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09/01/2024 às 10h17min - Atualizada em 09/01/2024 às 10h17min

Picolé para gato e toalha molhada: sete dicas para cuidar dos animais domésticos no calor

UOL
Ilustração | Freepik
Quem tutela animais domésticos sabe que o calor pode ser incômodo para o animal.

Além do desconforto, ambientes muito quentes ou abafados podem ser um risco fatal para cães e gatos. A elevação da temperatura corporal deles pode causar hipertermia (superaquecimento), comprometendo suas funções fisiológicas e, em casos graves, levando ao óbito.

Quando o problema acontece, o pet pode ficar excessivamente ofegante e apresentar sintomas como:

– língua arroxeada;
– salivação excessiva;
– alteração na coloração das gengivas (ficam muito vermelhas ou muito pálidas);
– vômito;
– letargia ou desorientação.

Em situações extremas, ainda há o risco de o animal colapsar e convulsionar, exigindo um atendimento veterinário imediato.

Mas, com bom senso e adotando medidas simples, é possível garantir o bem-estar do animal.

1. Passeie nos horários certos

Escolha os momentos de temperatura mais amena, preferencialmente no início da manhã (antes das 10h) ou no final da tarde (após as 17h).

Debaixo do sol, além do perigo da exposição solar, há o risco de o animal queimar as patas no asfalto — e não adianta achar que colocar “sapatinhos” nos cães pode ajudar ou permitir que as voltinhas aconteçam em horários de mais calor.

Os cachorros têm poucas glândulas sudoríparas (que produzem suor), e os coxins (almofadinhas das patas) são justamente uma das regiões onde elas ficam localizadas. Portanto, cobrir essas áreas pode inibir um dos poucos pontos de troca de calor para auxiliar na regulação da temperatura corporal do animal, que, no caso dos cães, acontece principalmente pela respiração, justamente pela pouca capacidade de “suar”. Também não exagere no nível de atividade física.

2. Disponibilize água fresca à vontade

A hidratação do animal é fundamental, por isso ofereça sempre água fresca e limpa no bebedouro. Troque-a várias vezes ao longo do dia e acrescente um cubinho de gelo para deixá-la ainda mais refrescante.

Outra recomendação é levar uma garrafinha de água para seu animal consumir durante os passeios. Já existem modelos próprios para os animais serem hidratados nesses momentos.

3. Mantenha o animal em ambiente fresco

Nada de deixar o cachorro ou o gato exposto ao sol ou em locais muito quentes. Garanta um local coberto e arejado para ele ficar sempre que quiser (e com água fresca à vontade, claro!). Se for o caso, lance mão de um ar-condicionado ou ventilador.

E nunca deixe seu animal doméstico sozinho no carro em dias quentes, nem mesmo por um minuto, e isso vale mesmo com as janelas abertas! O carro estacionado pode se tornar o ambiente extremamente quente e estressante para o animal em poucos minutos.

4. Faça uma tosa

No caso dos cães mais peludos, a tosa pode ajudar a dar mais conforto, desde que haja indicação. Por isso, consulte o veterinário sobre o procedimento.

5. Passe uma toalha molhada no animal

Usar uma toalha molhada para refrescar seu cão em dias muito quentes pode ser uma boa opção. No entanto, também é recomendável consultar um veterinário antes, para verificar se essa medida é adequada para o seu animal e evitar possíveis doenças de pele, que são mais comuns em algumas raças.

6. Cuidado redobrado com os cães de “focinho achatado” e idosos

Cachorros braquicefálicos, como pugs, boxers e buldogues, assim como aqueles com doenças respiratórias prévias, demandam atenção especial em temperaturas e umidades elevadas, inclusive em condições moderadas. Isso também vale para os mais velhinhos.

“Normalmente, animais idosos possuem doenças respiratórias e cardíacas preexistentes, o que pode gerar uma resposta mais lenta do organismo às mudanças de temperatura”, alerta a médica veterinária Priscila Soares, do Serviço de Emergência e Terapia Intensiva do Hospital Veterinário da UFV (Universidade Federal de Viçosa).

7. Aposte no “picolé” para gatos

Uma dica da professora Fernanda Chicharo, do departamento de clínica médica da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP), é oferecer picolé de sachê para os gatos.

Basta congelar a comida úmida em sachê e, em seguida, oferecê-la ao bichano. Essa técnica não só refresca como também incentiva o aumento do consumo de água pelo animal.

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