especialista, se as pessoas conseguirem entender o câncer como a continuação do processo de evolução celular, fica mais fácil interpretar as informações que chegarem até elas e não se deixar seduzir facilmente pelas mentiras. “O que impede o câncer de se manifestar numa pessoa são “coisas” que impedem a evolução de uma célula. Logo, um chá não teria como impedir o câncer porque não tem esse poder”, completa.

Acreditar em qualquer informação apenas pelo fato de querer que seja verdade, ou por medo de que aquilo seja verdade, é um grande passo para se tornar presa fácil para as fake news. A dica que Uirá Resende compartilha para evitar essas armadilhas é, em primeiro lugar, sempre analisar a fonte da informação recebida. “Na internet temos boas e confiáveis fontes de conhecimento sobre o câncer e sobre saúde em geral, como os sites do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e do Ministério da Saúde, além dos canais do doutor Dráuzio Varela. Além disso, perante qualquer dúvida, é recomendável levá-la ao consultório para conversar com o seu médico”, finaliza.

 

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