Reprodução | Petlove Não, o estresse e outros sentimentos que enfraquecem a saúde mental não são exclusivos dos seres humanos. Tanto cães quanto gatos também podem se estressar, se entediar e até ter ansiedade, e de maneira muito mais fácil – e até nociva – que a gente. É por esse motivo que a campanha de “Janeiro Branco” também deve ser vinculada aos animais.
O primeiro mês do ano foi escolhido justamente por ser quando as pessoas pensam em suas resoluções de Ano Novo, mas também pode ser usado para jogar uma luz sobre a importância de manter a saúde mental dos nossos animais domésticos em dia.
O que é o janeiro branco?
O Janeiro Branco é uma campanha que visa conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde mental. Pelo mês marcar o começo de muitos planos e expectativas, estresse, ansiedade e outros problemas podem afetar o psicológico das pessoas.
Pensando nisso, o Janeiro Branco também foi adotado pela comunidade veterinária, já que os animais também podem sofrer – e com frequência – com a negligência da saúde mental.
Janeiro branco: importância da saúde mental dos animais domésticos
Assim como nós, os animais precisam ter uma rotina que proporcione saúde mental, pois isso evita diversos problemas de saúde como ansiedade e estresse, que inclusive, podem levar a problemas comportamentais.
Cães e gatos podem sofrer com problemas de saúde mental, cada um da sua forma. O que pode ser um momento tranquilo para os humanos, como uma mudança de casa ou uma viagem, pode ser bem estressante para o animal. Por isso, preciso estarmos atentos com os sinais e com o comportamento do bichinho.
O estresse felino
Por natureza, os gatos tendem a esconder as suas emoções e fraquezas. Essa é uma maneira de não atrair predadores, já que eles também são considerados presas vivendo livremente.
Ao mesmo tempo, os felinos são extremamente sensíveis. Uma simples mudança na rotina pode causar um baita estresse na vida de um bichano, inclusive.
Os gatos possuem uma fisiologia única que os torna bastante vulneráveis a mudanças. Por essa razão, eles têm uma grande dificuldade de adaptação a novidades, o que acaba aumentando rapidamente os níveis de estresse.
Mas além desta questão relacionada à rotina, outro fator que causa problemas à saúde mental está diretamente relacionado à falta de enriquecimento ambiental.
Existem mais de 20 milhões de gatos vivendo em lares brasileiros, e a grande parte deles mora em locais pequenos e “entediantes”, sem qualquer tipo de entretenimento. Isso faz com que eles não se satisfaçam como espécie, consequentemente provocando muito estresse e uma série de problemas comportamentais.
Por isso, devemos enriquecer o ambiente com tudo o que eles precisam para satisfazer os instintos da espécie. Um gato feliz, ativo e saudável precisa de um ambiente com tudo o que tem direito para atender as intuições herdadas de seus ancestrais.
A seguir, veja outros fatores que podem causar problemas emocionais em gatos:
Ambientes muito agitados ou monótonos;
Falta de rotina;
Imprevisibilidade no seu ambiente;
Mudanças drásticas na rotina da casa;
Mudanças na composição familiar;
Falta de brinquedos e brincadeiras.
Problemas emocionais em cães também são comuns
Embora os cães não sejam tão sensíveis a mudanças quanto aos gatos, eles também se estressam, se entediam e ficam ansiosos com muita facilidade. O principal responsável por problemas emocionais também é a falta de estímulos aos instintos e sentidos caninos.
Levando em conta a origem da espécie, que tem ligações diretas com lobos, os cachorros não devem passar a maior parte do dia trancafiados dentro de casa apenas comendo e dormindo, muito menos só ter os passeios como forma de entretenimento – é preciso muito mais do que isso!
Por essa razão, enriquecer o ambiente do seu cachorro também é fundamental para que ele seja ativo, com a saúde física e mental em dia e longe de problemas comportamentais!
Podemos dizer que cães felizes e satisfeitos são aqueles que são desafiados e estimulados diariamente, e isso não é tão difícil quanto parece.
Sinais de que a saúde mental de cães e gatos não vai bem
Existem vários sinais de que o animal pode estar com a saúde mental afetada. Quando isso acontece, é preciso identificar a causa para mudar a rotina e o ambiente e, assim, melhorar a qualidade de vida do bichinho.
Alguns dos sinais que os cães e gatos podem apresentar se estiverem com a saúde mental afetada são:
Mudanças no apetite;
Lambedura excessiva;
Vocalização excessiva;
Sonolência;
Urinar e defecar em locais “errados”;
Apatia;
Agressividade;
Alterações no sono;
Arranhadura em locais inadequados;
Automutilação;
Marcação de território;
coprofagia (ingestão de fezes);
Mudanças comportamentais;
Desinteresse por brincadeiras;
Isolamento;
Falhas na pelagem;
Coceira em excesso.
Os sinais de que a saúde mental do animal não vai bem podem aparecer devido a inúmeras causas, como traumas com experiências difíceis – mudanças bruscas, solidão ou sedentarismo, por exemplo.
Cada sintoma pode também ser fruto de alguma doença, não necessariamente ligada à saúde mental. Por isso, ao notar um dos sinais, o ideal é que o tutor leve o animal ao médico-veterinário para que seja feito o diagnóstico correto.
Como promover saúde mental para cães e gatos
Promover uma rotina saudável com animal é o primeiro e grande passo para manter a saúde mental dele em dia. Por isso, ter um ambiente rico em atividades para o bichinho, promover passeios diários para exercitar e socializar (no caso dos cães), ter momentos para brincadeiras e interações se faz muito importante e necessário.
Acesso ao médico-veterinário faz a diferença na saúde mental
Manter a saúde física e mental do animal em dia é importantíssimo, por isso, ter sempre um médico-veterinário à disposição faz toda a diferença. Ao notar qualquer sinal de mudança no animal não hesite em levá-lo em uma consulta, pois quanto antes o caso for tratado, melhor.
O profissional irá avaliar o caso e entender o que afeta o animal. Desse modo, por meio dos sintomas, exames e do histórico, será possível entender se o bichinho está com algum problema de saúde mental ou outra doença. Depois disso, é só entender com médico-veterinário qual o melhor caminho seguir para deixar seu peludo feliz e saudável novamente.
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